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Inteligência artificial: o que é, como funciona e aplicações

O que antes parecia um futuro distante, hoje já está presente na palma de nossas mãos. Estamos falando de inteligência artificial! Ela já existe e faz parte da nossa vida mais do que você imagina, apesar de ainda não ser o combustível de androides super avançados.

Enquanto as grandes corporações lançam novidades tecnológicas constantemente e você usufrui delas em sua casa ou com o seu smartphone, muitas pessoas acreditam que a inteligência artificial (IA) ainda pertence ao universo da ficção científica e da computação.

Neste artigo, trouxemos um guia completíssimo sobre tudo que você precisa saber sobre a inteligência artificial. Continue lendo e descubra mais!

O que é inteligência artificial?

A inteligência artificial consiste em um ramo da ciência e da informática que tem como objetivo a criação de máquinas inteligentes. Ela se propõe a desenvolver máquinas que tenham a habilidade de pensar e agir como seres humanos, não necessariamente com um “corpo físico”.

Estão no conceito de inteligência artificial, também, softwares que consigam abstrair, criar, deduzir e até mesmo aprender certas ideias. Atualmente, o objetivo desse tipo de tecnologia é facilitar tarefas do dia a dia, modernizar os processos industriais e obter avanços em pesquisas científicas com a utilização de um “cérebro” artificial mais avançado e eficiente.

História da inteligência artificial

A história da inteligência artificial é mais antiga do que se imagina. O termo surgiu na década de 1950, mais precisamente no ano de 1956. Entretanto, só se popularizou nos dias de hoje em função do crescimento da disponibilidade de dados, algoritmos e, principalmente, no poder de processamento e armazenamento dos computadores.

Os primeiros trabalhos com esse tipo de tecnologia foram fundamentais para pavimentar o caminho da automação e do raciocínio existente nos computadores atualmente. Esse caminho inclui, ainda, diversas possibilidades de desenvolvimento de sistemas que forneçam suporte para decisão e sistemas de pesquisa inteligentes, com o objetivo de expandir as capacidades do intelecto humano.

As primeiras pesquisas envolvendo a inteligência artificial começaram ainda nos anos 1950, explorando temas como resoluções de problemas matemáticos e metodologias simbólicas. Na década seguinte, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos começou a se interessar por esse tipo de avanço tecnológico e passou a treinar computadores com o objetivo de reproduzir linhas básicas de raciocínio humano.

Em 1958, foi criada a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa, a DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency), fundada por pesquisadores e militares americanos. Nos anos 1970 a DARPA foi responsável por completar um projeto de mapeamento de ruas, por exemplo.

Foi também de desenvolvimento da agência, em 2003, os primeiros assistentes pessoais inteligentes, bem antes de se cogitar o surgimento desse tipo de tecnologia, hoje presente em smartphones, como a Siri, Cortana e Google Assistant.

A evolução da IA

Os principais nomes do início do desenvolvimento da IA foram, sem dúvidas, os de Herbert Simon, John McCarthy e Allen Newell, que tinham como objetivo comum a criação de um ser artificial que conseguisse simular a vida humana.

Newell e Simon foram os responsáveis pelo desenvolvimento do General Problem Solver (GPS), ou Solucionador de Problemas Gerais. Era um programa criado para imitar alguns protocolos adotados por humanos para resolver problemas, muito avançado se levarmos em consideração a limitação da tecnologia da época.

Já em 1959, Newell e Simon fundaram o primeiro laboratório de IA, na Universidade Carnegie Mellon, na Pensilvânia. No mesmo ano, McCarthy e Marvin Minsky foram os responsáveis pela fundação do MIT AI Lab.

Em uma revisão história, é possível observar a existência de dois estilos principais na investigação em inteligência artificial: IA “neats” e IA “scruffies”. A primeira se refere ao estudo “limpo e clássico” da IA envolvendo a utilização e manipulação de símbolos e conceitos mais abstratos, sendo utilizada na maioria dos sistemas periciais, que são programas que buscam resolver problemas complexos de maneira idêntica aos peritos humanos.

Por sua vez, a abordagem “scruffies” ou “conexionista”, tem como principal exemplo as redes neurais. Busca criar sistemas capazes se tornarem inteligentes pelo aprendizado e não pela programação específica de uma atividade. Essa abordagem ficou completamente de lado nos anos 1960 e 1970, mas os conexionistas voltaram à cena na década de 1980.

