Eleito em 8 de novembro de 2016, Donald Trump é o 45º presidente norte-americano da fase democrática do país. Contudo, mesmo antes de ocupar o cargo máximo da nação dos Estados Unidos da América, a figura do empresário já era conhecida por conta de sua fortuna, de dois divórcios milionários, de seus reality shows televisivos e, é claro, de suas declarações polêmicas.
Continue a leitura do texto para conhecer mais sobre Donald Trump. Fique por dentro do início de sua carreira nos negócios da família, de suas conquistas pessoais e de sua agitada vida política.
Donald Trump nasceu no dia 14 de junho de 1946, na cidade de Nova Iorque, em uma família de imigrantes que teve cinco filhos — sua mãe era escocesa e, seu pai, filho de alemães. Com personalidade forte já desde criança, aos treze anos foi enviado para um internato militar, onde desenvolveu seu amor pelo beisebol, e sempre obteve notas altas. Anos mais tarde, o jovem Trump cursou Economia na Wharton Business School, da Universidade de Pennsylvania.
Com 22 anos de idade, Trump começou a trabalhar com seu pai na empreiteira na família. A empresa era responsável pelo gerenciamento de diversas obras imobiliárias, desde o projeto até a venda ou aluguel. Sendo assim, os Trump conseguiram acumular recursos consideráveis ao cuidar de construções de apartamentos de classe média, principalmente no bairro do Queens.
Já adulto, no ano de 1971, Trump assumiu a direção da empresa familiar e renovou os negócios da agora chamada Trump Organization, usando a criatividade para superar as oscilações econômicas. A partir daí, o império do empresário começou a ser construído, com investimentos em hotéis, imóveis de luxo e cassinos, que são legalizados nos Estados Unidos.
Donald Trump já passou por três casamentos, que lhe renderam cinco filhos. Seus divórcios talvez tenham sido mais conhecidos que seus matrimônios: em 1992, por exemplo, quando se divorciou de Ivana Trump, mãe de seus três filhos mais velhos, chegou a pagar US$10 milhões à ex-esposa, com quem havia se unido em 1977. Em 1993, casou-se com a modelo Marla Maples, com quem teve mais uma filha, mas a união durou somente seis anos. Em 2005, oficializou o casamento com a modelo eslovena Melania Knauss, com quem vive até hoje.
Em 1987, Donald Trump publicou um livro intitulado A Arte da Negociação, ou The Art of the Deal, como é o título original em inglês. Trump conquistou sua riqueza nos negócios. Sua obra literária chegou a ficar por 48 semanas na lista de livros mais vendidos, de acordo com o New York Times, o que lhe rendeu mais de 1 milhão de cópias comercializadas.
Durante a década de 1990, Donald Trump precisou declarar falência por três vezes, mas se recuperou em cada uma das ocasiões. Anos depois, lançaria um segundo livro, chamado A Arte do Retorno, que conta a história de como conseguiu dar a volta por cima e se tornar milionário novamente. Hoje, Trump possui empresas e ações nos mais diversos ramos de negócios — inclusive é dono do concurso de beleza Miss EUA.
O empresário sempre foi conhecido em meio a alta sociedade, mas foi só a partir de 2004 que se tornou realmente famoso, ao apresentar o reality show O Aprendiz (como o programa foi trazido para o Brasil), no canal NBC. Então, com visibilidade mundial, Trump começou a se interessar pela carreira política, o que culminou, em 2015, com sua candidatura à presidência norte-americana, como representante do Partido Republicano. As críticas começaram logo em seguida, principalmente por conta de suas declarações polêmicas.
Ainda quando candidato, Trump chegou a insinuar que os imigrantes mexicanos eram estupradores ou traficantes, anunciando que construiria um muro na fronteira entre os EUA e o México. Também declarou que acabaria com o sistema de saúde que Obama, então presidente, havia criado. Contudo, mesmo sendo criticado, Trump conseguiu conquistar uma legião de seguidores que acabaram o elegendo no final do ano de 2016.
Donald Trump derrotou Hillary Clinton, do Partido Democrata: de 538 colégios eleitorais, o republicano venceu em 290 — são necessários, pelo menos, 270 para se eleger. Vale destacar que a plataforma de discursos de Trump foi considerada nacionalista, preconceituosa e crítica aos acordos comerciais que o país possuía na época.
Em seu discurso de posse, Donald Trump adotou um tom considerado agressivo, mantendo a postura fortemente nacionalista que assumiu durante a campanha presidencial. Trump chegou a citar que enfrentaria desafios e confrontaria dificuldades, mas que faria o serviço a fim de permitir que o povo norte-americano se tornasse novamente comandante da nação.
