O corpo humano é repleto de estruturas fundamentais com funções importantes. E as diversas glândulas presentes no nosso organismo são responsáveis pela produção e secreção de substâncias vitais para o funcionamento do corpo: os hormônios.
Algumas glândulas são bastante estudadas e têm funções já conhecidas há muito tempo. Entretanto, outras ainda são um mistério, de modo que alguns pesquisadores as consideram como órgãos vestigiais. Este é o caso da glândula pineal, que até hoje intriga estudiosos com suas várias funções. Quer saber mais sobre ela? Então, continue lendo este post!
A glândula pineal é uma pequena estrutura localizada na extremidade posterior do terceiro ventrículo, acima do teto do diencéfalo, conectada a ele por pequenos ramos, bem no centro do cérebro humano.
O corpo da glândula é revestido pelos mesmos tecidos que formam as meninges, conhecidos como membranas pia-máter. Também conhecida como epífise neural, a glândula pineal é endócrina e apresenta um formato de pinha, com coloração vermelho-acinzentada e cerca de cinco milímetros de diâmetro.
Como ressaltamos, há controvérsias sobre as funções atribuídas à glândula pineal. Muitos pesquisadores acreditam que ela, atualmente, não é responsável por nenhuma função específica do organismo, podendo ser considerada como um órgão vestigial, ou seja, uma estrutura atrofiada e sem funções aparentes.
Entretanto, a ciência já tem algumas certezas sobre essa estrutura peculiar. Sabe-se que ela é fundamental ao contribuir para vários ciclos considerados vitais no organismo, como o ciclo do sono e a regulação dos esforços sexuais e de reprodução.
A glândula pineal é a responsável pela produção e secreção de melatonina no nosso organismo. Este é um hormônio fundamental para a indução ao sono, estando diretamente relacionado à regulação do metabolismo no dia a dia, incluindo períodos de descanso ou atividade plena.
A melatonina é um hormônio essencial para a regulação do ciclo circadiano, que corresponde à maneira como nosso organismo organiza suas funções e atividades enquanto estamos dormindo ou mesmo durante os períodos em que ficamos acordados.
O hormônio inicia sua produção na glândula pineal assim que o dia começa a escurecer, auxiliando na preparação para a noite de sono. É por isso que somos considerados seres diurnos, uma vez que o corpo naturalmente entende que a noite é feita para o descanso diário do organismo.
Durante o sono, a melatonina atinge o seu nível máximo, decaindo com o surgimento da luz solar, o que faz com que sintamos a necessidade de acordar e nos colocar em atividade.
Alguns estudos recentes analisaram a conexão existente entre o hormônio melatonina e a saúde cardiovascular. Foram descobertas evidências que apontam para o fato de a melatonina causar um impacto positivo no coração e, consequentemente, nos níveis de pressão sanguínea, podendo ser utilizada para o tratamento de doenças do coração.
Como a melatonina é um hormônio que atua como regulador dos ciclos vitais, é natural que ele ajude também na regulação do ciclo menstrual feminino.
Isso significa que, quanto menor for a produção de melatonina, geralmente nas mulheres que dormem menos e estão mais expostas à luz, maiores serão as chances de desenvolver algum tipo de irregularidade no ciclo menstrual.
Outro estudo demonstrou que, em experiências com roedores, a redução das funções da glândula pineal, principalmente por meio da excessiva exposição à luz, poderia levar a alguns danos celulares. Estes danos estariam diretamente ligados ao risco de desenvolvimento de câncer de cólon.
A glândula pineal não produz apenas melatonina. Ela também é responsável pela secreção da serotonina, um hormônio neurotransmissor responsável por estabelecer a comunicação entre os neurônios, atuando na regulação do humor, do sono, do apetite, do sistema digestivo, da temperatura do organismo, entre outros.
A serotonina é um hormônio oposto à melatonina. Ou seja, quando o dia clareia, a glândula pineal para de produzir melatonina e começa a produzir serotonina, preparando o corpo humano para o dia de atividades que se inicia.
Uma baixa concentração de serotonina pode levar a diversos sintomas, como:
Como você já deve ter percebido, a produção de melanina por parte da glândula pineal é estimulada por alguns fatores, sendo o principal a exposição sensível à luz. Basicamente, a glândula produz serotonina quando precisamos acordar e “ativar” nosso organismo para o dia a dia de atividades; e produz melatonina quando estamos nos preparando para dormir e descansar.
Dessa forma, a maneira mais fácil de ativar a glândula dependerá da sua necessidade e dos seus objetivos. Se a ideia é estimular a produção de melatonina e induzir o sono, o ideal é evitar a exposição a todo e qualquer tipo de iluminação. Já se o objetivo é buscar um aumento na produção de serotonina, o ideal é ficar perto de fontes de luz, sejam elas naturais ou artificiais.
É por este motivo que os especialistas recomendam fortemente que as pessoas não assistam televisão nem mexam no celular próximo do horário de dormir, uma vez que essas atividades inibem a produção de melatonina, sendo responsáveis por boa parte dos quadros de insônia atualmente.
A glândula pineal está ligada, culturalmente, ao que conhecemos como “terceiro olho”. Esse olho seria uma estrutura responsável pela ligação dos seres humanos com o mundo espiritual, também chamado de “olho da consciência”.
Na antiguidade, a glândula era representada pelo Olho de Hórus egípcio. Provavelmente você já viu alguma representação desse olho, seja em hieróglifos, seja em tatuagens. O “terceiro olho” é aquele que tudo vê e tudo sabe, estando intimamente conectado com a ideia de luz e espiritualidade.
Segundo a Doutrina Espírita de Allan Kardec, a glândula pineal é responsável pela existência da vida no plano espiritual e no plano mental, sendo fundamental para o corpo etéreo. É ela que comanda as emoções do ser, tendo acesso a todo o sistema endócrino e reverberando, principalmente, nas práticas sexuais.
Independentemente das teorias e mitos sobre a glândula pineal, é fundamental entender que as funções conhecidas hoje em dia fazem total diferença na vida dos humanos, atuando em diversos aspectos do nosso ciclo vital.
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