A partir desse momento o investimento nas pesquisas de IA cresceu substancialmente, principalmente devido ao aporte dado pela DARPA, nos Estados Unidos. Além desse órgão, o Japão também avançou muito no campo, principalmente com o Projeto da Quinta Geração (Fifth Generation Project).

Os projetos não apresentaram resultados práticos e imediatos, o que frustrou as expectativas de muitas pessoas e dos órgãos governamentais. Isso levou ao corte das verbas, reduzindo muito as pesquisas sobre IA. Isso fez com que a maioria dos pesquisadores buscasse áreas correlatas, como robótica e machine learning (aprendizado de máquinas). Mesmo assim, algumas pesquisas sobre inteligência artificial pura continuaram, em níveis modestos.

Como funciona a inteligência artificial?

Como o próprio nome já diz, a IA tem como objetivo simular uma característica humana muito específica: a inteligência. Seu foco está na elaboração de sistemas que consigam simular com perfeição o raciocínio humano. Mais do que seguir linhas de programação, a IA busca criar máquinas que consigam se adaptar, aprender e desempenhar tarefas como pessoas.

Entretanto, a simulação das condições da mente humana se mostrou como uma tarefa muito mais difícil do que tinha se imaginado no início de seus estudos. Isso se deve muito à dificuldade do entendimento e do funcionamento de todos os processos biológicos que acontecem em um cérebro humano.

Assim, a inteligência artificial atualmente funciona por meio de processos que envolvem muito mais do que é possível realizar nas nossas experiências do dia a dia. Ela é feita por códigos e programação que funcionam por meio de funções matemáticas.

De maneira geral, a ideia é ter uma função na qual, quando se insere um determinado valor, outro valor surge. O importante é entender que esses valores não são aleatórios, mas têm um significado e, portanto, uma função. Da mesma forma, códigos de computador também não são aleatórios, sendo que cada um deles é responsável por um papel no sistema.

Dessa forma, a IA corresponde a uma máquina com a capacidade de analisar uma enorme quantidade de dados por meio de inúmeros códigos. A forma como as máquinas analisam e a maneira como elas interpretam os dados vai depender muito da sua finalidade e da abordagem que utilizam.

Existe uma grande variedade de tecnologias baseadas em inteligência artificial. São vários códigos, dados e conhecimentos acumulados ao longo das décadas de estudo da área. Isso permite que o processo de ensino e aprendizado seja infinitamente superior ao que se pode imaginar.

Inteligência artificial: qual a sua importância?

A inteligência artificial ocupa um papel muito maior na vida do ser humano do que sequer as pessoas conseguem ter noção. Ela está presente em uma infinidade de atividades, recursos e programas existentes hoje em dia. Mais do que se supõe, IA não é um robô substituindo um ser humano em uma determinada tarefa. Sua importância vai além da automação.

Do corretor ortográfico do celular às análises da bolsa de valores que movimentam bilhões e bilhões de dólares, as tecnologias de inteligência artificial já fazem parte do cotidiano humano.

O mundo atual trouxe para a nossa realidade uma carga de informação impossível de ser acompanhada por qualquer ser humano. São toneladas de dados e informações para se analisar, e isso só é possível com uma máquina especializada.

A IA é capaz de automatizar a aprendizagem repetitiva por meio da análise de dados. Diferentemente da automação robótica guiada por sistemas de hardware, ela realiza a automação de várias tarefas volumosas e computadorizadas sem se cansar e de maneira efetiva e confiável. A interferência humana só é necessária para configurar o sistema corretamente.

A inteligência artificial hoje é mais adicionada a produtos que já fazem parte da nossa realidade do que vendida como algo individual. Por isso muitas pessoas acabam por desconhecer sua presença no dia a dia, sendo que utilizam smartphones com assistentes, sistemas de navegação, redes sociais, entre outros.

Assim, a IA não é apenas importante nas nossas tarefas diárias, mas principalmente nas áreas de pesquisa e análise de grandes volumes de dados. Ela é essencial para os grandes avanços tecnológicos que vimos atualmente, principalmente ao tratar informações que seriam impossíveis de serem conduzidas apenas pelo esforço humano.

Saiba mais: Confira o conceito da Inteligência Artificial sob a ótica filosófica.

Inteligência artificial: exemplos de aplicação

Hoje em dia a inteligência artificial é utilizada em diversas áreas e setores. Veja algumas de suas aplicações!

Operadoras de saúde

Alguns sistemas de inteligência artificial podem ter como resultado prescrição de medicamentos de acordo com o perfil dos exames dos pacientes e, até mesmo, realizar leituras personalizadas de raio X. Ainda é possível utilizar assistentes pessoais como cuidadores, ajudando a lembrar você de tomar seus remédios, se exercitar e comer alimentos saudáveis.

