Algumas figuras se tornam verdadeiras personalidades no cenário mundial atual. O presidente russo Vladimir Putin é, sem dúvidas, uma dessas pessoas. Com um histórico militar cheio de segredos na KGB da União Soviética, Putin é admirado por alguns e odiado por tantos outros.
Putin marcou e ainda marca seu nome na história moderna, envolto em controvérsias e polêmicas. Governando a Rússia desde a saída de Boris Iéltsin, em 1999, Putin é conhecido como um estadista rígido e que conseguiu resgatar o nacionalismo russo dos tempos soviéticos e do czarismo.
Quer saber mais sobre esse político emblemático que continua exercendo sua influência no mundo nos dias de hoje? Então, continue lendo este artigo!
Vladimir Putin é natural de São Petersburgo, tendo nascido no dia 7 de outubro de 1952. Na época de seu nascimento, São Petersburgo era chamada de Leningrado, uma homenagem direta ao comunista Lenin.
De origens modestas, sua família foi marcada pela Segunda Guerra Mundial. Seu pai integrava o Exército Vermelho e sua mãe precisou resistir ao cerco feito na cidade.
Putin cursou Direito na Universidade Estatal de Leningrado, no ano de 1975. Logo na sequência, fez diversos cursos preparatórios, com o objetivo de integrar a KGB, o serviço secreto soviético. Assume o posto de Oficial Júnior e, a partir de 1977, passa a atuar na sua própria cidade, no setor de contrainteligência do departamento investigativo da KGB.
Anos depois, em 1985, Putin se especializa em inteligência estrangeira, já como Major de Justiça, aprendendo, entre outras coisas, a falar alemão. Entre os anos de 1985 e 1990, foi chefe do departamento de fronteiras, na cidade da Alemanha Oriental de Dresden.
Após a finalização de seu trabalho em Dresden, Putin retorna à União Soviética, recusando um posto na central de inteligência estrangeira de Moscou. Assim, volta ao trabalho no primeiro departamento da KGB em sua cidade natal, como um especialista em inteligência territorial.
Em meio à queda do regime soviético, no dia 20 de agosto de 1991, Putin abandona a KGB, após Anatoli Sobchak, principal aliado do serviço secreto, se posicionar contra ele.
No ano de 1995, Putin organiza o braço do partido político pró-governo Nossa Terra em São Petersburgo. Fundado pelo primeiro-ministro Viktor Chernomyrdin, O Nossa Terra era um partido liberal. Putin foi o líder do ramo entre os anos de 1995 e 1997.
No ano de 1996, Putin se muda para Moscou, tornando-se vice assessor do Presidente da Rússia, com a derrota de Sobtchak nas eleições daquele ano. Em 1998, assume o cargo de primeiro oficial da administração do presidente, se tornando uma das figuras mais importantes e influentes de todo o Kremlin.
Logo após virar primeiro oficial, Putin é nomeado como diretor do Serviço Nacional de Segurança da Federação Russa (FSB), órgão de serviço de informação que substituiu a extinta KGB, no que diz respeito aos assuntos internos.
Foi o principal articulador da complexa reorganização do Serviço Nacional, que resultou em sua promoção para a chefia do comitê de segurança russo, já em 1999. Assim, Putin se tornou o primeiro civil a comandar a polícia secreta da Rússia.
Ainda em 1999, Putin se filiou ao partido conservador Unidade (hoje, Rússia Unida), recém-formado. Com um caráter conservador de centro-direita, o partido ficou em segundo lugar no voto popular nas eleições na Duma, em dezembro, com 23,3% dos votos.
Em agosto de 1999, Putin se encontra com o presidente Boris Iéltsin, sendo convidado a assumir o cargo de confiança de Primeiro-Ministro. Com isso, se torna o favorito e provável sucessor do presidente, na época já muito doente.