Destacamos alguns trechos, em tradução livre, do discurso de posse de Donald Trump, que aconteceu no dia 20 de janeiro de 2017.
” (…) Nós, os cidadãos da América, estamos agora unidos em um grande esforço nacional para construir nosso país e restaurar sua promessa para todo o nosso povo. Juntos, determinaremos o curso da América e do mundo por muitos, muitos anos. (…) A cerimônia de hoje, no entanto, tem um significado muito especial porque, hoje, não estamos apenas transmitindo o poder de uma administração a outra ou de um partido ao outro, mas estamos transferindo o poder de Washington, D.C., e o devolvendo a vocês, o povo. (…) Tudo isso muda, começando aqui e agora, porque este momento é seu momento: ele pertence a vocês. Ele pertence a todos reunidos aqui hoje, e todos assistindo em todos os Estados Unidos. Este é seu dia. Esta é sua celebração. E este, os Estados Unidos da América, é seu país. (…) Americanos querem ótimas escolas para seus filhos, vizinhanças seguras para suas famílias e bons empregos para si. Essas são demandas justas e razoáveis de pessoas direitas e de um público direito. Mas, para muitos de nossos cidadãos, uma realidade diferente existe. Mães e crianças presas na pobreza das zonas carentes de nossas cidades, fábricas enferrujadas espalhadas como lápides pela paisagem de nosso país. Um sistema educacional cheio de dinheiro, mas que deixa nossos jovens e belos estudantes desprovidos de conhecimento. E o crime, as gangues e as drogas que roubaram tantas vidas e roubaram tanto potencial não realizado de nosso país. Essa carnificina americana acaba aqui e acaba agora. (…) Por muitas décadas, enriquecemos a indústria estrangeira às custas da indústria americana. Subsidiamos os exércitos de outros países enquanto permitíamos o muito triste esgotamento de nosso poder militar. Nós defendemos as fronteiras de outros países enquanto nos recusamos a defender as nossas próprias. E gastamos trilhões e trilhões de dólares além-mar, enquanto a infraestrutura dos Estados Unidos caiu em degradação e deterioração. (…) Juntos tornaremos a América forte novamente. Tornaremos a América rica novamente. Faremos a América orgulhosa novamente. Faremos a América segura novamente. E, sim, juntos tornaremos a América grande novamente. (…)”
Em seu primeiro dia como presidente norte-americano, Trump já enfrentou um protesto realizado por mulheres, que reuniu mais de dois milhões de pessoas. Em seguida, foi criticado ao proibir a entrada no país de cidadãos iranianos, iraquianos, libaneses e outras nacionalidades — tal medida, inclusive, foi debatida na justiça. Outra derrota que o então presidente sofreu foi em relação ao Obamacare, como é conhecido o sistema de saúde criado por Barack Obama, seu antecessor.
Trump havia prometido acabar com o sistema de saúde, mas foi derrotado no Congresso e acabou conseguindo mudar apenas o valor das verbas repassadas para a saúde. Barack Obama foi o presidente dos EUA por oito anos, até a eleição de Donald Trump. Esse último conquistou a presidência com a promessa de fazer renascer as indústrias americanas e controlar a imigração ilegal. Uma de suas primeiras atitudes como Chefe do Estado foi ameaçar aumentar os impostos das montadoras automobilísticas que estavam produzindo fora do país.
Outra derrota do empresário veio do Pentágono, quando tentou proibir a entrada de transgêneros nas Forças Armadas do país. Trump também foi polêmico ao decidir interferir na Guerra da Síria, mesmo prometendo que não tomaria tal atitude. Os EUA lançaram 59 mísseis na base aérea de Al Shayrat, na Síria, de onde supostamente havia partido um ataque de armas químicas.
Em relação às polêmicas sobre os imigrantes, Trump já conseguiu reduzir os fundos que eram destinados a ajudar cerca de 80 mil jovens imigrantes. O presidente também chegou a restringir a imigração de muçulmanos, mas a Suprema Corte americana interferiu e, portanto, somente estão proibidas de entrarem nos EUA as pessoas nascidas no Irã, Iêmen, Líbia, Síria, Somália e Chade.
Mas nenhuma dessas decisões causou mais ataques verbais do que a adoção de uma lei que foi criada ainda nos anos 50: filhos de imigrantes ilegais devem ser separados de sua família, chegando a ser colocados em jaulas, de acordo com algumas fotos das crianças que circularam pela internet. Recentemente, após uma enxurrada de críticas, o presidente voltou atrás e criou um novo decreto, em 20 de junho de 2018.
