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Ciclo celular: o que é, fases e mais!

Quem estuda para o vestibular sabe que as perguntas sobre o ciclo celular são muito comuns nas provas de biologia. Afinal, é um tema que envolve não só o bom funcionamento do corpo humano, como também de outros animais e vegetais que habitam a Terra.

Acontece que, a quantidade de dúvidas em relação às suas fases tem a mesma proporção da importância desse processo para a nossa sobrevivência.

Então, quais são as etapas do ciclo celular e como ele acontece no nosso corpo? Se você ainda não sabe, não se preocupe! Preparamos este conteúdo para tirar suas dúvidas e garantir uma excelente nota no Enem e vestibulares. Por isso, prepare o lápis e a caneta para anotar todas as informações, combinado? Boa leitura!

O que é ciclo celular?

Antes de explicar cada fase do ciclo celular, precisamos entender o seu conceito para responder todas as questões com facilidade. Vamos lá: como seu próprio nome aponta, ele nada mais é do que o ciclo de vida de uma célula, considerando todo o seu processo de crescimento — desde a sua formação por meio da divisão da célula-mãe até a reprodução para gerar novas partículas.

Assim, a divisão celular tem como função compartilhar o DNA nos cromossomos e gerar partículas-filhas geneticamente iguais para manter o organismo funcionando corretamente. O fato é que, para que isso aconteça de forma eficiente cada célula precisa realizar a duplicação do DNA para não ser prejudicada, você concorda?

É aí que entram as fases do ciclo celular — mitose e intérfase. Para que o código genético não seja perdido ou modificado, e a célula não perca o seu uso dentro do nosso sistema, ela precisa duplicar o DNA para dar origem à outra partícula idêntica. Tudo isso envolve tempo e, é claro, um processo minucioso em todas as partes do corpo humano.

Fases do ciclo celular

Com o conceito na ponta do lápis, que tal aprender um pouco mais sobre as etapas do ciclo celular? Até aqui, comentamos sobre o processo de divisão das partículas em situações mitóticas, isto é, repartições do DNA de maneira igual. Para os casos de meiose — que falaremos mais à frente —, a célula precisa realizar uma separação diferenciada, ainda que siga as mesmas fases do ciclo.

Para facilitar a leitura, separamos a seguir cada etapa do processo de nascimento e desenvolvimento de uma nova partícula. Confira!

Intérfase

Você lembra que comentamos sobre a importância da preparação das células para a divisão celular? Pois é, por ser um procedimento minucioso, cada partícula precisa de um longo período destinado à duplicação do DNA e a repartição igual entre cada célula recém-nascida.

É justamente esse processo que caracteriza a intérfase. Assim, antes da mitose acontecer, a célula precisa passar por três etapas responsáveis por sintetizar o código genético e as proteínas, e reunir energia para dar início à separação. A seguir, você pode conferir cada momento dessa fase:

  • fase G1: síntese de enzimas, bem como de RNA, estocamento de proteínas e crescimento celular;
  • fase S: síntese da cópia do DNA no núcleo celular, duplicação do material genético e fabricação do centrômero, responsável por separar o DNA na divisão;
  • fase G2: síntese proteica e crescimento celular a fim de reorganizar o conteúdo do núcleo para iniciar a separação.

Em alguns casos, a célula está em estado de repouso e não consegue realizar a sua divisão. Isso acontece porque o sistema nervoso não envia os sinais de separação para que ela inicie a intérfase. Na biologia genética, chamamos essa etapa de G0.

Qual a importância da intérfase no ciclo celular?

Uma das perguntas que podem aparecer nas questões discursivas é a importância dessa etapa para o ciclo celular. Como você já deve ter percebido, é justamente esse intervalo de tempo que a partícula consegue organizar seus componentes e preparar-se para a sua divisão, garantindo uma duplicação eficiente e o bom controle do material genético para não comprometer o funcionamento do seu organismo.

