Responsável pelo crescimento urbano, os meios de transportes no Brasil foram preponderantes no desenvolvimento da economia, seja por meio de grandes obras, seja no escoamento da produção de diferentes setores. Do ferroviário ao rodoviário, passando pelo hidroviário e aéreo, o setor também influenciou o avanço da infraestrutura em diferentes estados brasileiros.
Devido à sua grande importância histórica, o tema pode contar com questões no Enem, principalmente em Geografia e História. Afinal, a construção das ferrovias e rodovias marcaram época e fizeram parte do processo de urbanização do Brasil, marcando a gestão de vários políticos. É o que vamos mostrar neste post. Confira!
O sistema de transportes no Brasil teve que se desenvolver por conta de uma razão muito óbvia: a dimensão continental do país. Atualmente, o rodoviário é o predominante, com 1,4 milhão de quilômetros, sendo um pouco mais de 196 mil Km pavimentados.
Antes das ferrovias, o único meio de transporte existente no interior do país era o lombo das mulas. Foi o tropeirismo que escoou boa parte do ouro, café e borracha rumo aos portos de Paraty (RJ) e Santos, de onde iam de navios para os países europeus. No entanto, o desenvolvimento dos sistemas de transporte propriamente dito começou na segunda metade do século XIX por meio da construção das ferrovias.
A era das Ferrovias durou de 1870 a 1920 e teve a Estrada de Ferro Mauá como a primeira brasileira, inaugurada em 1854. Mas, como a construção das linhas férreas era muito cara e considerada lenta, ganhou força o sistema rodoviário, impulsionado principalmente pelos governos de Washington Luís, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek (abordaremos melhor no tópico rodoviário).
Com o processo de industrialização e crescimento das montadoras de automóveis e caminhões instaladas no país, a construção de estradas se transformou no mote político de muitos governantes, fazendo com que malha crescesse e dominasse o setor definitivamente.
O Brasil é um país que depende extremamente do transporte rodoviário. Tanto é que a paralisação dos caminhoneiros em 2018 causou um colapso na distribuição de combustíveis, alimentos, remédios e todos os itens que a sociedade necessita no dia a dia.
Foi um verdadeiro caos, com filas intermináveis na frente de postos e supermercados. Isso porque 75% das mercadorias que circulam pelo Brasil passam pela malha rodoviária, ou seja, o país se estruturou graças ao transporte feito por caminhões e carretas.
O restante do transporte é feito da seguinte forma:
Um dos fatores que explica a grande dependência do setor rodoviário é justamente o político, tendo em vista que a inauguração de estradas rende votos.
Vamos conhecer agora um pouco mais sobre cada sistema de transportes no Brasil.
Foi na gestão do então presidente Washington Luís (1926-1930) que o transporte rodoviário ganhou força no Brasil. Com o lema “governar é abrir estradas”, ele foi o responsável pela abertura da primeira rodovia que ligava Rio de Janeiro a São Paulo, as duas principais capitais do país.
A partir daí, o setor não parou mais de crescer. No governo de Juscelino Kubitschek, houve a consolidação do meio rodoviário, principalmente em razão da instalação de várias montadoras de automóveis no Brasil, que apoiavam o crescimento da malha com o óbvio fim de vender mais.
A industrialização deu mais força, gerando empregos e aumentando os problemas urbanos. Após a construção de Brasília, o presidente investiu pesado em novas estradas federais, ligando o centro-oeste a Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Belém.
As BRs se expandiram em grandes projetos e em obras fracassadas, como no caso da Transamazônica, iniciada durante os governos militares. Com a crise política e deficiências na administração das estradas, muitas rodovias foram concedidas à iniciativa privada a partir de 2004, como a Via Dutra (RJ-SP) e a Anchieta-Imigrantes (SP-Santos).
Assim, as críticas recebidas pelo setor estão ligadas a altos custos dos fretes por conta dos pedágios, valor do diesel, falta de manutenção adequada e fiscalização precária.
A expansão das lavouras de café fez com que as ferrovias crescessem no Brasil. Tudo aconteceu na segunda metade do século XIX, com o auge entre 1870 e 1920. Nesse período, foram construídos cerca de 28 mil Km de trilhos rumo aos principais portos.
No entanto, o declínio das vendas de café, principalmente em razão da crise de 1920, fez com que o setor perdesse espaço para o meio rodoviário, com fortes influências da industrialização.
Mas as ferrovias marcaram época e foram um grande meio de transporte de pessoas que aguardavam ansiosas pelos trens nas inúmeras estações espalhadas Brasil afora.
Atualmente, o setor ferroviário representa um pouco mais de 5% do que é transportado no Brasil, atendendo principalmente aos setores da siderurgia, cimento e grandes peças, tendo a maior parte da malha sob administração do setor privado.
O setor aéreo brasileiro é caracterizado principalmente pelo transporte de pessoas e suas respectivas bagagens.
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o meio aéreo tem se destacado no transporte interestadual, com uma média de 82 milhões de passageiros registrados em 2017, enquanto o setor rodoviário ficou com apenas 39,5 milhões — números que inverteram a preferência dos usuários, principalmente pela queda nos valores das passagens do setor aéreo. Há dez anos, 56,1% das pessoas viajavam de ônibus ou carros e apenas 43,9% optavam pelos aviões.
No entanto, os voos internacionais saindo daqui tiveram uma queda considerável. Um dos motivos foi a valorização do dólar em relação ao real. Mesmo assim, nos últimos dez anos houve um crescimento de 23,1%.
O Brasil conta com 67 aeroportos sob responsabilidade da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Já as companhias que operam no país são de responsabilidade da iniciativa privada.
O transporte hidroviário é caracterizado pelo marítimo ou fluvial. É um meio de transporte que visa principalmente às exportações, como de soja e milho.
Graças à localização privilegiada e com muitos portos, o Brasil é hoje um grande polo exportador, fator que contribui imensamente para o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas.
Os destaques do setor são os portos de Santos, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Paranaguá, Vitória e São Sebastião.
O transporte púbico no Brasil é considerado caro, pouco eficiente e com uma realidade que não condiz com as promessas das concessionárias do serviço. Os pontos positivos são os sistemas mais modernos, como metrôs e BRTs.
Os ônibus são precários, e o tempo de espera para as diferentes linhas, faz com que muita gente tenha que sair de casa com até cinco horas antes da entrada no trabalho. Há superlotação, greves e protestos constantes, tudo em razão das precárias condições.
Dessa maneira, os transportes no Brasil ainda têm muito a evoluir, principalmente por meio de investimentos em meios menos poluentes, como veículos movidos a energia elétrica ou por meio da construção de mais ciclovias. No entanto, os altos custos e falta de segurança nos centros urbanos ainda inviabilizam as mudanças.
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