Relembre algumas atualidades importantes como a crise migratória no mundo, o atentado na revista Charlie Hebdo e entenda o fenômeno da xenofobia
Foto: reprodução/divulgação
No caso da Síria em específico
A crise migratória começou a repercutir no final de 2011 na Síria. Principalmente, de 2013 para cá, a situação do país está cada vez mais instável. Com a repercussão da Primavera Árabe, a população foi às ruas pedir por mudanças, mas Bashar Al-Assad não permitiu a manifestação política e reprimiu de forma (muito) violenta – tanto que ele não saiu do governo.
Sua permanência no poder influenciou diretamente nos conflitos civis que são protagonizados por grupos pró-Assad e por aqueles que são contra o governo. Além disso, a Síria convive sob uma disputa territorial do Estado Islâmico, um grupo extremista que pretende usar as terrar do país para constituir seu califado e reproduzir o que havia no primeiro milênio depois de Cristo. Os curdos também participam de conflitos civis com o objetivo de criar um Estado Nacional.
Percebendo a impossibilidade de uma vida tranquila por conta desses conflitos, grande parte da população começou a migrar para outros países, principalmente os vizinhos Líbano e Jordânia.
Os sírios tentavam, também, fugir pela Hungria, Turquia e pela Sérvia, porque esses países estão localizados estrategicamente como portas de entrada da União Europeia. Dessa forma, eles seguiam viagem até os países mais ricos, como a Inglaterra, Alemanha, França e Escandinávia (Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia).
As estimativas chegam ao número de 4 milhões de Sírios se deslocando de seu território em busca de uma nova terra para viver.
Foto: reprodução/divulgação
A Crise Migratória no mundo
A crise tem se agravado durante o período de 2014/2015, principalmente no continente Europeu. As pessoas estão saindo, principalmente, do Oriente Médio e do continente africano para encontrar melhores condições de vida e, até mesmo, por motivos de sobrevivência.
Os países ricos europeus são os principais destinos não só por sua economia forte e seus índices de desenvolvimento humano elevado, mas também por possuírem comunidades significativas de imigrantes.
Os principais motivos para as migrações:
1º Guerras civis
2º Genocídios
3º Economia instável
4º Manifestações políticas (como a Primavera Árabe)
As duas maiores rotas de fuga são: a rota marítima do Mediterrâneo e as fronteiras terrestres, como a Hungria, Polônia e Grécia.
No cenário atual, existem organizações clandestinas que fazem o transporte dessas pessoas, cobrando preços absurdos, sem condições mínimas e garantia de chegada ao destino. Vale destacar que essa é a maior crise migratória pós Segunda Guerra Mundial.
Alguns países estão adotando políticas para ajudar os refugiados. A Alemanha, por exemplo, criou uma Cota de Imigrantes, afirmando abrigar 500 mil refugiados no país. Já a Itália tem empreendido a operação Mare Nostrum para resgatar as pessoas que estejam à deriva do Mediterrâneo.
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Xenofobia
A Xenofobia significa estranhamento/medo com o que vem de fora. Essa palavra é usada para conceituar o ódio ao estrangeiro. Hoje, ela está fortemente ligada aos fenômenos migratórios.
Os principais preconceitos formados são:
*Em relação à mão de obra – algumas pessoas acreditam que os problemas de desemprego são, em grande parte, por conta dos estrangeiros que “roubam as vagas”.
*Problemas sociais – se atribui ao estrangeiro o agravamento desses problemas.
*Violência – muitos acreditam que os estrangeiros podem ser causadores de violência, já que estão na condição de “excluídos”, pelo menos à princípio.
*Imposição cultura – há o medo da sobreposição ou ocultação da cultura nacional.
Atentado de Paris (Charlie Hebdo)
No dia 7 de janeiro de 2015, aconteceu um atentado na redação de uma revista francesa de publicação semanal, chamada Charlie Hebdo. Ela sempre foi famosa por suas sátiras relacionadas às religiões, principalmente ao islamismo (e à figura do profeta Maomé).
A França é maior país islâmico da Europa. Quase 10% de toda sua população é praticante do islamismo.
O ataque deixou 12 mortos e 11 feridos. Entre os assassinados, estão os cartunistas Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb e também editor do jornal, o lendário Wolinski, Jean Cabu e Bernard Verlhac, conhecido como Tignous.
Segundo a polícia local, os criminosos deixaram o local gritando “vingamos o profeta”. Essa frase faz referência as ameaças que o veículo de comunicação sofria desde 2006 por publicar uma charge do profeta Maomé.
Mas esse não foi o primeiro atentado da revista. No final de 2011, a Charlie Hebdo sofreu um incêndio criminoso. Em 2013, um homem de 24 anos foi preso por pedir a morte dos cartunistas, por conta das caricaturas do profeta.
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