Se os estudos envolvendo a genética chegaram a um patamar de grande evolução na atualidade é porque lá atrás houve uma descoberta por meio de experimentos com o cruzamento de diferentes tipos de ervilhas. Foi o botânico, biólogo e monge austríaco Gregor Mendel quem desvendou os mistérios da hereditariedade, considerada a base da genética.
O estudioso responsável pela mudança nos rumos da Biologia é o tema deste post. Continue conosco e conheça os detalhes dessa incrível história!
Nascido no dia 20 de julho de 1822, na Áustria, Gregor Mendel foi um ser humano muito estudioso e bem eclético em suas funções ao longo da vida.
Atuou como biólogo, botânico, meteorologista e até mesmo como monge católico. No entanto, suas principais descobertas foram nas áreas da genética e da biologia vegetal.
A vida no monastério foi preponderante para Mendel levar adiante as pesquisas, inclusive tendo como base os conhecimentos adquiridos ao longo da infância e adolescência quando teve inúmeros aprendizados sob influência de seu pai, que era jardineiro.
Inicialmente, o nome de nascimento do pesquisador era Johann Mendel, tendo sido alterado para Gregor após o ingresso na ordem religiosa dos agostinianos.
Ordenado sacerdote em 1847, Mendel logo iniciou seus estudos em História Natural na Universidade de Viena, de 1851 a 1853. Foi quando obteve vários conhecimentos que seriam posteriormente muito úteis no desenvolvimento de suas teorias.
Três anos após a conclusão do curso na Universidade, ele já fazia as primeiras pesquisas com ervilhas nos jardins do monastério.
A principal teoria desenvolvida pelo biólogo foi a de que as características das plantas, como cores, são originadas de fatores hereditários, hoje conhecidos como genes.
No entanto, embora tenha desenvolvido duas leis inéditas, incluindo a das ervilhas (que veremos logo mais), Mendel foi ficando desmotivado e começou a se dedicar exclusivamente aos trabalhos administrativos do monastério.
Assim, seus estudos sobre a hereditariedade não foram reconhecidos ao longo da sua vida, encerrada no dia 6 de janeiro de 1884.
Somente após mais de 15 anos, já no início do século XX, foi que alguns pesquisadores reconheceram a importância das descobertas de Gregor Mendel.
Entre eles, podemos citar o alemão Carls Correns, o austríaco Erich von Tschermak-Seysenegg e o holandês Hugo de Vries.
Graças aos experimentos desses três sobre os híbridos, tendo como base os estudos arquivados de Gregor Mendel, foi possível avançar nos experimentos sobre a genética, principalmente referentes às unidades hereditárias existentes no interior do cromossomo.
Gregor Mendel foi extremamente minucioso em suas análises. Ele separou diversos tipos de ervilhas e foi anotando as características particulares de cada uma.
Assim, diante de uma variedade de ervilhas, ele pôde desvendar quais eram conhecidas por determinados fatores, como cheiro, cor, entre outros.
Gregor ficou dois anos produzindo 22 variedades de ervilhas puras para depois cruzá-las entre si. Foram necessárias seis gerações até que se chegasse às linhagens puras.
A partir daí, ele começou a cruzar ervilhas verdes puras com ervilhas amarelas puras, obtendo as híbridas, também chamadas de F1.
Com a autofecundação (cruzamento entre elas mesmas), ele obteve quatro tipos de plantas: duas amarelas híbridas, duas amarelas puras e uma verde.
Assim, o pesquisador chegou à geração F2, sendo a base da Primeira Lei de Mendel, que diz que cada caráter é condicionado pelo par de fatores que se separam na formação dos gametas.
Após dez anos de estudos, com um olhar apuradíssimo em relação às cores e forma das sementes das ervilhas, além da vagem, altura do caule, entre outros, Mendel concluiu duas leis que foram fundamentais no auxílio da descoberta da hereditariedade.
A primeira lei de Mendel é conhecida como lei do monoibridismo e foi descoberta depois de vários cruzamentos com ervilhas ao longo de gerações sucessivas, permitindo a verificação nos híbridos de uma característica dominante e outra recessiva.
A segunda é a lei da recombinação, também conhecida como segregação independente. Ela foi formulada com base na ideia de que a herança da cor é diferente da herança da superfície da semente.
Isso porque os fatores que determinam os caracteres se separam de maneira independente ao longo da formação dos gametas e se recombinam por acaso, chegando a recombinações possíveis.
De forma geral, as leis de Gregor Mendel deixaram um legado significativo na descoberta da genética humana, com conclusões que auxiliaram outros pesquisadores a desvendar os mistérios da hereditariedade.
Entre elas, podemos citar que cada ser de uma determinada espécie apresenta combinações de traços que o tornam único, em razão dos pares de genes. Além desse aspecto, podemos citar:
Portanto, se hoje o material genético tem sido mapeado e amplamente estudado é porque lá trás houve esse grande avanço por meio dos primeiros estudos de Gregor Mendel.
Podemos citar as pesquisas com células-tronco, que estão bem próximas de encontrar cura para doenças degenerativas, até então tidas como um desafio para a medicina, além dos tradicionais testes de paternidade, sem falar na descoberta dos alimentos transgênicos.
Ao entender as leis de Gregor Mendel, você estará preparado para desvendar várias questões que são tradicionais nos vestibulares e também no Enem.
Além disso, terá uma base para compreender a genética, que está intimamente ligada com a nossa existência: trata-se da base do ser humano.
Responsável pelas nossas diferenças e semelhanças, a genética está nos 46 cromossomos que carregamos internamente e também nos cerca de 30 mil genes.
Somos fruto de 23 cromossomos herdados do pai por meio dos espermatozoides e 23 da mãe, através do óvulo.
Essas descobertas se iniciaram com Gregor Mendel, principalmente após a conclusão de suas duas obras:
Portanto, fique atento a esse assunto que é praxe nas provas de Biologia e saiba que Gregor Mendel foi um brilhante cientista, que deixou um legado importantíssimo á humanidade.
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