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Anfíbios: o que são e características

Sabe aquele barulho que você ouve quando se aproxima de lagoas e riachos? Provavelmente são os anfíbios. Sapos, rãs e pererecas são exemplos de anfíbios que vivem nesses locais mais úmidos. Estes animais são muito importantes, pois indicam a qualidade do ambiente. Algumas pessoas sentem medo, outras sentem nojo e alguns indivíduos os admiram. Os cientistas e pesquisadores se encaixam nesse último perfil e tornam-se fundamentais para a preservação dos anfíbios. Mas você sabe qual é a importância desses animais para o ecossistema?

No artigo a seguir você entenderá mais sobre as características dos anfíbios , a classificação e seu modo de vida. Então, boa leitura!

O que são anfíbios?

Os anfíbios são seres vertebrados que fazem parte do reino animalia e classe amphibia. A maioria das espécies vive uma parte de sua vida na água e outra no solo. Por isso, recebe o nome anfíbio, que tem origem grega e significa amphi= ambos e bio= vida, ou seja, ambas as vidas ou ambos os meios.

Esses seres surgiram há aproximadamente 350 milhões de anos na Terra e estão classificados entre os peixes e os répteis. Você pode encontrá-los em regiões com presença de água doce. Existe uma diversidade maior de anfíbios na América do Sul. No entanto, nos últimos anos os pesquisadores têm observado uma queda na população de anfíbios — consequência das mudanças ecológicas.

Com isso, algumas espécies já estão extintas e outras correm risco de extinção. Mas sempre podemos planejar para melhorar a situação. E é justamente o que os cientistas estão fazendo. Os planos para conservação dos anfíbios incluem:

  • pesquisas mais aprofundadas sobre as causas da redução e extinção das espécies;
  • documentação dos indivíduos dessas espécies para entender por que há mudanças ao longo do tempo;
  • criação e implementação de programas para conservar os anfíbios a curto, médio e longo prazo;
  • aplicação de medidas emergenciais quando necessário.

Os anfíbios são animais pecilotérmicos, ou seja, têm sangue frio. Então contam com a ajuda da temperatura ambiental para se manter mornos ou frios. Se quiser encontrar um sapo, por exemplo, procure em locais em que não haja grandes variações na temperatura durante o dia.

Características gerais dos anfíbios

Respiração dos anfíbios

Esses seres são aeróbicos — então precisam respirar para fazer as trocas gasosas necessárias ao seu organismo. No entanto, como você já leu, os anfíbios têm duas fases distintas na vida: uma aquática e uma terrestre.

Reflita um momento: se você tirar um peixe da água, ele morre, pois não consegue respirar. Se deixar um ser humano mergulhado na água por longo período, ele vai morrer, porque não consegue retirar o oxigênio da água.

Então, como é que um ser tão pequeno e frágil como o sapo consegue viver e respirar em ambientes tão diferentes? Para entender melhor como é a respiração dos anfíbios, leia com atenção as próximas linhas. Na primeira fase da vida (aquática), os anfíbios parecem bastante com os peixes. Inclusive eles têm brânquias para conseguir retirar o oxigênio da água.

Já na segunda fase da vida, que é a adulta, os sapos retiram o ar do ambiente usando o nariz, a faringe e a boca. A troca gasosa ocorre nos pulmões que a esta altura já estão desenvolvidos.

Existe ainda um outro meio para respirar nessa fase, que é através da pele. Essa respiração cutânea é mais eficiente que a pulmonar. As células do tecido epitelial têm paredes bem finas, que permitem que o oxigênio chegue ao sangue com facilidade. A pele dos anfíbios deve se manter umidificada para favorecer o processo respiratório.

Sistema digestório

Para que você entenda melhor o sistema digestório dos anfíbios, vamos descrever o percurso que o alimento faz desde a entrada até ser excretado. Os animais dessa classe são heterotróficos e se alimentam de pequenos insetos. Eles são especializados no que fazem, pois conseguem capturá-los em pleno voo.

A boca do sapo é uma fenda no sentido lateral. Sua língua é fixada na parte anterior da cavidade oral, o que permite uma projeção lingual grande. Por causa desse movimento, o músculo recebe o nome de língua protáctil. Na sequência, estão a faringe e o esôfago, que formam o canal tubular que liga a boca ao estômago.

