A Coreia, desde sua guerra civil, é um país que está em constante conflito e apresenta mudanças intensas nos cenários políticos, econômicos e sociais. Atualmente, é o foco de muitos embates e traz uma bagagem muito grande de conteúdos que podem ser cobrados nos vestibulares.
Com a sua divisão no período da guerra fria entre Coreia do Norte e do Sul, a primeira ganha destaque nos conflitos geopolíticos, em função do seu programa nuclear, estilo de liderança militar e mistério para o resto do mundo.
Com a quantidade de informações disponíveis atualmente, conhecer a fundo a história desse país pode ser um grande desafio para os estudantes. Por isso, preparamos este conteúdo com todas as informações que você precisa saber sobre a Coreia do Norte e seus conflitos. Boa leitura!
Para falar sobre todo o regime atual da Coreia do Norte, é necessário fazer uma retomada histórica da sua criação e constituição, afinal, sua história é permeada de guerras e confrontos que sustentam as notícias atuais.
Abaixo, separamos tudo o que você precisa entender para ficar atento e se preparar bem para os vestibulares. Confira!
Após o final da Segunda Guerra Mundial, o mundo presenciou o período da Guerra Fria, uma disputa estratégica e de liderança entre os Estados Unidos (EUA), com o sistema capitalista, e União Soviética (URSS), com o regime comunista. Foi, então, a partir desse período que a Coreia se dividiu entre Coreia do Norte, que segue a linha comunista, e Coreia do Sul, capitalista.
Isso porque, até então, a Coreia do Norte era um país dominado pela União Soviética e a do Sul, pelos Estados Unidos. No entanto, um ano após a divisão, Kim II-Sung tornou-se presidente da Coreia do Norte, criando o Partido Comunista da Coreia do Norte e proclamando a República Popular Democrática da Coreia. Assim, as URSS deixou o país.
Esse movimento serviu de base para que a Coreia do Sul também fizesse a sua proclamação e, então, cortasse as relações diretas com os Estados Unidos. Porém, esse processo gerou conflitos territoriais e ideológicos entre as duas Coreias e, com isso, o Norte invadiu o Sul iniciando a Guerra da Coreia, em 1950.
Depois de três anos de disputa, em 1953 os países assinaram um documento de trégua, estabelecendo um perímetro desmilitarizado na fronteira entre os dois países. Acontece que, em nenhum momento um tratado de paz foi desenvolvido, gerando conflitos até a contemporaneidade.
Com tudo isso que aconteceu, a Coreia do Norte se fechou em seu regime comunista e de extrema esquerda, enquanto que a do Sul manteve um contato político, econômico e social aberto com o resto do mundo.
Dessa forma, o regime norte-coreano criou um sistema rígido e ditatorial de regras, costumes e valores que devem ser carregados de geração para geração, além de evitar ao máximo ações políticas em parceria com a comunidade internacional.
Tal regime baseia-se na ideologia Juche, um conceito autônomo desenvolvido pela própria Coreia do Norte para encontrar valores intermediários entre os sistemas comunistas e socialistas, afirmando o seu posicionamento enquanto república.
Assim, carregando sua história de dominação e guerra, o pensamento Juche traz à tona um forte sentimento de nacionalismo e culto à personalidade do Grande Líder, o ditador da Coreia do Norte.
No tópico anterior, falamos sobre Kim II-Sung assumindo o poder durante a divisão das Coreias, por volta de 1948. Não é à toa que o atual líder se chama Kim Jong Un, neto de Kim II-Sung, que herdou todo o regime de seu pai e de seu avô.
Com a sua entrada no poder, as portas da Coreia do Norte foram cada vez se fechando mais para a geopolítica internacional, militarizando o país e fortalecendo a ideologia Juche, indo contra o Comitê de Direitos Humanos da ONU.
Kim Jong-Un não era sucessor legítimo da dinastia Kim, afinal, não era o filho mais velho de Kim Jong-Il. No entanto, seu irmão mais velho não era considerado apto para o assumir o poder, já que havia sido preso no Japão por andar com um passaporte falso.
