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Platelmintos: o que são, classificações e ciclo de vida

O assunto de hoje é sobre platelmintos, criaturas que são popularmente conhecidas como vermes. Agora é a oportunidade de conhecer as principais classes de platelmintos e suas características, pois esse é um tema muito importante e que pode cair no Enem.

Leia esse texto até o final e fique por dentro das principais informações sobre os platelmintos.

O que são platelmintos?

Platelmintos são vermes do filo Platyhelminthes, essa ramificação agrega em torno de 20 mil espécies de animais acemolados. A característica dos platelmintos mais marcante, e que define o visual dessas criaturas de maneira bem singular, é o seu corpo achatado dorso-ventralmente.

O filo dos platelmintos recebeu esse nome porque corresponde etimologicamente ao grego, platys, plano, achatado, e helminthes, verme.

Classes dos platelmintos

Essas especies de vermes platelmintos são agregadas em três tipos principais: Turbellaria, Trematoda e Cestoda.

Conhecidas popularmente como planárias, a classe Turbellaria (turbelários) é composta por espécies de vida livre (isto é, não são parasitas). Falaremos mais sobre as planárias mais adiante, quando tratarmos da estrutura corporal dos platelmintos.

A classe Trematoda (trematódeos) apresenta características de ectoparasitismo, vivendo assim na parte externa do corpo de hospedeiros, e também endoparasitismo, habitando dessa forma dentro dos hospedeiros.

Os vermes chamados de tênias classificam-se dentro da Cestoda (cestoides). Elas são endoparasitas que habitam o intestino de animais vertebrados.

Doenças causadas por platelmintos

Tratando-se de vermes, os platelmintos podem causar diversas doenças para o organismo do ser humano. Conheça algumas delas:

Esquistossomose

A esquistossomose é conhecida como uma verminosa causada por platelmintos do gênero Schistosoma, da classe das trematodas. O alojamento desse ser no corpo humano varia de acordo com a espécie, podendo acontecer nos vasos sanguíneos da bexiga, do intestino, ou do fígado.

A eclosão dos ovos e a liberação das larvas ciliadas, ou miracídios, acontece no encontro com córregos ou lagoas de águas relativamente limpas. A continuação do ciclo do esquistossomo só ocorre, se houver na água, alguns tipos de caramujos que funcionam como hospedeiros intermediários aos miracídios.

Após adentrar no caramujo, uma larva passa por várias transformações reproduzindo-se ativamente. Então, ela logo dá origem a dezenas ou centenas de cercárias, larvas dotadas de caudas que se desprendem do corpo do caramujo. Essas cercárias são capazes de nadar livremente e uma das foras de entrar no corpo de uma pessoa é através da pele. 

A esquistossomose possui diversos sintomas. Durante sua fase aguda o portador do verme apresenta manifestações clínicas como coceiras e dermatites, febre, inapetência, tosse, diarreia, enjoos, vômitos e emagrecimento.

Teníase e cisticercose

O consumo de carne malcozida contendo cisticercos transmite a teníase. No organismo dos hospedeiros, o cisticerco se expande, dando origem a uma pequena estrutura que conecta-se à mucosa intestinal, formando uma tênia.

Os sintomas apresentados pelo hospedeiro de uma infestação de tênias são relativamente brandos, como diarreias, prisão de ventre, insônia e irritabilidade. A pessoa que sofre dessa verminose geralmente é magra, pois existe competição de alimento entre ela e o parasita.

Estrutura corporal dos platelmintos: Planárias

Para elucidar a estrutura corporal dos platelmintos, definimos como exemplo um representante de vida livre: a planária de água doce. Esse animal possui um corpo revestido por uma epiderme rica em células glandulares, encarregadas de produzir secreção mucosa.

Ele se desloca deslizando sobre um trilho de muco produzido por ele mesmo. O deslocamento é guiado pela parte inferior do seu corpo, através do batimento coordenado de alguns cílios que suas células possuem.

Células musculares e um tecido denominado mesênquima preenchem a região entre a epiderme e a parede da cavidade digestória da planária. A criatura pode contrair-se com sua musculatura disposta por todo organismo. Ela realiza assim diversos movimentos, como alongar-se, encurtar-se ou virar o corpo em qualquer direção.

As planárias possuem uma capacidade incrível de regeneração, pois suas células mesenquimatosas são totipotentes, ou seja, capazes de multiplicarem-se e diferenciarem-se nos vários tipos de células corporais.

Sistema digestório das planárias

Posicionada na região mediana ventral do corpo, a cavidade gastrovascular das planárias apresenta uma grande ramificação que se comunica com o exterior pela boca.