O estômago é uma porção dilatada com função de digerir os alimentos. Observe que os anfíbios não mastigam o que consomem. Portanto, devem ser produzidos muitos ácidos para facilitar a digestão. O alimento, após digerido, se encaminha para o intestino.

Os anfíbios têm intestinos delgado e grosso. A última região antes da excreção é o reto, mas vale lembrar que nem todos os animais dessa classe são iguais. Alguns não terão a última parte do intestino. E, finalmente, a excreção acontece através da cloaca, uma abertura para o meio externo parecida com o ânus.

Reprodução dos anfíbios

Você leu, no início do texto, que os anfíbios vivem em dois ambientes durante a vida. Pois então, para se reproduzir, a maioria das espécies procura regiões com água, para que seus filhotes tenham o ambiente ideal após o nascimento.

A reprodução dos anfíbios é sexuada com fecundação externa (com exceção da salamandra e da cobra-cega). A fêmea em período fértil é atraída pelo coaxar do macho. Ao achar um local apropriado, ela libera seus óvulos, que estão envolvidos por uma substância gelatinosa, na água — onde ocorre a fecundação da maioria dos anfíbios.

O macho aparece na sequência para depositar seus gametas sobre os óvulos. E dessa forma ocorre a fecundação. Como os ovos não possuem casca, eles necessitam ficar submersos para manter a hidratação e evitar impactos. Depois desse período, os pais se separam. E, após o nascimento, os girinos vão sobreviver sozinhos geralmente.

Metamorfose

A metamorfose dos anfíbios é uma modificação de sua forma e hábitos que transforma o ser em estágio inicial em adulto. Aqui, vamos falar da transformação do sapo, pois ela é mais nítida que em outras espécies dessa classe. Como você viu no tópico anterior, o filhote do sapo é o girino.

Esse pequeno ser se parece muito com os peixes, possui uma cauda para ajudar na locomoção e brânquias para respirar. Nessa fase da vida, eles são herbívoros. Durante seu desenvolvimento, surgem as patas posteriores e os pulmões (as brânquias vão desaparecer). Na sequência, aparecem os membros anteriores e o pulmão torna-se mais maduro.

Depois disso, o sapo fica mais tempo à margem para conseguir respirar. Sua cauda vai sumir sendo reabsorvida pelo próprio organismo. Quando a metamorfose termina, teremos um jovem adulto que viverá no meio terrestre. No momento em que se tornar reprodutivo, ele retornará à água para realizar a fecundação.

Anfíbios: classificação

Todos os indivíduos são classificados de acordo com as características que apresentam. Com esses animais não seria diferente. Os anfíbios pertencem ao reino Animalia e à classe Amphibia e à subclasse Lissamphibia. Estão agrupados em três ordens, que são:

Ordem dos anuros

Aqui estão enquadrados os sapos, as rãs e as pererecas. Eles não possuem cauda (quando adultos). Têm os membros posteriores alongados e os anteriores mais curtos, o que os ajuda no salto. Existe uma diversidade grande de espécies, principalmente nas regiões tropicais, como a América do Sul. Essa é a única ordem de anfíbios que “canta” para chamar as fêmeas para reproduzir.

Ordem gymnophiona

Talvez você não conheça os animais pertencentes a esse grupo, porque a quantidade de indivíduos é menor que a de anuros. Fazem parte do grupo as cecílias ou cobras-cegas. Elas não têm patas (ápodes) e se locomovem como as serpentes. Os olhos da cobra-cega (quando presentes) estão recobertos por pele ou osso.

Ordem urodela

Nesse grupo, você vai encontrar a salamandra e o tritão. A característica marcante deles é a presença da cauda, que é longa. Além disso, têm membros anteriores e posteriores de tamanho parecido, isso permite uma locomoção que mistura o movimento das patas e ondulações do corpo. Essa ordem também é menor que a dos anuros.

Depois de tudo que leu, você pode perceber como é grande quantidade de espécies de anfíbios. Eles têm a função de demonstrar como está a situação ecológica no planeta. Além disso, controlam, de forma natural, as pragas de regiões de cultivo. No entanto, são frágeis, então vamos evitar o desperdício e a poluição para dar vida longa aos anfíbios.

E aí, curtiu o texto? Aproveite para se cadastrar gratuitamente no Stoodi e assistir às videoaulas sobre reprodução. Agora, pratique os seus conhecimentos resolvendo os exercícios sobre anfíbios e Biologia em geral!

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