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Taxonomia: o que é?

Você sabia que a classificação e a organização dos seres vivos tem uma área completa de estudos chamada de taxonomia? E que essa área é de extrema importância para a sua prova do Enem? É por ela que os cientistas dão nome aos seres vivos e estabelecem ligações entre eles, considerando suas características biológicas.

Qualquer conteúdo de Biologia vai utilizar a taxonomia para organizar o conhecimento sobre aqueles seres, ou seja, na hora da prova, é impossível fugir da tal.

Quer saber melhor o que é taxonomia e por que é tão importante entender as categorias taxonômicas? Vem com o Stoodi que a gente ajuda a melhorar seu conhecimento em Biologia!

O que é taxonomia?

A taxonomia é a área da Biologia dedicada à organização e classificação dos seres vivos. É uma área de extrema importância, pois, afinal de contas, lida com uma quantidade absurda de espécimes e, sem uma devida classificação, seria impossível o estudo preciso e vital para a melhoria de conhecimento do mundo natural.

A base dos estudos de taxonomia nada mais é do que a classificação de seres vivos em grupos, para auxiliar com maior precisão nos resultados finais de qualquer experiência feita com eles. Seja ela para descobrir e curar doenças ou para ajudar no entendimento comportamental, as classificações traçam diversos caminho que, no fim, servem como facilitador dos estudos científicos e biológicos.

Muito antes de o modelo que conhecemos hoje vigorar, na Grécia antiga modos taxonômicos de estudar os seres vivos já aconteciam. Aristóteles, sendo um grande estudioso do mundo natural, ao voltar a atenção a animais, fez uma divisão simples e curiosa:

  • seres com sangue vermelho;
  • animais com sangue de qualquer outra cor.

Vale observar que ele só considerava nessa classificação animais, deixando as plantas fora desse tipo de análise.

Mas quem realmente revolucionou esse estudo foi Carl Von Linné, que, no século XVIII, projeta um modelo de classificação organizacional muito melhor e mais completo do que modelos anteriores, como o do já citado Aristóteles.

Em 1735, Linné dá vida ao seu Systema Naturae, que até hoje vigora nos estudos biológicos. A classificação elaborada pelo biólogo dividia os seres vivos em sete categorias taxonômicas. A partir da divisão feita por Linné, os estudos dos seres vivos ficaram muito mais precisos.

Mais recentemente, no século XX, um outro pesquisador do tema, Robert Whittaker, fez acréscimos ao modelo de Linné, incluindo uma nova categoria que deixava a divisão ainda mais completa. Também no mesmo século, o microbiologista Carl Woese fez um novo adendo às categorias abrindo ainda mais espaço para a precisão do estudo dos seres vivos, dando mais destaque para seres microscópicos.

Importância da taxonomia

Inicialmente, a taxonomia surgiu como uma espécie de facilitador para ajudar a descrever e facilitar o estudo dos seres vivos, o que foi de grande importância para a ciência como um todo, já que, a partir das divisões feitas, eventualmente avanços e melhorias surgiram tanto na qualidade da vida humana, quanto na de todos os outros seres.

Hoje a área não se limita apenas à divisão e facilitação do estudo do mundo biológico, mas também se mantém em busca de entender as origens reais das próprias divisões que foram feitas. Divisões que ajudaram nos estudos, mas que foram construídas e destinadas para determinado ser vivo por alguma razão.

Independentemente dos acréscimos feitos ao longo dos anos, o estudo taxonômico sempre serviu como uma ferramenta essencial da Biologia, pois, sem uma classificação correta dos seres vivos, como poderiam existir avanços na própria ciência?

Categorias taxonômicas

Com o Systema Naturae, Linné criou sete categorias taxonômicas, sendo elas:

  • Filo;
  • Classe;
  • Ordem;
  • Família;
  • Gênero;
  • Espécie.

Cada uma dessas categorias pode ser chamada de táxon.

A ordem hierárquica das categorias segue assim: acima de Espécie temos o Gênero, que será um grupo que contém espécies semelhantes. Logo em seguida, temos a Família, que reunirá um grupo de gêneros semelhantes. Depois temos a Ordem, que é um grupo de famílias com semelhantes características. Na sequência teremos a Classe, que nada mais é do que um grupo com ordens parecidas. Por último teríamos o Filo, que agruparia classes semelhantes.

