Entendo o surto da febre amarela e em como ela pode cair no seu vestibular!
O surto de febre amarela no Brasil foi um dos casos que mais dominou as revistas e os jornais durante o ano de 2018. O caso atingiu Estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Distrito Federal e São Paulo.
Como esse caso foi tão importante para a mídia brasileira, a probabilidade de você encontrar algum exercício ou tema de redação na sua prova do Enem, é bem grande.
Mas, para entendermos as razões do surto de febre amarela no Brasil, precisamos atualizar alguns acontecimentos, como o desastre de Mariana- MG.
O desastre de Mariana aconteceu dia 5 de novembro de 2015. Houve o rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração, administrado pela Samarco. Ela é uma empresa mineradora, pertencente a outras empresas, como a Vale do Rio Doce e a BHP Billiton.
Os rejeitos vinham da extração de minério de ferro, que acontecia no Quadrilátero Ferrífero. Esses rejeitos se alastraram pelo Rio Doce, que passa por 230 municípios de Minas Gerais, além do Espírito Santo.
O caso foi considerado o maior desastre ambiental da história brasileira, desabrigando moradores da região, além de afetar diretamente o ecossistema, uma vez que os rejeitos intoxicaram os rios com metais pesados, modificando o habitat de centenas de animais e plantas aquáticas.
Mas para entendermos qual a relação deste desastre com a febre amarela, é necessário retomarmos alguns passos:
São estruturas para conter alguma coisa. Podemos usar barragens para armazenamento e abastecimento de água, como é o caso das represas. Elas podem ser usadas, por exemplo, para eliminarmos rejeitos e efluentes, como rejeitos de mineração, ou até para a geração de energia, como no caso das hidrelétricas.
Barragens podem ser feitas de concreto, como no caso das hidrelétricas. Há aquelas que são feitas de argila, ou terra, funcionando apenas como contenção ou dissipação. Cada tipo de barragem vai ter uma técnica de construção diferente.
A barragem que se rompeu em Mariana era chamada fundão, no distrito de Bento Rodrigues, no município de Mariana.
Um dos processos que se discute tem a ver com as técnicas de alteamento: uma das formas de analisar se essas barragens aguentam diferentes volumes de material lançado, dependendo das necessidades de cada barragem.
Mas esse processo precisa ser constantemente monitorado. O que acabou circulando depois, é que esse processo não tinha um nível de monitoramento adequado, o que gerou grandes debates na mídia. Isso pode ter sido uma das causas do acidente.
Outro detalhe são os danos ambientais causados. A partir do rompimento da barragem e do lançamento de material, é possível notar o aumento da erosão e do assoreamento do rio e de suas margens. Como o material lançado era de grande volume, aumentou a turbidez das águas e dos ecossistemas aquáticos locais, destruindo as propriedades próximas da região.
Outras alterações que foram observadas posteriormente, como por exemplo a mudança de cor do próprio Rio Doce, que levou a lama da barragem até a sua foz no Oceano Atlântico, trazendo mudanças para suas características locais.
Antes de relacionarmos o desastre de Mariana com a surto da doença, vamos rever alguns itens que podem ser importantes para a sua prova:
A febre amarela é uma doença muito mais antiga do que podemos imaginar. Ela veio da África, por meio dos navios negreiros. Mas a doença que conhecemos hoje é um pouco diferente daquela da África. Sabe por quê?
O ciclo da febre amarela na África é o ciclo urbano. Isso porque o homem que vive em área urbana corre risco de ser ter a sua contaminação transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti.
No Brasil, o surto está ligado às áreas silvestres, ou seja, transmitida por outro mosquito: Haemagogus e do gênero Sabethes, não o Aedes Aegypti. Este é um vírus que se adaptou muito bem nas áreas urbanas, mas o atual transmissor vive em áreas úmidas e arborizadas.
É por isso temos como um dos hospedeiros do vírus da febre amarela silvestre os macacos. Eles não transmitem a doença, são apenas reservatórios da febre amarela, nos servindo como alerta para saber por onde a doença está se espalhando.
O causador, ou agente etiológico, da febre amarela é o vírus, que tem uma cápsula proteica, material genético e um envelope proteico. O fato do vírus possuir este envelope faz dele um flavivírus.
Além disso, ele também é um arbovírus, ou seja, transmitido por um vetor artrópode. É o caso do Aedes Aegypti. Ele também é transmissor da Zika, Chikungunya e da dengue.
Um dos locais mais afetados pela doença foi o Rio de Janeiro. Essa expansão da doença em áreas urbanas se dá pelo crescimento desordenado, causado pelo desmatamento de áreas para projetos habitacionais e ocupações residenciais, que mudam o meio ambiente com poluição e contaminação das águas.
É importante sabermos dos sintomas da febre amarela, que são os mesmo independente de ela ser urbana ou não. Veja-os a seguir:
Para evitarmos o crescimento da doença, precisamos pensar nas vacinas. Seja ela integral, fracionária, ou com a dose total, é vista como uma medida preventiva para que você não tenha a febre amarela. Isso acontece pela exposição de antígenos, parecidos com a da unidade viral, impedindo que essa doença entre em seu organismo.
Tudo isso em conjunto com a expansão das atividades urbanas, como nas áreas rurais. A expansão descontrolada, o desmatamento, a silvicultura e outras atividades.
Agora que você já sabe tudo sobre os dois temas, vamos lembrar um pouco das consequências do desastre de Mariana.
Lembra daquelas mudanças no ecossistema que tínhamos falado no começo do texto? Então, ela é quem vai desencadear o surto da doença. Vamos imaginar a possível cena:
Antes do desastre acontecer, uma série de animais vivem pelo rio doce, como por exemplos, sapos. Eles ali viviam pelas condições ideais para eles: temperatura, umidade, o que atraía insetos, suas presas, além de um local ideal para reprodução.
Após o desastre, as condições mudaram. Não se tornou mais um ambiente favorável para os sapos viverem. Sem eles, não há predador para os insetos. A população dessa espécie cresce mais rápido, dando mais oportunidade para os transmissores se reproduzirem, assim como o vírus da febre amarela.
E aí, entendeu tudo sobre a febre amarela? Então fique com o Stoodi para mandar bem no Enem e em outros vestibulares!
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