Putin assume como Primeiro-Ministro em 16 de agosto de 1999, data que coincidiu com o confronto entre as forças de segurança da divisa federal do Daguestão e as forças rebeldes e separatistas da Chechênia. Em uma operação de grande alcance, Putin comandou de maneira enérgica a completa expulsão dos rebeldes.
O sucesso no combate, logo de cara, ganhou a confiança da população. Isso fez com que Putin tentasse a eleição presidencial no ano seguinte, buscando suceder a Iéltsin. Na virada de ano de 1999, no meio do tradicional discurso do presidente para a passagem de ano, Boris Iéltsin anunciou, de maneira inesperada, que renunciaria. Passou, então, os poderes presidenciais para Putin, o que adiantou as eleições em três meses.
Putin assumiu a presidência em um dos momentos mais conturbados da história da Rússia, após o fim da desastrosa década de 1990, que marcou a transição do regime soviético. Assim, o agora presidente adotou várias medidas, fortalecendo o discurso de recuperação do país. Nacionalizou grandes companhias petrolíferas, que haviam sido privatizadas na década anterior e reconquistou o poder dos oligarcas.
O início do milênio foi de grande crescimento econômico para a Rússia, principalmente por conta da grande valorização do preço do barril de petróleo no mercado mundial. Principal base econômica do país, o petróleo ajudou a nação russa a se fortalecer economicamente.
Investindo os recursos governamentais na população, a classe média russa começou a ganhar destaque e emergir. O cenário de estabilidade econômica e política fez com que a vida dos cidadãos melhorasse consideravelmente — Putin, obviamente, levou todos os louros dessas conquistas.
Entretanto, com a chegada da crise mundial de 2008, a Rússia passou a enfrentar novos problemas econômicos, sendo Putin extremamente cobrado na época. Após um período de quatro anos, durante os quais ocupou o cargo de premiê, Putin retorna à presidência em 2012, pronto para recuperar o país. Tinha uma grande carta na manga: o incentivo ao nacionalismo e ao patriotismo dos russos.
Aproximando-se mais da Igreja Ortodoxa, Putin passa a promover a Rússia como uma grande nação, se colocando como potência conquistadora e detentora de grande poder, assim como era considerada a União Soviética no século anterior. Além disso, voltou com o sentimento de rejeição de valores do Ocidente, valorizando principalmente o patriotismo que a população ainda mantinha da Era Soviética.
Com um governo bastante populista, Putin se tornou um grande protetor da nação, buscando reviver épocas de glória da Rússia. Essa postura, principalmente frente aos seus rivais do Ocidente, como a Europa e os Estados Unidos, fez com que sua imagem de grande líder crescesse ainda mais.
Em março de 2018, Putin foi reeleito presidente, com incríveis 76,7% dos votos. Sua eleição quebrou o recorde de número de votos na Rússia, reforçando sua posição e mantendo-o no poder até 2024.
A relação da Rússia de Putin com os Estados Unidos passou por diversas etapas. Em um primeiro momento, durante o primeiro mandato, Putin adotou um posicionamento de cautela. Após o 11 de setembro de 2001, a postura de apoio aos Estados Unidos durante a Guerra ao Terror fez com que surgisse uma possibilidade de parceria entre russos e americanos.
Entretanto, a resposta norte-americana foi de expansão das áreas militarizadas da OTAN, principalmente em direção às fronteiras da Rússia. Isso resultou no cancelamento unilateral do Tratado de Mísseis Antibalísticos de 1972. Mostrando-se contra a Guerra do Iraque, Putin afastou a Rússia do Ocidente e deteriorou as relações com os Estados Unidos.
Nos idos de 2007 em diante, Putin teceu críticas abertas ao que chamou de “monopólio de domínio dos Estados Unidos nas relações internacionais”, acusando o país norte-americano de uso excessivo da força. Após ter suas propostas de modernização e compartilhamento de sistemas de defesa no Oriente Médio recusadas pelos Estados Unidos, a Rússia encerrou sua participação no Tratado das Forças Armadas Convencionais Europeias, em 2007.
