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Estudante de 17 anos aprovado em medicina: USP, Unifesp, Unesp, Ufscar

Gustavo Boog conta a trajetória de estudos e compartilhar dicas 

Foto: reprodução/divulgação
A vida de vestibulando não é fácil, ainda mais para quem sonha cursar as graduações e faculdades mais concorridas do Brasil. É por isso que reunimos e contamos relatos inspiradores no Blog, com o objetivo de trazer um pouco mais de motivação nessa caminhada.

Imagina você passar no vestibular, direto do ensino médio, para fazer o curso que você mais deseja? Imagina também que além de tudo você foi aprovado exatamente na universidade que você mais queria, sendo que sua carreira é concorridíssima? Pois é, a história de Gustavo Boog mostra que isso é possível.

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Faltam alguns meses para Gustavo completar 18 anos e o estudante começou o ano cheio de boas notícias: foi aprovado em Medicina na USP Pinheiros, Unifesp, Unesp e na UFSCar pelo Sisu. Esse foi o resultado de muito planejamento, organização, foco e estudo.

Tudo começou no segundo colegial, quando ele decidiu que seguiria a carreira de médico. “Eu pensei: vou ter que estudar direito”, conta o aluno. Um amigo de Gustavo indicou um livro, chamado Aprendendo Inteligência, que dividiu várias dicas de como ele poderia estudar para o vestibular.

Após definir os métodos de estudo, frequência e tudo mais, Gustavo traçou uma estratégia peculiar: ele organizou os conteúdos de modo que fosse possível aprender os tópicos do segundo ano e revisar as matérias do primeiro.

Só que isso não durou muito tempo. “Eu passei do segundo ano (deu tudo certo), mas eu não consegui revisar tudo do primeiro. Foi quando eu pensei: agora, no terceiro, vai ter que rolar”, relembra ele.

Para chegar no final do ano com todas as matérias revisadas, Gustavo definiu uma rotina de estudos e se organizou ao máximo. Uma coisa muito legal que o aluno fez foi se adaptar ao seu contexto da melhor maneira possível. “Minha rotina foi bem flexível ao longo dos meses e mudou muito”.

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O estudante conta que geralmente acordava cedo, ia ao colégio, tentava aprender e adiantar alguma atividade do cursinho. Depois disso, voltava para casa, tinha tempo para descansar e fazer suas orações, almoçava e se preparava para estudar. Quando o relógio marcasse 14h30, ele começava o estudo com o Stoodi.

“Eu fazia várias pausas porque não gosto de estudar por um tempo muito prolongado – eu fazia cerca de uma hora e pausava. Eu estudava assim até às 19 horas”, explica.

Gustavo conta que fazer caminhadas à tarde o ajudou muito a lidar com essa fase pré-vestibular. “Em alguns períodos do ano eu comecei a estudar também à noite para poder correr com o cronograma”.

Essa rotina, aliada ao modo de estudo adotado pelo estudante, foi fundamental para o resultado conquistado: Gustavo teve 160 acertos (de 180 perguntas) no Enem e sua nota foi 805,22.

Ele gabaritou uma série de matérias durante os processos seletivos.
•    UNESP: História, Filosofia, Sociologia, Matemática, Biologia, Química e Física;
•    UNIFESP: Inglês (questões alternativas) e Química (questões dissertativas);
•    ENEM: Inglês, Biologia e Sociologia;
•    FUVEST: Inglês e Química.

O mais curioso nisso tudo foi que Gustavo achou que não seria aprovado – inclusive, o primeiro resultado que ele teve foi negativo, da FAMEMA. Mesmo assim, o estudante se manteve focado, bem pé no chão, para ir atrás de seu sonho com muita determinação.

Foto: reprodução/divulgação
Se você quer descobrir quais são as dicas do recém-aprovado e conhecer ainda mais sobre sua história, confira nosso bate-papo:

Stoodi: Qual foi a sensação na hora que você viu seu nome na lista dos aprovados?

Gustavo: Foi de acreditar e não acreditar. Eu acreditava porque eu tinha passado, eu tinha estudado e me esforçado muito para isso. Só que ao mesmo tempo eu tinha acabado de sair do ensino médio, nem sabia se tinha maturidade para encarar uma faculdade.

A sensação foi muito maluca, estava muito feliz. A família comemorou muito, foi muito bom!

