Infelizmente, os seres vivos estão suscetíveis a várias doenças. Muitas delas, como sabemos, são causadas por agentes patógenos como os fungos, os vírus e as bactérias. No entanto, isso não é tudo: há também as enfermidades originadas por conta dos príons.
Esse é um termo pouco conhecido por grande maioria das pessoas, mas extremamente importante. Os príons foram responsáveis por alguns problemas bastante sérios ao longo de nossa história e, sendo assim, estudá-los é algo cuja relevância vai muito além das provas do vestibular.
Não sabe o que são príons? Gostaria de aprender e mandar melhor nas provas, além de ficar mais bem informado sobre os riscos dessas moléculas para nossa saúde? Então, continue com a gente!
Os príons, também conhecidos pelo nome de priões, são moléculas de proteínas que têm a capacidade de gerar uma série de problemas de saúde. Uma de suas principais características é a ausência de código genético, ou seja, eles não possuem ácidos nucleicos como DNA e RNA.
O nome príon, inclusive, vem da junção de duas palavras em inglês: protein e infection. Esse é um modo muito simples de lembrar do potencial infeccioso dessas moléculas que se comportam de modo muito particular.
A descoberta dos príons se deu a partir das pesquisas acerca de uma doença bastante peculiar: o kuru. Essa enfermidade afetava pessoas da Papua-Nova Guiné, um pequeno país na Oceania. A manifestação clínica desse problema se dava a partir de tremores e outros sintomas relacionados à degeneração do sistema nervoso.
Pesquisas sobre o kuru mostraram que esse problema podia ter alguma relação com proteínas. O trabalho durou muitos anos, e a resposta só chegou definitivamente em 1982, com a publicação de Stanley Prusiner sobre o tema.
Foi ele, inclusive, quem batizou os príons e fez com que eles se tornassem conhecidos em todo o mundo.
Como vimos, os príons são proteínas alteradas que, ao chegarem no organismo de um indivíduo, podem gerar uma série de problemas muito sérios. Mas, afinal, quais são essas doenças? Como elas podem ser identificadas? Há tratamento para elas?
A seguir, veja algumas das doenças mais comumente associadas com os príons. Conhecê-las é de fundamental importância para as provas e para os estudos no geral. Vamos lá?
As doenças esporádicas causadas por príons são aquelas que acontecem de maneira aleatória e espontânea. Aqui, não há uma razão bem definida para essa ocorrência. Esse é o tipo mais comum de enfermidade gerada por esse tipo de molécula. Confira, a seguir, as doenças esporádicas.
Os sintomas desse problema são, normalmente, perda de memória e confusão, além da diminuição da coordenação motora. Esse é um problema que atinge pessoas entre 40 e 60 anos e que, infelizmente, não tem cura.
O tratamento visa apenas à diminuição dos sintomas, mas não freia a progressão do problema.
A insônia fatal é outro problema que não conta com qualquer tipo de cura. Ela atinge pessoas de praticamente todas as idades e atua na área do cérebro responsável pela indução do sono.
Seu principal sintoma é uma mistura de várias alterações no ciclo de sonolência, que culminam com a impossibilidade dos pacientes afetados de pegarem no sono.
Os sintomas da prionopatia também são de origem neurológica e incluem alterações na fala e no comportamento. Ela também é uma doença progressiva que, infelizmente, leva o paciente à morte em alguns meses.
Doenças familiares são um pouco mais complexas e relacionadas com uma herança genética, normalmente autossômica e dominante. Um tipo de doença familiar causada por príon é uma variação da enfermidade de Creutzfeldt-Jakob. A seguir, veremos outros exemplos.
Essa é uma versão diferente da insônia fatal variante. Os sintomas e fundamentos da doença são bastante parecidos. A diferença está apenas no modo de aquisição do problema, já que aqui, ela é uma doença herdada geneticamente.
A neuropatia autônoma tem como principais sintomas diarreia e alterações na pressão arterial e na sensibilidade de extremidades, como os pés. Sua progressão é mais lenta, o que faz com que o paciente possa viver por muitos anos.
Essa é, infelizmente, outra doença fatal causada por príons. Sua progressão é de velocidade média, o que faz com que a expectativa de vida gire em torno dos 5 anos após o diagnóstico.
Por fim, temos as doenças adquiridas causadas por príons. Esse tipo de enfermidade é pouco comum e acontece, normalmente, pela ingestão de carne contaminada ou pela introdução da proteína no indivíduo por outros meios (transplantes de órgãos, injeções, transfusões sanguíneas etc.). Veja alguns exemplos.
Essa doença, no homem, se dá a partir de um problema causado por príons que afeta os bovinos: a encefalopatia espongiforme bovina. Quando o humano ingere a carne de um animal contaminado, contrai a doença, que se manifesta com os mesmos sintomas das outras formas de DCJ e é fatal. Ela é popularmente conhecida como Doença da Vaca Louca.
Já falamos sobre essa doença, mas vamos retomá-la agora! Ela surgiu a partir de casos de canibalismo na Papua-Nova Guiné. Ou seja, aqui, mais uma vez, a causa foi a ingestão direta de carne. Os sintomas são iguais aos da DCJ, mas com algumas variações. Não há cura para essa enfermidade.
Para fechar o aprendizado, é hora de descobrir como o assunto sobre príons é cobrado nos principais vestibulares do Brasil. Veja, a seguir, dois exemplos que sintetizam bem esse tema e podem aparecer em suas provas.
1. (FADIP) Príons (ou priões) são agentes infecciosos que não possuem nenhum ácido nucleico, sendo constituídos exclusivamente por um único tipo de proteína estruturalmente modificada que tem a capacidade de converter proteínas semelhantes e normais em proteínas alteradas quanto a conformação tridimensional. Tais proteínas alteradas se agregam e causam danos em células nervosas. Uma forma como os príons podem ser transmitidos à população humana e causar doenças neuronais graves é através dos alimentos contaminados, e os mais comuns são:
a) óleos;
b) frutas;
c) carnes;
d) massas.
Resposta: C
2. (UEPG) Sobre vírus e viroses, assinale o que for CORRETO
01. Todos os vírus são endoparasitas celulares e dependem de substâncias das células parasitadas para sua reprodução. Apresentam uma cápsula proteica (capsídeo), que protege o material genético, o DNA ou RNA.
02. Os vírus têm uma certa especificidade para organismos e, num mesmo organismo, para determinados tecidos ou órgãos.
04. A profilaxia de muitas viroses é feita pela vacinação, uma imunização artificial desenvolvida pela inoculação de vírus mortos ou inativos ou, ainda, apenas de seus antígenos. Não há tratamento específico para as viroses.
08. Os príons são partículas infecciosas constituídas apenas por proteínas filamentares e DNA codificados a partir de genes especiais que induzem a produção de anticorpos.
16. Existem vacinas apenas para as seguintes viroses: sarampo, gripe, hidrofobia, febre amarela, hepatite A, B e C e dengue.
Resposta: 01 + 02 + 04 = 07
Agora que você já sabe mais sobre os príons, é hora de aprofundar seu estudo em temas complementares, como as proteínas e os vírus. Esse tipo de correlação é fundamental para o sucesso no vestibular! Confira, então, videoaulas incríveis sobre esses temas dadas pelos melhores professores no Plano de Estudos do Stoodi!
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