Dessa forma, em 2011, após o infarto repentino de Kim Jong-Il, Kim Jong-Un tornou-se líder da Coreia do Norte com grande credibilidade, devido à sua nomeação a General quatro estrelas e vice-presidente da Comissão Militar Central; dominando, então, uma das maiores potências militares da atualidade.
Para fortalecer a ideologia dominante, o Grande Líder passou a intensificar as propagandas políticas, fortalecendo o seu cultuamento pela população, o afastamento das outras nações e os treinamentos militares.
Por ser uma nação muito fechada aos olhos externos, pouco se sabe sobre quem vive lá. Assim, embora Kim Jong-Un seja uma figura muito conhecida hoje em dia, existem poucas informações biográficas registradas e documentadas oficialmente na história.
Seu nascimento foi fruto de um amor entre seu pai e uma bailarina japonesa, Ko Young-hee, que faleceu em 2004. Estima-se que ele nasceu entre 1982 e 1984 e foi criado de maneira luxuosa e privilegiada, mas privado de amizades em função do isolamento social que a família Kim deve ter, tanto para sua proteção quanto para a preservação do cultuamento do Grande Líder.
Durante sua adolescência, Kim Jong-Un passou um período estudando na Suíça com uma identidade falsa, um dos únicos momentos comprovados de uma interação mais íntima fora dos perímetros da Coreia do Norte. Quando retornou, terminou seus estudos na escola militar, acompanhando seu pai nas inspeções militares.
Ele se casou com Ri Sol-Ju, mas mantém a vida familiar muito privada, não identificando a quantidade de filhos que eles tiveram durante o matrimônio. Dessa forma, ele dá continuidade ao regime político e econômico desenvolvido pelos seus antecessores, focando nas forças militares e nucleares.
Uma das curiosidades mais conhecidas e comentadas atualmente é o decreto que ele implementou na Coreia do Norte para fortalecer a sua posição como líder. Em 2014, afirmou que nenhum civil poderia ter o mesmo nome que ele, exigindo a mudança de nomes daqueles que já tinham.
Outro ponto interessante que sustenta todo o seu regime político são as ações violentas contra a população. Nesse sentido, qualquer um que desafie a sua autoridade, que não participe dos cultos ou que, de alguma forma, não concorde com as visões e ideologias do Grande Líder, devem ser punidas, seja com altas cargas horárias de trabalho ou, muitas vezes, com a morte.
Como você já deve ter percebido, a Coreia do Norte não mantém relações claras e recíprocas com as políticas externas. Com uma visão agressiva, Kim Jong-Un realiza diversas operações militares, alimentando um possível conflito com outras nações, sobretudo os Estados Unidos.
Dessa forma, a sua economia é subsidiada pelo mercado interno, embora obtenha matéria-prima da China. Além disso, para garantir que o fluxo econômico se mantenha em pé e continue alinhado à uma política socialista, o governo criou programas que enviam estudantes ao exterior, para que eles possam aprender sobre economia planificada e de mercado, bem como o funcionamento do comércio e retornar com o conhecimento para aplicá-lo no país.
No entanto, a saída livre dos norte-coreanos do país ainda não é permitida, apenas nos casos aprovados pelo governo.
A entrada de turistas e estudiosos, por sua vez, é bastante controlada e rigorosa, para evitar a entrada e saída de informações importantes que mantém a política da Coreia do Norte consolidada.
Esse cenário de isolamento e falta de informação, somado à extrema produção de força militar e nuclear, assusta a geopolítica mundial e estimula os grandes órgãos governamentais, como a ONU, a realizarem negociações para que o país diminua sua produção armamentista.
É, então, por meio desse processo que, com a entrada de Donald Trump no poder, a situação fica mais complicada. Abaixo, explicaremos tudo sobre essa relação conflituosa.
No início deste artigo, comentamos que a Coreia do Norte sofreu forte influência da URSS durante a Guerra Fria e, por consequência, diversos ataques dos Estados Unidos. Com o processo de desenvolvimento de armas nucleares e a testagem de bombas de hidrogênio, as ameaças da Coreia do Norte contra os Estados Unidos tomaram outras proporções.
