Você sabe do que se trata a meningite, como ela é transmitida, quais os sintomas que causa e como pode ser tratada? Conhecer as respostas dessas perguntas pode ser um diferencial para você, sabia? Isso porque os vestibulares e, em especial, o Enem, trazem cada vez mais questões que abordam e mesclam conhecimentos biológicos com fatos da nossa realidade e acontecimentos históricos. São enunciados que, de fato, demandam um conhecimento multidisciplinar, contextualizado e atual dos vestibulandos.
Pensando nisso, trouxemos um post completo e didático sobre meningite, para deixá-lo por dentro dessa enfermidade e das principais características dela. Veja!
A meningite recebe esse nome pelo local que ela afeta no portador da doença: as meninges, três camadas fibrosas que recebem os nomes de dura-máter, aracnoide e pia-máter — que ficam, nessa mesma ordem, resguardando uma a outra.
Juntas, elas desempenham o papel de inervação e, em especial, proteção do sistema nervoso central, revestindo não só o encéfalo, mas também toda a medula espinhal — que se estende desde a nossa cabeça até a porção final da coluna.
Nessa enfermidade, as meninges ficam debilitadas, inflamando continuamente e, com isso, prejudicando o funcionamento do sistema nervoso central, que encontra dificuldades em estabelecer conexões com os demais sistemas e órgãos do corpo humano. Logo, o indivíduo fica incapacitado de ter uma vida funcional ao mesmo tempo que sofre com o avanço da doença e com o surgimento de sintomas.
Segundo levantamento comparativo oficial do Ministério da Saúde, em 2010 houve uma média de 18.409 casos diagnosticados da meningite para cada 100 mil brasileiros. Um número elevado, especialmente se consideramos o número de óbitos no mesmo período: 1.813 (o que representa 9,84% do total).
Já em 2018, o acumulado de casos teve uma queda de 16,54%, ficando em 15.364. Por sua vez, o de óbitos passou a 1.272 (o que representa 9,27% do total).
Isso mostra que mesmo com o avanço da Medicina e da Biomedicina, de políticas públicas adotadas pelos órgãos e das ações de prevenção e tratamento realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ainda não foi possível erradicar o problema.
No tópico anterior, explicamos o que é meningite e como ela afeta o sistema nervoso. Agora, vamos falar sobre os agentes causadores dessa doença, que são muitos — um fato que, infelizmente, uma parcela da população ainda desconhece. Fique atento!
A meningite bacteriana, como o nome deixa claro, é causada por bactérias que são transmitidas pelas vias respiratórias ou pelo contato direto com pessoas doentes e objetos contaminados com fluidos corporais de quem contraiu a enfermidade, independentemente de ela apresentar ou não sintomas.
A meningite viral, por sua vez, é provocada por vírus. O contágio da doença ocorre de forma similar à anterior, mas a maneira mais frequente é pelo hábito de tocar superfícies e objetos — muitas vezes, de procedência desconhecida e que são públicos, acumulando esses micro-organismos — e levar as mãos, sem a devida higienização, ao contato com o rosto e com os alimentos que serão ingeridos.
Para se ter ideia, de acordo com os casos catalogados de meningite pelo Ministério da Saúde, a do tipo viral é, de longe, a mais comum. Em 2018, por exemplo, foram cerca de 8.578 cidadãos contaminados com ela, mais da metade dos 15.364 identificados no período.
A meningite fúngica é diferente da bacteriana e da viral. Isso porque uma pessoa diagnosticada com essa enfermidade não é capaz de contaminar as demais. O risco de contraí-la se dá exclusivamente pela exposição do indivíduo, principalmente a prolongada por horas, em ambientes que tenham focos de fungo.
Por fim, há a meningite transmitida por parasitas. Assim como a fúngica, ela não pode ser contraída pelo convívio com pessoas infectadas. Na verdade, o contágio ocorre quando há contato com excrementos de animais ou ingestão de comidas que contenham os parasitas transmissores da doença.
Como dito há pouco, há vários fatores que transmitem a meningite, desde bactérias até parasitas. Por conta disso, os sintomas e a intensidade da doença acabam sofrendo variações de acordo com o agente causador. Contudo, podemos listar aqueles com maior incidência entre os quatro tipos, como é o caso da:
“Existe vacina para meningite?”, você deve estar se questionando. Por isso, saiba que a resposta é sim, há algumas:
Contudo, elas ainda não são capazes de imunizar as pessoas contra todos os agentes que transmitem a doença — na verdade, nem mesmo dentro de um grupo de agentes. Até o momento, o que elas fazem é reforçar o sistema imunológico contra algumas bactérias específicas.
É por essa razão que aquelas pessoas que contraem a meningite devido a vírus, parasitas, fungos ou mesmo bactérias que não são prevenidas por vacina fazem tratamento com uso de medicamentos antivirais, antiparasitários, antifúngicos e antibacterianos, respectivamente. Além da medicação, os pacientes diagnosticados são acompanhados intensivamente por uma equipe médica e multidisciplinar da saúde.
E então, deu para sanar os seus questionamentos sobre o que é meningite e como ela pode ser fatal para os seres humanos? Vale a pena estudar essa e outras doenças e o impacto que elas geram na saúde e no desenvolvimento das Ciências Biológicas, além, é claro, de como isso afeta a história das nações e gera marcos importantes ao longo do nosso desenvolvimento social. Sem dúvidas, é um assunto que pode render boas questões no vestibular!
E se você quer complementar o seu plano de estudos e saber mais sobre o sistema nervoso (como ele é dividido, quais células o compõem e as funções dele etc.), confira o post especial que preparamos para você!
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