Os smartphones atualmente têm vários aplicativos disponíveis para analisar o ritmo de passos, o deslocamento diário, os exercícios físicos feitos e, até mesmo, os batimentos cardíacos, dando relatórios completos e avisando quando alguma coisa está errada.

Varejo online

A inteligência artificial possibilita que lojas virtuais possam oferecer recomendações personalizadas de produtos para seus clientes de acordo com suas pesquisas e seus hábitos de consumo. Ainda é possível encontrar tecnologias capazes até mesmo de negociar variações de preço com os clientes direto do e-commerce, além daquelas especializadas na gestão do estoque e layout dos sites.

Esportes

Muitos recursos de IA são utilizados para capturar e analisar imagens de partidas esportivas, fornecendo relatórios aos técnicos e auxiliando-os na organização de sua equipe. Em uma área parecida, é possível ainda encontrar “robôs” capazes de desenvolver um texto jornalístico básico sobre uma determinada partida esportiva.

Entretenimento

Muitas das opções de lazer e entretenimento atualmente estão conectadas a algum serviço digital e online. Aplicativos, jogos, serviços de streaming de áudio e vídeo, todos usam da análise de IA para acessar os hábitos dos consumidores e sugerir bandas, playlists, séries, filmes e jogos. Serviços como Spotify e Netflix usam esse tipo de tecnologia para personalizar a experiência de seus usuários com os aplicativos.

Mercado financeiro

Alguns sistemas que utilizam a IA como recurso de automação e análise conseguem atuar de maneira objetiva e precisa no mercado financeiro. A avaliação de crédito de consumidores, por exemplo, já funciona automaticamente. Nos últimos tempos os bancos digitais também vêm ganhando muito espaço, “roubando” clientes das instituições financeiras tradicionais, justamente por serem completamente virtuais e de fácil acesso.

Atendimento

Sem dúvidas uma das aplicações mais perceptíveis da inteligência artificial está no atendimento ao cliente. Isso porque o consumidor está consciente de que está sendo atendido por uma entidade virtual e tira proveito disso. O atendimento sempre foi um dos calcanhares de Aquiles da maioria dos grandes empreendimentos de comércio. Dificilmente os clientes se mostravam satisfeitos com as longas ligações e a dificuldade de resolverem seus problemas.

Com o surgimento dos chatbots, esse quadro vem aos poucos sendo revertido. A resolução de problemas por meio de um atendimento fácil e descomplicado, feito até mesmo em redes sociais como o Facebook Messenger, ganha cada vez mais espaço no mercado atual. E, é claro, a satisfação dos clientes só tende a aumentar.

Inteligência artificial: filmes

Há décadas a inteligência artificial é tema de filmes. Desde o surgimento do conceito moderno de IA, as pessoas fantasiam sobre suas aplicações mais avançadas e como suas vidas poderiam ser melhoradas (ou destruídas, em cenários pessimistas) por máquinas que conseguem pensar como homens.

Abaixo, citamos 3 filmes muito conhecidos que trazem a IA como temática.

Her (2013)

Diferentemente do que se espera de um filme sobre inteligência artificial, Her não traz nenhum tipo de apocalipse robótico ou império das máquinas. Sua proposta é mostrar como o protagonista interage com sua assistente pessoal de IA, apaixonando-se por ela.

2001 – Uma Odisseia no Espaço (1968)

Talvez um dos maiores clássicos envolvendo o tema, o filme de Kubrick é uma das obras-primas do cinema do século XX. Nele, toda a evolução humana é abordada, mostrando um futuro de exploração espacial avançado. A bordo da espaçonave Discovery One, cientistas em direção a Júpiter encontram problemas ao lidar com o computador de bordo HAL-9000, que passa a agir de modo estranho.

Matrix (1999)

Outro clássico da cultura pop, Matrix sacudiu o mundo ao trazer para as telonas uma obra que mistura religião, filosofia, computação, inteligência artificial e até mesmo artes marciais, de maneira primorosa.

Sem dúvida alguma, a inteligência artificial nunca foi tão real quanto presenciamos hoje. Já é uma tecnologia tão imprescindível para a vida humana que, provavelmente, a sociedade entraria em colapso se ela deixasse de existir. Quer ter um pouquinho de experiência com a IA? Pegue seu smartphone e converse agora mesmo com o seu assistente pessoal!

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