Então veio Wittaker e acrescentou a essas sete categorias o Reino. São cinco os Reinos:

Fazendo mais um acréscimo às divisões, Carl Woese apresentou a nova categoria de Domínio, que pela hierarquia ficaria acima dos Reinos. Esse Domínio é dividido em três:

  • Archaeae;
  • Bactéria;
  • Eukarya.

Dentro do Domínio Achaeae, encontra-se o reino Archaeaea. Dentro do Domínio Bactéria, o reino Eubacteria, e dentro do Domínio Eukarya, os reinos Protoctista, Fungi, Animalia e Plantae.

Caracteres taxonômicos

Há um outro tipo de divisão, dentro das feitas por Linné, que são chamados de caracteres taxonômicos, que permitem agrupar indivíduos em certos grupos que se distinguem com relação a determinados caracteres.

Segue a divisão dos caracteres taxonômicos:

  • morfológicos: distinguem-se dos demais por conterem as morfologias externa e interna, estruturas especiais, Embriologia e Cariologia;
  • fisiológicos: correspondem ao nível de sangue e órgãos, como fatores metabólicos, excreções e secreções;
  • moleculares: dizem respeito às questões imunológicas, à eletroforese, sequenciação de proteínas e aminoácidos e sequenciação de DNA;
  • comportamentais: têm sido consideradas apenas recentemente e dividem os espécimes pelo comportamento específico de cada um;
  • ecológicos: diz respeito ao habitat e hospedeiros, alimentação e parasitas;
  • geográficos: distinguem-se dos demais através da Simpatia e Alopatria.

Sistema binomial

Um dos elementos mais importantes da classificação de Linné foi o sistema binominal, que vigora a partir de 1758. Desde então, só são aceitos, na classificação taxonômica dos seres vivos, seres classificados dentro desse tipo de sistema.

O sistema binominal serve para nomenclaturar todas as espécies já descobertas e que seriam descobertas, construindo assim uma coerência no que diz respeito à comunidade científica e estabelecendo regras de nomenclatura.

Como funcionava esse tipo de sistema?

Para começar, o nome da espécie deveria ser sempre escrito em latim. Por ser uma língua morta, o latim não abre espaço para atualizações ou correções, e por isso se torna universal e um facilitador para todo e qualquer estudioso que quiser estudar os seres vivos. O nome também deve ser escrito, de preferência, em itálico.

A primeira letra do nome deve sempre ser maiúscula. E como é uma nomenclatura binária, será constituída de dois nomes. O primeiro nome será sempre um epíteto genérico ou servirá para definir o gênero da espécie. O segundo nome deve conter um epíteto específico. Só se tem uma espécie se ambos os epítetos ocorram na nomenclatura.

Para ilustrar tudo o que foi falado até agora, o nome de uma espécie deverá ficar sempre assim ou próximo disso: Homo sapiens. Note que o nome da espécie está em itálico e é constituída por dois epítetos, sendo Homo o epíteto genérico e Sapiens, o epíteto específico.

Taxonomia dos seres vivos: exemplos

Vamos colocar em prática tudo o que foi aprendido? Como fica a classificação taxonômica do homem? É simples: pela ordem hierárquica da taxonomia, o primeiro táxon é o Domínio, e o Domínio do ser humano é o da Eukarya, ou seja, somos Eucariontes.

Em seguida temos o Reino, e o Reino dos humanos é o da Animalia, justamente por sermos animais.

Dando sequência, nosso Filo é o Cordados. Nossa Classe é a de Mamíferos, nossa Ordem a de Primatas, a Família é Homini, o Gênero é Homo e por fim, a Espécie, que é binominal, Homo Sapiens.

Para ilustrar ainda mais, disposto ficaria assim:

  • Domínio – Eucarya
  • Reino – Animalia
  • Filo – Cordados
  • Classe – Mamíferos
  • Ordem – Primates
  • Família – Homini
  • Gênero – Homo
  • EspécieHomo Sapiens

Taxonomia pode parecer difícil, mas, quando se descobre a lógica por trás de tudo, não fica um pouco mais fácil? Não faz mais sentido dividir e organizar as espécies para serem estudadas?

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