Um dos assuntos mais discutidos no cenário político-econômico internacional nos últimos anos foi o Brexit, movimento que mobilizou todo o Reino Unido para uma questão histórica: permanecer ou sair da União Europeia?
Tudo isso gerou um sem-número de manifestações ― prós e contra ―, discussões entre os governos, referendo popular e, enfim, o martelo foi batido. O Reino Unido desembarcou de vez da União Europeia após uma novela que começou na primeira década deste século e teve seu capítulo principal em 31 de dezembro de 2020, quando definitivamente foram cortados os laços com o maior bloco econômico do mundo.
Mas, afinal, o que é o Brexit? Como esse é um assunto em alta, recorrentemente vem sendo explorado nos vestibulares e no Enem. Então, vale a pena ler este post e ficar por dentro! Vamos lá?
Antes de mais nada, é preciso entender o que significa Brexit. Este termo foi cunhado pelo ex-advogado Peter Wilding e é uma mistura de duas palavras: Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída). Ele escreveu sobre o “Brexit” em maio de 2012. Esse é o nome pelo qual ficou conhecido o “pedido de divórcio” entre o Reino Unido e a União Europeia.
Em 1972, o Reino Unido aderiu à Comunidade Econômica Europeia (uma organização regional que visava promover a integração econômica entre seus estados-membros). Mais tarde, em 1993, esta viria a ser a União Europeia.
A “UE”, como é conhecida, é uma organização composta por 27 países europeus e que rege políticas econômicas, sociais e de segurança comuns. O 28º país era o Reino Unido, que acaba de deixar o bloco.
A verdade é que o Reino Unido sempre se manteve afastado da União Europeia. Tem a sua própria moeda ― a libra esterlina ―, divergia de algumas políticas centrais e se absteve de aderir ao acordo do Espaço Schengen, que permite a livre circulação de pessoas entre os países pertencentes à UE.
Os defensores do Brexit argumentam que, ao reivindicar sua soberania nacional, o Reino Unido será mais capaz de:
Essa oposição a se manter na União Europeia se agravou com a crise financeira de 2008 e, especialmente, por conta da imigração de pessoas oriundas de países mais pobres da União Europeia, somando-se o medo ― e possível xenofobia ― em relação a uma explosão de refugiados da Síria, África e Oriente Médio.
Em 2012, o então primeiro-ministro David Cameron prometeu realizar um referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE. Ele cumpriu sua promessa, o que aconteceu em 23 de junho de 2016. Logo após o resultado ser anunciado, Cameron renunciou.
Os referendos populares acontecem com certa frequência no Reino Unido. Para saber qual decisão tomar, o parlamento britânico convocou os eleitores às urnas para responderem à seguinte questão: “O Reino Unido deve continuar a ser membro da União Europeia ou deixar a União Europeia?”. 51,89% dos eleitores votaram por deixar a UE.
Com a resposta favorável das urnas ao Brexit, David Cameron disse que naquele momento era preciso que as negociações acontecessem sob a liderança de um novo primeiro-ministro. Então, sua sucessora ― que também pertencia ao Partido Conservador ―, Theresa May, assumiu o cargo e passou anos tentando negociar um novo relacionamento com a UE. O fracasso na condução do Brexit também levou à sua renúncia, em 7 de junho de 2019.
Após forte campanha para levar o Brexit a cabo o mais rápido possível, finalmente assumiu Boris Johnson, ex-ministro das Relações Exteriores e ex-prefeito de Londres. De fato, ele conseguiu. Em 31 de janeiro de 2020, o Reino Unido declarou sua saída da União Europeia.
A partir daquela data estava em vigor um período de transição que duraria 11 meses. Durante esse tempo, nada mudou e o Reino Unido continuou a cumprir todas as leis e regras da UE. Enquanto isso, foram realizadas negociações sobre o novo relacionamento entre o Reino Unido e o bloco.
Em 24 de dezembro de 2020, os negociadores da UE e do Reino Unido chegaram a um consenso sobre o novo relacionamento das duas partes, que foi desdobrado em três acordos:
As regras estabelecidas nesses acordos entraram em vigor em 1 de janeiro de 2021.
Para que fique mais fácil de você entender o que é o Brexit, fizemos a seguinte linha do tempo. Confira:
Ainda é cedo para confirmar os verdadeiros impactos do Brexit nas relações internacionais, sobretudo fora da Europa, especialmente porque na América também houve um grande momento de transição com o fim da Era Donald Trump.
Se o que vem depois do Brexit ainda é uma incerteza, dá para saber que muita coisa pode mudar. Alguns pontos que merecem atenção:
Tanto no Enem quanto em outros vestibulares, um assunto tão complexo como o Brexit certamente estará relacionado às características e atualidades sobre os chamados blocos econômicos, como é o caso do nosso Mercosul. Então, você precisa saber definir seu significado e entender quais são os impactos positivos e negativos no mundo, incluindo o Brasil. Leia sobre:
Pensando nisso, com relação ao Brexit, podem aparecer perguntas diretas e contextualizadas por meio de textos, gráficos e ilustrações. Atente para saber responder às seguintes perguntas:
Ufa! Chegamos ao final desse assunto tão instigante, que é o Brexit. Agora é com você. Leia bastante, assista a reportagens e documentários e veja como as mudanças podem atingir o Brasil. Assim, certamente você fará bonito em qualquer prova de vestibular e no Enem!
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