Nesse sentido, podemos facilmente dizer que a intérfase é um dos processos orgânicos fundamentais para a nossa existência, já que realiza a manutenção do DNA e permite que cada órgão desempenhe o seu papel com tranquilidade.

Fase mitótica

A etapa mitótica, ou fase M, é caracterizada como a duplicação do material genético para que ele seja dividido igualmente entre duas células. Nesse sentido, ela é segmentada em duas etapas para que os processos de crescimento e produção de novas partículas ocorra da forma certa: mitose e citocinese.

Mitose

Para que a mitose aconteça corretamente, o DNA nuclear precisa ser condensado em cromossomos visíveis, segmentados pelo fuso mitótico. Assim, inicia-se cada etapa do processo de duplicação e divisão:

  • prófase: aumenta o volume do núcleo celular tornando o citoplasma mais denso. Acontece a espiralização cromossômica e o núcleo desaparece;
  • metáfase: os cromossomos são presos pelo centrômero;
  • anáfase: o centrômero de cada cromossomo se dirige a pólos opostos das células e separa as cromátides-irmãs;
  • telófase: ocorre a reorganização da carioteca, os cromossomos se descondensam e o núcleo é reorganizado.

Citocinese

Assim que a telófase começa, o corpo já começa a realizar a citocinese. Nessa etapa, as células começam a se separar e formar duas partículas independentes. Dependendo do tipo de organismo, ela pode começar depois da mitose, além de apresentar uma duração diferente em animais e vegetais.

O que é mitose e meiose?

No início deste artigo comentamos que a mitose e a meiose são processos diferentes. Ainda que ambas sejam caracterizadas como tipos de divisão celular, elas apresentam fases distintas e, mais ainda, objetivos contrários. Para explicar, precisamos retomar o que conversamos sobre a mitose.

Como você deve saber, ela é uma forma de separação que tem como resultado duas células-filhas idênticas, isto é, com o mesmo material genético — já que foram originadas de uma única célula-mãe. Para isso, ela precisa realizar todas aquelas etapas que vimos até agora.

Bom, a meiose já é um pouco diferente: em vez de resultar em duas células-filhas idênticas, a divisão tem como objetivo gerar gametas para que os organismos possam realizar a reprodução sexual. Nesse sentido, a meiose só pode acontecer nos casos de formação de gametas, resultando em gônadas masculinas e femininas.

Você concorda que isso não seria possível se o material genético fosse idêntico? É por isso que a divisão celular não é a mesma nos casos de reprodução sexuada. Assim, o organismo precisa produzir quatro células geneticamente diferentes (haplóides), sendo que cada uma deve conter metade do número de cromossomos da célula-mãe.

Seguindo a mesma linha de raciocínio, se são necessárias quatro partículas para formar células reprodutivas, também é preciso oito fases distintas para originá-las, não é mesmo? Confira quais são elas a seguir:

prófase I: é onde acontece a permuta, sendo que toda ela é segmentada em leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese;

metáfase I: desaparecimento da membrana celular, organização dos cromossomos homólogos no plano equatorial;

  • anáfase I: cada componente do par de cromossomos migra em direções opostas da célula;
  • telófase I: os cromossomos desespiralizam-se e ocorre a reorganização da carioteca e do nucléolo, além da divisão do citoplasma para surgir duas células haploides;
  • prófase II: condensação dos cromossomos e a duplicação dos centríolos;
  • metáfase II: organização dos cromossomos no plano equatorial;
  • anáfase II: separação das cromátides-irmãs em cada polo;
  • telófase II: reorganização nuclear em cada célula e citocinese.

Você percebe como o ciclo celular não é difícil de aprender? Com um pouco de estudo e dedicação, é possível conhecer todas as suas etapas e conquistar uma boa nota no vestibular! Lembre-se, é claro, da diferença entre cada tipo de divisão, assim como as suas principais características, para ter um excelente resultado.

E então, o que achou do nosso artigo? Aproveite para conhecer o nosso plano de estudos e organize o seu planejamento para mandar bem nas grandes provas!

Stoodi

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