No ano de 2014, durante a crise política de sua vizinha, Ucrânia, Putin chegou a considerar uma intervenção militar na região da Crimeia, de maioria da população russa e da qual o presidente deposto, seu aliado, havia fugido. Homens pró-Rússia, armados e não identificados, chegaram a tomar prédios públicos e até mesmo os aeroportos da região. De grande importância estratégica, a Crimeia se viu no centro de um atrito internacional forte.
O então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou a alertar Putin em relação aos riscos envolvidos na invasão. Além disso, o abatimento do voo Malaysia Airlines 17, na Ucrânia, trouxe complicações para a Rússia, que chegou a ser acusada de entregar recursos bélicos avançados aos rebeldes separatistas.
Putin negou o envolvimento, afirmando que ia exigir que as forças rebeldes permitissem o acesso de especialistas ao local da queda da aeronave. Declarou ainda que “ninguém deveria e ninguém tem o direito de usar esta tragédia para atingir fins políticos próprios”.
Segundo denúncias do New York Times, a década de 2000 (2000-2010) foi marcada pela venda de cerca de US$1,5 bilhão de dólares em armamentos, da Rússia para a Síria, o que tornou Damasco o sétimo maior comprador de armas de Moscou.
Durante a Revolução Síria, a Rússia chegou a proferir ameaças, como o veto a quaisquer sanções contra o então governo sírio, ao mesmo tempo em que continuava a vender armas para o governo de Bashar Al-Assad.
Em 2012, defendeu a permanência de Al-Assad no poder, propagando um discurso governista de que os militares de oposição ao governo eram muito mais responsáveis pelas tragédias no país do que as forças de situação.
Uma das maiores críticas ao governo de Vladimir Putin se dá justamente às suas posturas conservadoras, preconceituosas e repressoras. Minorias com cada vez mais voz se esforçam para trazer à luz os atos do governo russo contra a democracia e os direitos humanos.
Censura, perseguições políticas, repressão econômica e processos penais são apenas algumas das ferramentas utilizadas por Putin para silenciar seus opositores. Com uma mídia controlada pelo governo, pouca coisa é divulgada oficialmente, o que torna essas ações ainda mais obscuras.
Putin já chegou a comparar homossexuais a pedófilos e declarou em 2014 que a Rússia deveria “se livrar da homossexualidade para aumentar a taxa de natalidade”. Legislações específicas chegam a proibir, na Rússia, propagandas que envolvam homossexuais e pedófilos, colocando-os na mesma categoria.
Em sua longa jornada à frente do governo da Rússia, Putin adotou várias estratégias e meios para recuperar a, até então, quebrada economia russa. Seu objetivo era voltar a pressionar os rivais ocidentais e recuperar os cofres do Estado.
Assim, a economia de Putin se baseou, principalmente, no petróleo e no gás natural, abundantes no país. Para se ter uma ideia, 30% de todo o gás consumido no continente europeu é proveniente de jazidas russas.
Dessa forma, como mencionamos, uma das primeiras medidas de Putin já em 2000 foi estatizar as petroleiras privatizadas durante os anos 90. Com certa sorte, a Rússia ainda acabou se beneficiando com o aumento do preço do barril de petróleo na década de 2000, o que facilitou a retomada da economia nacional.
Com novos acordos comerciais, Vladimir Putin passa a investir o lucro do petróleo para multiplicar o orçamento militar, devolvendo o prestígio das Forças Armadas e recuperando o título de potência global para a Rússia.
Polêmico e controverso, Vladimir Putin é marcado por diversas frases icônicas. Algumas delas são:
Abaixo, alguns fatos curiosos sobre o presidente russo:
Figura marcante do cenário político mundial, Vladimir Putin é, sem dúvidas, um personagem que já entrou para os livros de história. Com grandes feitos e grandes polêmicas, o presidente russo se encontra hoje entre os maiores líderes globais.
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