Stoodi: Como você gostava de estudar?

Gustavo: Eu gostava das fichas resumo, aquelas pequenininhas porque elas me forçavam escrever a matéria em poucas palavras e não perdia tempo.

Eu gostava de fazer resumo para todas as matérias. Eu gastava mais tempo nos exercícios de Matemática, Biologia, Física e Química. Já nas matérias de Humanas eu fazia alguns testes e via como caía nas provas anteriores.

Para redação, eu fazia uma a cada semana porque eu já tinha um bom desenvolvimento. Na reta final, eu ia fazia a redação junto com as perguntas de português para ir simulando o tempo – eu cronometrava quanto tempo em passava em cada parte e tudo mais.

Stoodi: Você estudava de final de semana?

Gustavo: De sábado, eu geralmente fazia um simulado, redação ou colocava alguma matéria em dia. Nos domingos eu não estudava, mas eu sempre programava o que eu ia fazer durante a semana seguinte.

Stoodi: Como ficou o lado emocional durante a sua trajetória de estudos?

Gustavo: Foi muito cansativo, eu me lembro de algumas tardes que eu parava e começava a chorar porque é muito estresse – eu tinha que abrir mão de muita coisa.

O ano do vestibular é muito estressante, a gente começa a pensar como é injusto esse tema e a gente fica mal. Porém, eu tive o apoio da minha família em todos os momentos (quando eu estava bem e quando estava mal).

Stoodi: Você conseguiu ficar calmo durante as provas?

Gustavo: Eu tive um equilíbrio emocional bem grande. Eu estava tranquilo, até dando risada, porque eu fiz o Enem na mesma sala que a minha prima e isso ajudou bastante. A gente foi conversando, eu tentava pensar em outras coisas e pensar que aquele não seria o dia que eu iria definir a minha vida.

Querendo ou não, quando a gente estuda bastante a gente pega essa confiança. Se eu não tivesse me preparado com tanta intensidade ao longo do ano, eu acredito que estaria mais nervoso.

Stoodi: Aquele livro que seu amigo te emprestou mudou a sua forma de estudo?

Gustavo: Sim, com certeza. Eu aprendi que podemos esquecer as matérias e o que fazer para evitar isso. Ele falou como funciona o nosso cérebro na hora de aprender e explicou como construir conhecimento.

Uma coisa que eu acho importante ressaltar foi o meu esquema de revisões. Eu tinha visto alguns cursos na internet sobre curva de esquecimento e vi que a gente pode não gravar muita coisa.

Por exemplo, você estuda para uma prova do ensino médio, consegue tirar uma boa nota, mas pode ser que daqui duas semanas você não lembre de mais nada. Dizem que para você burlar isso, precisa estudar:
•    Um dia depois
•    Uma semana depois
•    Um mês depois

Eu mantinha uma folha de controle que eu anotava tudo o que eu fazia a cada dia. Na hora de revisar, eu fazia um exercício e lia o resumo. Como isso era coisa rápida, que gastava 30 minutos por dia, eu aproveitava para fazer em algumas aulas no colégio que já tinha acabado.

De manhã eu levava meus resumos e fazia na escola, chegando em casa eu podia me dedicar às matérias do dia.

Stoodi: Quais são as dicas de estudos que você dá para os alunos?

Gustavo: Outra coisa que aquele livrou me ensinou é que cada pessoa é única e precisa descobrir o melhor jeito de estudar. Toda vez que alguém me pede uma dica, eu aviso isso. Eu falo para as pessoas irem experimentando coisas diferentes e irem se testando para encontrar a melhor maneira. Quando encontrarem, a dica é manter.

Eu acredito que cada pessoa tem seu jeito de estudar e esse método de revisão e simulado deu muito certo para mim. Às vezes, pode dar certo para outras pessoas também, mas não tem como afirmar.

Stoodi: Qual seu recado motivacional para os alunos?

Gustavo: É possível! É natural ter medo, eu tive medo, mas não tenha medo porque ele só atrapalha. Eu diria para ter confiança em si mesmo e tentar se autoconhecer.

Uma vez eu ouvi essa frase “nada resiste ao trabalho”. Se você for uma pessoa que não se preparou e tem muita coisa para estudar, saiba que nada resiste ao trabalho. Tudo pode ser vencido com esforço e dedicação.

Stoodi

Tags: medicina

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