Em relação à política externa, Donald Trump não tem conseguido realizar tudo o que foi prometido durante a campanha. Uma de suas primeiras decisões, contudo, foi retirar os EUA do Tratado do Pacífico, alegando que tal acordo não gera nenhuma vantagem para o país. Trump também já anunciou que vai retirar os EUA da Unesco em 2020 e ainda quer sair do Acordo de Paris, que trata de medidas para reduzir o aquecimento global.
Quanto ao muro que seria construído para barrar a entrada de mexicanos no país, o Congresso norte-americano não aceitou financiar tal obra. Já sobre a União Europeia, Trump afirma que pretende firmar somente acordos bilaterais, e não que incluam todo o grupo. Tais comentários já causaram instabilidades comerciais, principalmente após o presidente eleito visitar a Inglaterra e declarar apoio ao Brexit.
O presidente eleito também tem tido problemas diplomáticos com a Coreia do Norte. Kim Jong-un, ditador do país asiático, estava realizando testes com mísseis que poderiam atingir territórios norte-americanos. Sendo assim, Trump tentou conversar com Jong-un, mas, diante da impossibilidade, alguns insultos começaram a ser trocados na internet e por meio da imprensa. Contudo, em junho de 2018, os dois se encontraram em Cingapura e o norte-coreano acabou por renunciar aos testes nucleares.
Barack Obama, que antecedeu Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, havia aproximado o país de Cuba. Porém, Trump está revendo os acordos políticos, ao mesmo tempo em que restringiu as viagens até a ilha e ainda proibiu a realização de negócios com entidades militares do país latino-americano.
Em relação aos países do Oriente Médio, a primeira medida de Trump foi reconhecer Jerusalém como sendo a capital oficial de Israel. Em seguida, diante de acusações de testes nucleares, o presidente norte-americano rompeu o Pacto Nuclear que mantinha com o Irã e criou novas sanções econômicas ao país.
A situação entre os Estados Unidos e a Rússia ficou estremecida após investigações sobre uma possível interferência que o país europeu teria causado na eleição de Trump. Agências de inteligência norte-americanas afirmam que diversas notícias falsas sobre Hillary Clinton, a candidata democrata, foram compartilhadas nas redes sociais, o que gerou milhares de votos para Donald Trump.
Ainda foi criada a suspeita de que agentes russos teriam invadido os sistemas de informática dos EUA durante a campanha presidencial. Trump defendeu e apoiou Putin, presidente da Rússia, afirmando que ele não teria nada a ver com o polêmico episódio. Muitos americanos não gostaram da posição de seu presidente.
A Venezuela atravessa uma enorme crise econômica, social e política desde o ano de 2012. Contudo, a situação do país só tem piorado, principalmente nos dois últimos anos, quando a população começou a fugir para os territórios vizinhos em busca de alimentação. A violência e a mortalidade infantil também têm crescido.
O atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, mantém-se no poder com o auxílio das Forças Armadas do país. Donald Trump, portanto, não reconhece que Maduro seja, de fato, um presidente eleito e, sendo contrário a sua forma de poder, o Chefe do Estado norte-americano decretou sanções econômicas à Venezuela.
Donald Trump nunca se pronunciou abertamente como sendo a favor ou contrário às negociações do seu país com o Brasil. Contudo, o presidente estadunidense tem criticado as relações comerciais que são firmadas entre os dois. Trump alega que o comércio entre Brasil e EUA seja injusto com as empresas norte-americanas.
A principal crítica do presidente seria sobre as altas tarifas cobradas nas vendas, além das dificuldades encontradas nas negociações, por conta dos processos burocráticos do Brasil. Trump também já chegou a comentar que os Estados Unidos saem perdendo em todas as relações comerciais que firmam com o nosso país.
A fortuna de Donald Trump continua sendo estimada em mais de 3 bilhões de dólares. Contudo, após ganhar espaço no meio político, o empresário viu seu império recuar vagarosamente — em 2015, por exemplo, o empresário possuía cerca de 4,5 bilhões de dólares.
De acordo com o médico oficial, Donald Trump tem 1,90 m de estatura. A curiosidade sobre a altura do presidente ganhou força em todo o mundo após as fotos do encontro com Kim Jong-un, ditador da Coreia do Norte, serem reveladas.
O Twitter de Donald Trump é sua principal ferramenta de comunicação. O perfil do atual presidente dos EUA já conta com mais de 40 milhões de seguidores.
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