Que tal aprender um pouco sobre a nossa genética? Essa especialidade da Biologia estuda os genes presentes em nosso DNA, que estão dispostos sabe onde? Em nossos cromossomos!
São eles que carregam todas as nossas informações individuais, herdadas de nossos pais, como a cor dos olhos, a estrutura física e a determinação biológica de nosso sexo.
Nosso corpo é uma estrutura complexa, cheia de mistérios e curiosidades. Mas não se preocupe, que hoje você vai aprender como toda essa estrutura funciona e vai tirar de letra esse assunto tão cobrado nas provas de Biologia. Vamos lá?
Já dissemos que o DNA e seus genes compõem os cromossomos. Ao pensar em um DNA, qual imagem lhe vem à cabeça? Certamente de uma cadeia, que parece uma escada, cheia de ligações. Essa cadeia forma uma fita enorme, um grande emaranhado.Cada fita dessa, inteira, é um cromossomo, que é unido por um grupo de proteínas estabilizadoras.
As ilustrações que temos em nossos livros didáticos mostram uma estrutura organizada, mas nem sempre os cromossomos ficam dessa maneira. Durante a maior parte do tempo, eles ficam soltos — parecendo aquele macarrão instantâneo que você prepara —, protegidos no núcleo das células eucariontes. Apenas nessas células, se apresentam de forma circular.
O processo de espiralação, ou de condensação da cromatina, que é esse emaranhado, dá forma ao cromossomo como o conhecemos, e acontece quando uma célula está se dividindo.
Portanto, a importância de saber o que é um cromossomo está em compreender o processo de divisão celular e o conceito de hereditariedade, já que ele controla as funções celulares e carrega todas as informações genéticas dos indivíduos.
Já falamos do processo de espiralização, da cromatina, que fica solta no núcleo, dentro do citoplasma e que forma o cromossomo. Então, vamos desenrolar esse novelo novamente para mostrar sua estrutura!
No meio desse emaranhado, temos aquelas proteínas estabilizadoras de que falamos, que têm um formato redondo e são enroladas com uma estrutura de cordas: são as histonas. Os grupos formados por essas proteínas se chamam nucleossomos.
Aproximando mais ainda nosso microscópio, olhando essa corda mais de perto, chegamos à cadeia do DNA, que é extremamente comprida, tem milhões de nucleotídeos e centenas de genes em seu comprimento.
Essa estrutura se condensa e se estabiliza formando os cromossomos para ajudar na durabilidade dos genes enquanto a célula está se reproduzindo.
Cada cromossomo nas células eucariontes tem um centrômero, uma região que se destaca, como se fosse um estrangulamento, o que chamamos de constrições. Essa região é que “segura” o cromossomo enquanto ele se duplica e divide as cromátides irmãs.
O local onde se encontra o centrômero é o que denomina cada tipo de cromossomo, como veremos a seguir.
A posição do centrômero determina o tipo de cromossomo. São questões que costumam aparecer no Enem e em outros vestibulares. Fique atento!
Os cromossomos humanos mais comuns são os metacêntricos e os submetacêntricos.
O número de cromossomos varia entre as espécies animais e vegetais. Os seres humanos, por exemplo, possuem 46 cromossomos, já o seu cãozinho tem 78, e a batata do seu purê, 48.
Fungos, algas e bactérias, que se reproduzem assexuadamente, contêm apenas um conjunto de cromossomos e são conhecidos como haploides, representados pela letra n.
Nos seres com reprodução sexuada, os conjuntos de cromossomos são organizados em pares, logo, os indivíduos diploides são 2n. Assim, os 46 cromossomos humanos são divididos em 23 pares, sendo 44 deles cromossomos autossomos e 2 sexuais ou cromossomos alossômicos.
As células eucariontes se dividem por um processo chamado mitose, que distribui os cromossomos de forma igual nas duas células que se formaram. Já a gametogênese, que é a formação das células sexuais, acontece por meiose, ou seja, uma célula divide seus cromossomos em uma sequência que resulta em quatro células haploides.
A divisão por mitose ou meiose se diferencia pela função das células. No caso das células reprodutivas, quando um óvulo (X, cromossomo feminino) e um espermatozoide se encontrarem, o conjunto de cromossomos da mulher se somará aos cromossomos do homem, formando novamente uma célula com 23 pares, que desenvolverá um embrião.
O pareamento dos cromossomos acontece quando eles apresentam o mesmo tamanho e a mesma posição dos centrômeros.
Para entender o que são cromossomos homólogos, pense que os seres diploides geralmente têm sequências iguais de DNA, mas podem exibir pequenas variações. O que faz com que eles formem um par é a determinação de um mesmo caráter genético.
A engenharia genética, conhecendo cada vez mais as sequências de genes, pode mapear e evitar algumas anomalias cromossômicas. Dessa forma, algumas síndromes que são passadas de geração para geração podem ser evitadas.
Muitas das síndromes cromossômicas que conhecemos hoje ocorreram há muito tempo e passam de pais para filhos por gerações.
Apenas uma pequena alteração estrutural nos cromossomos desencadeia diversos tipos de mutações genéticas. Podem ocorrer alterações cromossômicas em função do número, do tamanho ou do ordenamento das cadeias de DNA.
Entre as mais conhecidas, podemos citar:
Os avanços nas pesquisas genéticas e o estudo aprofundado de cariótipos, que são os conjuntos de cromossomos, são a esperança na prevenção das síndromes cromossômicas.
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