Antes da entrada de Donald Trump no poder, o governo norte-americano liderava sanções para prejudicar a economia da Coreia do Norte com o intuito de diminuir a produção de armas nucleares. No entanto, Trump iniciou uma retórica agressiva, gerando ainda mais enfrentamento entre as nações.
A relação da Coreia do Norte com o Japão não é contemporânea, tendo uma história de dominação que se iniciou em 1910. Antes de ser cenário de guerra entre a URSS e os Estados Unidos, a Coreia era dominada pelo império japonês.
Com o final da Segunda Guerra Mundial, o Japão perdeu sua força política e econômica e, por consequência, suas colônias. Diante desse cenário, Kim Jong-Un, ao realizar os testes nucleares, lançou um míssil balístico que passou pelo território japonês e aterrissou no mar, sem causar danos à população.
É importante você ter em mente que o Japão apoia algumas das decisões dos Estados Unidos, sendo contra o regime ditatorial da Coreia do Norte. Isso acaba gerando outros conflitos políticos entre os dois países vizinhos, visto que o governo norte-coreano é contra as ações dos EUA.
A relação entre as Coreias é, ainda, bastante conflituosa em função de toda sua história. No entanto, nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018 — realizado em Pyeongchang, capital da Coreia do Norte — os atletas das duas delegações entraram juntos e, ainda, o time feminino de hóquei compartilhou a equipe.
E mais, Kim Jong-Un e Moon Jae-In, atual líder da Coreia do Sul, reuniram-se na fronteira dos países e decidiram assinar o tratado de paz para dar o fim simbólico para a Guerra da Coreia e estreitar os laços políticos entre as duas nações.
O histórico militar de Kim Jong-Un é muito reconhecido na Coreia do Norte, porque, embora tenha pouca experiência militar, ele possui títulos como general de quatro estrelas, ex-líder do Partido dos Trabalhadores e ex-presidente da Comissão de Defesa Nacional e, por fim, ex-marechal do exército Ri-Yong-ho.
Sua pequena vivência militar, somada aos conhecimentos de seu pai e de seu avô, além da política agressiva já instalada na Coreia do Norte, deu base para a ascensão do seu poder militar, desenvolvendo um arsenal de armas químicas, biológicas, nucleares e mísseis intercontinentais.
Justamente por isso, a ONU apresenta diversas ações para garantir que o desenvolvimento militar e nuclear da Coreia seja contido, evitando o estabelecimento de conflitos intensos entre os países, sobretudo entre a Coreia do Norte e Estados Unidos.
As notícias da atualidade são muito cobradas no vestibular, podendo nortear um tema de redação, uma pergunta discursiva e até mesmo algumas questões das provas de diversas matérias. Por isso, compreender e estar atento a tudo que está acontecendo na Coreia do Norte é de extrema importância para o vestibulando.
Em 2017, o irmão de Kim Jong-Un foi assassinado no aeroporto da Malásia logo após questionar o governo da Coreia do Norte e afirmar que ele infringe os Direitos Humanos estabelecidos pela ONU.
Oficialmente, não se encontrou nenhuma informação que provasse a participação da Coreia do Norte no assassinato de Kim Jong-Nam, mas membros da Comunidade Internacional e participantes do governo sul-coreano acreditam que tenha uma relação da Coreia do Norte no acontecimento.
Além disso, Kim Jong-Un divulgou abertamente o desenvolvimento de um míssil intercontinental, com capacidade de atingir uma parte do território norte-americano. Com isso, Trump informou que o seu governo tomará medidas extremas caso haja alguma ameaça concreta da Coreia do Norte.
Tal cenário estimulou outros países vizinhos, como o Japão, a produzirem seu próprio armamento nuclear para garantir uma proteção para a sua nação, intensificando as contendas e a tensão de guerra.
A Coreia do Norte é um foco muito grande no cenário geopolítico atual, sendo o centro de muitos conflitos e tensões que afligem diversas nações. Por isso, é um conteúdo importante que pode ser cobrado nos concursos. Lembre-se de manter-se atualizado e realizar exercícios para fortalecer o seu conhecimento!
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