Incrustada nessa boca existe uma faringe musculosa, que se estende sobre o alimento (animas vivos ou mortos), expelindo enzimas digestórias produzidas por células glandulares especiais do sistema digestório.

O alimento, parcialmente assimilado, é sugado da faringe para dentro da cavidade gastrovascular. Ele é então englobado por células da cavidade e o processo digestório chega ao fim.

Substâncias úteis na digestão são difundidos para todas as células do corpo, transportados de maneira simples pela grande ramificação da cavidade gastrovascular. Os restos não digeridos são eliminados pela boca.

Sistema excretor das planárias

O sistema excretor das planárias situa-se ao longo das laterais do corpo, no mesênquima. Ele é composto de protonefrídios, que são túbulos ramificados dotados, na extremidade, de uma célula especializada na absorção de água e excreções acumuladas nos espaços entre os tecidos corporais.

A célula excretora, dependendo da espécie, pode apresentar um único flagelo, sendo assim denominada solenócito, ou vários flagelos, chamando-se dessa forma célula-flama.

O líquido absorvido pelas células é impulsionado pelo batimento dos flagelos, sendo transportado dessa forma ao longo dos túbulos. Estes terminam em poros excretores, ou nefridióporos, localizados lateralmente na superfície externa dorsal do corpo.

Mesmo com o funcionamento desse sistemas, grande parte da excreção dos platelmintos é realizada por simples difusão entre a superfície corporal. Por conseguinte, as trocas gasosas da respiração também acontece por difusão pela superfície do corpo. Sendo assim, é correto dizer que os platelmintos apresentam respiração cutânea.

Sistema nervoso e sistema sensorial das planárias

O sistema nervoso das planárias corresponde a dois cordões nervosos que percorrem longitudinalmente o corpo, unidos aos gânglios cerebrais, que são constituídos por dois agrupamentos de células nervosas na região anterior do animal.

Esses cordões nervosos possuem prolongamentos de células nervosas, ou nervos, que distribuem-se por toda região corporal, manipulando os músculos e recebendo estímulos captados por células sensoriais.

Algumas espécies de planária possuem ocelos, que são receptores de luminosidade organizados em órgãos visuais primitivos. Eles não chegam a formar imagens, mas informam ao sistema nervoso sobre a intensidade e direção da luz.

Reprodução dos platelmintos

A reprodução dos platelmintos possui grande diversidade. Os ciclos de vida das espécies parasitas são complexos, podendo existir alternância entre as fases de reprodução sexuada e fases assexuadas.

Reprodução assexuada

Algumas espécies de planária conseguem se reproduzir pelo fascinante processo de fragmentação do seu corpo, apesar de não ser essa a principal forma de reprodução.

Um fragmento reconstitui uma planária completa, através de sua elevada capacidade regenerativa. Cada um de seus pedaços pode dar origem um corpo inteiro, se for cortado em até um décimo de seu tamanho.

Outras criaturas que também se reproduzem assexuadamente, são elas certas formas larvais do esquistossomo. A larva chamada rédia, a título de exemplo, pode originar de modo assexuado dezenas de outras formas larvais chamadas cercárias.

Reprodução sexuada

Algumas espécies de platelmintos, como o esquistossomo, são dioicas (sexos separados). Outras, como planárias e tênias, são monoicas (hermafroditas).

O sistema reprodutor feminino da planária de água doce constitui-se de um par de órgãos produtores de gametas, os ovários, conectados a tubos, os ovidutos, por onde saem os óvulos maduros. É produzida uma substância nutritiva para os embriões em glândulas vitelínicas, onde os ovidutos desembocam.

A vagina é a porção terminal do sistema genital feminino que se comunica uma bolsa comum aos dois sexos, o átrio genital. Alguns platelmintos possuem útero, uma bolsa específica para guardar ovos maduros até o momento de serem eliminados.

O sistema reprodutor masculino é composto por diversos testículos, cada um conectado a um tubo por onde os espermatozoides alcançam os ductos deferentes. Estes transportam os espermatozoides ao pênis, situado no átrio genital comum.

A copula acontece em planárias e outros platelmintos. Processo em que dois indivíduos sexualmente maduros unem-se e justapõem os poros genitais, cada um introduzindo o pênis no poro genital do parceiro.

Após ocorrida a troca de espermatozoides, os animais separam-se e, em cada planária, os espermatozoides recebidos do parceiro percorrem os ovidutos, onde se encontram com os óvulos, fecundando-os.

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Stoodi

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