Malária: sintomas, transmissão e mais!

Cronometre dois minutos… Esse é o tempo necessário para mais uma criança africana morrer por causa da malária. Pode parecer surreal, mas é a mais pura realidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mais de 430 mil pessoas morrem por ano por causa da doença, principalmente no continente africano. Além disso, muitas crianças que sobrevivem acabam ficando com sequelas cerebrais irreversíveis.

Com o objetivo de ensinar as características da malária, as formas de transmissão e o tratamento, elaboramos este post com informações detalhadas da doença. Confira!

O que é malária?

Essa doença infecciosa é também conhecida como paludismo. Ela é causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium e pode se apresentar de forma aguda ou crônica. A transmissão se dá pela picada do mosquito Anopheles, principalmente no fim da tarde ou à noite.

A malária pode atingir pessoas de todas as idades, mas as crianças geralmente estão mais suscetíveis pelo fato da constante exposição em ambientes abertos, principalmente em regiões de matas.

Ao ser picado, o ser humano apresenta um quadro de febre, calafrios, falta de apetite, pele amarelada, cansaço, entre outros. Quem já pegou malária pode obter uma imunidade, ou seja, mesmo sendo picada, os sintomas não atingem o organismo, mas não se trata de uma regra.

Malária no Brasil

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, os casos de malária tiveram uma queda de 38% de 2018 para 2019.

De janeiro a março de 2019, foram notificados 31.872 novos casos da doença. Já no mesmo período de 2018, o país contabiliza 51.076 pessoas com a malária.

A maior parte dos casos acontece na região amazônica, principalmente nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Mesmo tendo poucos registros, as demais regiões também precisam ficar alerta. Isso porque, quando há casos, o índice de mortes é maior se comparado com a região amazônica.

Malária no mundo

O continente africano é o que mais tem casos e mortes em razão da malária, principalmente pelo fato de o mosquito transmissor só sobreviver em locais que têm médias de temperaturas acima de 15ºC. Além disso, as transmissões aumentam na mesma medida que há mais calor e umidade alta, ou seja, é uma região do planeta que enfrenta uma epidemia da doença.

Na África, o caso mais preocupante é a capital de Moçambique, Maputo. No entanto, a malária afeta drasticamente dez países: Burkina Faso, Camarões, Congo, Gana, Mali, Moçambique, Níger, Nigéria, Uganda e Tanzânia.

Somente em 2017, foram registrados no continente mais de 219 milhões de casos da doença, um aumento de 3,5 milhões em comparação com o ano anterior. Desse número, houve mais de 3 milhões de mortes.

Malária: sintomas

O primeiro sintoma da malária é febre. Além disso, o paciente sofre com calafrios e constante suor. Há outros bem evidentes, que podem se repetir a cada dois ou três dias:

  • dor de cabeça e no corpo;
  • falta de apetite;
  • pele amarelada;
  • cansaço.

Transmissão da malária

O principal meio de transmissão da malária é através da picada das fêmeas do mosquito Anopheles. No entanto, a doença também pode ser transmitida de outras maneiras. Entre elas, podemos citar:

  • transfusão de sangue contaminado;
  • placenta (congênita) para o feto;
  • seringas infectadas.

É importante informarmos que a transmissão ocorre principalmente em regiões rurais e de mata. Apesar disso, há casos registrado nas cidades, com destaque nas periferias. Agora, em localidades altas e que tenham baixas temperaturas, a transmissão é quase nula porque o mosquito não consegue sobreviver nessas condições.

Vale lembrar que o Anopheles age principalmente no crepúsculo, ou seja, fim de tarde ou começo da noite. A contaminação acontece quando o mosquito pica um portador da doença, tornando-se em vetor de transmissão para outras pessoas.

Já os mosquitos machos sobrevivem se alimentando de seivas de plantas, e as larvas se desenvolvem em águas paradas. Por isso, as regiões quentes e úmidas são as preferidas do Anopheles.

Agente causador da malária

O agente causador da malária é o protozoário Plasmodium. Existem mais de cem tipos de plasmódio, mas três espécies predominam no Brasil:

  • P. falciparum;
  • P. vivax;
  • P. malariae.

O primeiro é o mais devastador e se multiplica rápido na corrente sanguínea. Ele destrói de 2% a 25% dos glóbulos vermelhos, causando anemia grave. Nesses casos, o tratamento deve começar com, no máximo, 24 horas após o início da febre.

O P. vivax é um tipo mais fraco. Chega a atingir apenas 1% das hemácias (glóbulos vermelhos) e dificilmente causa a morte da pessoa infectada.

No entanto, esse protozoário se aloja por mais tempo no fígado, aspecto que pode dificultar sua eliminação. Também pode ocorrer uma queda no número de plaquetas e os sintomas são bem parecidos com o quadro da dengue.

Quando a malária é causada pela espécie P. malariae, o quadro clínico é bem parecido com o citado acima. O maior risco é de recaídas, fazendo com que a pessoa desenvolva novamente a doença após alguns anos.

Vale deixar claro que a grande parte dos óbitos por malária ocorre em razão do diagnóstico tardio. Portanto, a procura por atendimento especializado se faz extremamente necessária. Na maior parte dos hospitais ou ambulatórios, o diagnóstico é feito por meio de exames parasitológicos ou por testes rápidos específicos para a doença.

Tratamento para malária

O tratamento para eliminar a doença é feito por meio de medicamentos por via oral. A principal orientação é que o ciclo medicamentoso não seja interrompido. Ainda não existem vacinas para evitar a malária. Nos casos mais graves, remédios via intramuscular e intravenosa são aplicados nos pacientes.

Se não for tratada adequadamente por profissionais da área da saúde, a doença pode levar à morte, principalmente as causadas pelo tipo P. falciparum.

Formas de prevenção da malária

A primeira forma de profilaxia ou prevenção da malária é manter o local de moradia bem higienizado, sem água parada. Caso seja um ambiente com muitos pernilongos e demais insetos, utilize tela mosquiteiro nas portas e janelas.

Outra dica é sempre utilizar o repelente em todas as partes do corpo. É importante evitar banhos em lagoas ou águas paradas, principalmente nos horários mais críticos: entardecer e anoitecer.

Caso tenha que viajar para regiões onde existem muitos casos, procure um serviço de saúde para se medicar antes, durante e após a viagem. Nunca se automedique e, caso sinta os sintomas, procure imediatamente o atendimento médico.

Como você viu, a malária está longe de ser um problema resolvido no Brasil e no mundo, ou seja, trata-se de um tema que tem presença garantida nos vestibulares e Enem. Portanto, não deixe de se aprofundar nos aspectos abordados neste post.

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