Plínio Oliveira conta como foi mudar de ideia e trocar a engenharia pela medicina
“Esse é meu conselho: não desistir nunca”, diz
Nem só de conteúdo se restringe as habilidades de um vestibulando. Essa é a conclusão que Plinio Oliveira chegou após anos de muito estudo e dúvidas vocacionais. O aluno que hoje cursa medicina na Universidade Federal de Santa Catarina, já esteve mais próximo dos cálculos e afirma que a satisfação pessoal é um fator determinante no futuro de qualquer estudante.
“Entrei em engenharia mecânica na Federal de Santa Maria e cursei 2 anos, mas em 2012 eu resolvi largar. Não estava gostando do curso. Na realidade eu sempre gostei mais de medicina”, afirma o Plínio.
Depois de passar por dois períodos de processos seletivos, ele conta que a maior dificuldade foi entender que nada estava garantido. “ Às vezes, a gente é meio prepotente de pensar: ah, eu já entrei na universidade, vai ser fácil entrar de novo. Mas não, não é bem assim”, explica.
Segundo Plínio, em medicina é uma outra realidade. Ele considera realmente mais puxado, com uma concorrência muito forte. Depois de um ano e meio dedicados aos estudos, conquistou uma vaga e iniciou suas descobertas no universo da saúde.
Hoje, cursa o 4º semestre (segundo ano) e participa de dinâmicas em contato com pacientes. “Isso é muito bom: saber que a gente pode ajudar alguém”, declara.
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Uma das coisas que eu mais sentia falta quando eu estava nessa fase de vestibular era que as pessoas pudessem compartilhar o que foi necessário para elas vencerem as suas dificuldades. O que sempre me faltou foram palavras para mostrar que era normal o que eu estava sentindo, que era possível e que não era algo inalcançável.
Eu aprendi que a gente precisa ter resiliência. Essa qualidade é tão necessária ao vestibulando, principalmente nesse contexto de concorrência e muita pressão. Resiliência é um conceito que a psicologia e a psiquiatria roubaram da engenharia e da física.
Ele significa “habilidade que alguns materiais têm de se deformar temporariamente, sem sofrer deformações permanentes, para não quebrar”. Eu acho que a vida vive fazendo força sobre nós e precisamos ter resiliência para aguentar até o final.
Que a gente consiga ser quem a gente é e ter a capacidade de fazer, de aguentar. Porque por mais longa que a jornada seja, ela tem um fim. A gente consegue chegar lá. A gente consegue superar os obstáculos e ser feliz.
Eu sou a prova viva disso, assim como várias outras pessoas também são. Então, o conselho que eu tenho para dar é que não desistam dos seus sonhos, sejam eles quais forem. Corram atrás, tenham dedicação, garra e saibam entender que, às vezes, vão ter que abrir mão de algumas coisas a longo e curto prazo. Mas que no final a recompensa é muito boa.
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