Gosta de Biologia? Essa é, sem dúvida, uma das disciplinas mais encantadoras do ensino médio. Com ela, aprendemos um pouco de tudo: em seu conteúdo, há elementos de História, Geografia, Física, Química… E, no meio de tudo isso, um dos temas mais relevantes é o conceito de evolução. Por isso, neste artigo, vamos tratar da Teoria Sintética da Evolução.
Quando falamos sobre os conceitos evolutivos, nossa mente pensa logo em Charles Darwin, certo? No entanto, apesar de esse nome ser extremamente importante, os estudos sobre essas questões não cessaram após a morte do famoso biólogo britânico.
Quais foram, então, as descobertas que sucederam Darwin? O que diz a Teoria Sintética da Evolução? Como esse tipo de assunto é cobrado no vestibular? As respostas para essas perguntas serão respondidas nas próximas linhas deste post. Boa leitura!
Os conceitos da teoria da seleção natural são bastante difundidos por aí. De acordo com Darwin, a evolução se dá por meio da seleção, realizada aleatoriamente pelo ambiente, dos indivíduos mais aptos para sobreviver em cada contexto e habitat.
Com a observação do próprio Darwin e de muitos cientistas que vieram após ele, ficou bem claro que isso realmente era verdade. Na natureza, indivíduos menos aptos eram rapidamente eliminados. Além disso, a proporção daqueles que têm uma característica benéfica era imensamente maior do que os que não a possuíam.
Observação! Vale a pena ressaltar que uma característica benéfica não é o mesmo que acreditarmos ser vantajoso. Um animal cego, por exemplo, pode se dar muito mal em um ambiente como a savana africana, mas se sobressair em uma fossa abissal, por exemplo. Tudo depende do referencial!
No entanto, Darwin não conseguia explicar um pequeno detalhe sobre suas descobertas e observações: como essas características eram transmitidas aos descendentes dos seres avaliados?
É aí que entra a grande diferença entre o darwinismo e a Teoria Sintética da Evolução, também conhecida como neodarwinismo: a Genética. Os experimentos realizados por Gregor Mendel foram de extrema importância para preencher as lacunas observadas nos conceitos da Seleção Natural.
Com essas descobertas, foi possível chegar à conclusão de que os caracteres “vantajosos” para determinados indivíduos eram transferidos aos seus descendentes por meio de heranças no DNA.
Dessa forma, outros conceitos foram muito importantes para a definição desse pensamento: a variabilidade genética, a sensibilidade e a resistência e, claro, as mutações aleatórias, que poderiam fazer com que características ainda mais vantajosas surgissem em um determinado grupo e fossem, assim, selecionadas pelo ambiente.
Em síntese, a grande diferença entre a Teoria Sintética da Evolução e o darwinismo “raiz” é bem simples: a inclusão, nos conceitos modernos, dos conhecimentos adquiridos no campo da Genética.
Um exemplo muito comum desse conceito, que é comumente cobrado nas provas, é o do uso do DDT. Esse foi um inseticida muito utilizado na década de 1960 na pulverização em pacientes que sofriam com infestações de piolhos.
A princípio, o tratamento foi um sucesso. Pessoas realmente se viram livres dos piolhos e puderam, por um tempo, levar uma vida normal. Pouco tempo depois, no entanto, a infestação retornou com força total e, dessa vez, o uso do DDT não surtiu quase nenhum efeito no controle desse problema.
A pergunta que fica é: por quê?
A resposta tem tudo a ver com o assunto que estamos vendo hoje! Nesse caso, uma mutação que ocorreu no DNA dos piolhos fez com que um (ou mais) deles tivesse uma resistência ao pesticida DDT. Esse animal, obviamente, foi selecionado pelo ambiente como o mais apto, não sendo eliminado com o uso do veneno.
Com o avanço de seu ciclo de vida, o piolho se reproduziu e passou essa característica aos descendentes, que também demonstravam a sensibilidade ao DDT. Sendo assim, as próximas populações não eram afetadas pelo pesticida, o que representou um grande problema para os sanitaristas na época.
Esse mesmo conceito é aplicado ao uso desenfreado de antibióticos e o surgimento de resistência pelas bactérias. Fique ligado!
A Teoria Sintética da Evolução une, de forma eficiente, os conceitos da Teoria Evolucionista de Darwin com as descobertas da Genética após a Primeira Lei de Mendel e outros experimentos que se seguiram a ela.
Aqui, o pensamento segue um caminho lógico, que é:
Variabilidade genética e mutações – Seleção Natural – Adaptação do indivíduo ao ambiente
A adaptação é, portanto, o produto da seleção natural, quando esta atua na variabilidade das espécies (que se origina por meio de recombinação genética ou mutações, sempre de maneira completamente aleatória).
Conseguiu pegar bem os conceitos passados até este ponto? Sente-se seguro, então, para testá-los com a resolução de algumas questões? Esse é um passo essencial para o aprendizado e o ajudará a fixar informações mesmo que você erre o exercício. Vamos lá?
1. (Mack)
O esquema acima apresenta os princípios básicos da teoria evolucionista. Trata-se da teoria:
a) darwinista, pois Darwin já possuía conhecimentos sobre mutação e recombinação gênica.
b) lamarckista, pois Lamarck já tinha conhecimentos sobre seleção natural.
c) neodarwinista, que acrescenta os conceitos de mutação e recombinação gênica para explicar a ocorrência de variabilidade.
d) neodarwinista, que acrescenta o conceito de seleção natural à teoria darwinista.
e) neodarwinista, que acrescenta o conceito de seleção natural e adaptação à teoria darwinista.
Resposta: C
2. (UFC) Um problema para a teoria da evolução proposta por Charles Darwin no século XIX dizia respeito ao surgimento da variabilidade sobre a qual a seleção poderia atuar. Segundo a Teoria Sintética da Evolução, proposta no século XX, dois fatores que contribuem para o surgimento da variabilidade genética das populações naturais são:
a) mutação e recombinação genética.
b) deriva genética e mutação.
c) seleção natural e especiação.
d) migração e frequência gênica.
e) adaptação e seleção natural.
Resposta: A
E aí, tirou todas as suas dúvidas sobre a Teoria Sintética da Evolução? Esperamos que sim! Isso, no entanto, não é tudo para a Biologia. Ainda há muitos conceitos a serem descobertos nesse universo tão vasto. Confira, então, o Plano de Estudos Stoodi e embarque em novas aventuras pelo conhecimento!
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