Você gosta de medicina? Então este texto sobre sutura é para você!
O dia a dia de um médico envolve procedimentos que exigem bastante conhecimento. Se você gosta de assistir a séries médicas, certamente já viu alguma cena que envolve sutura. Caso pretenda fazer o Enem para concorrer a uma vaga em Medicina, esse assunto está entre seus interesses!
Nosso post fala sobre esse procedimento médico e a importância que ele tem. Entenda como são feitas as suturas, que materiais ela utiliza e quando os pontos devem ser retirados!
A sutura é um procedimento feito por médicos e dentistas quando há necessidade de fechar uma incisão na pele, em uma mucosa, músculos, vasos sanguíneos ou até em órgãos.
Pode ser em um corte causado por acidente com lesão — como acontece nas urgências e emergências — ou realizado pelo próprio (ou por outro) profissional durante um procedimento cirúrgico.
Não confunda suturas cirúrgicas com suturas do crânio, OK? Estas são as articulações fibrosas entre os ossos suturais do crânio e são chamadas de:
Além delas, existe a sutura metópica, que é a parte da sutura frontal infantil (moleira), que permanece aberta em cerca de 8% das pessoas.
A sutura pode parecer simples, mas exige alguns cuidados. É preciso saber qual tipo de sutura é mais apropriado para a região e o ferimento.
Entre os equipamentos de emergência de um médico, deve estar o kit sutura. Ele serve para realizar o procedimento quando envolver apenas áreas superficiais ou em procedimentos cirúrgicos mais simples.
O kit sutura é vendido em lojas de equipamentos médicos, sendo estéril e descartável. Ele inclui itens como:
Existem diferentes tipos de suturas. Elas podem ser interrompidas, com o fio sendo cortado cada vez que passa pelo tecido (fazendo nós independentes), ou contínuas, em que o fio é inteiro, do começo ao fim.
Confira alguns tipos de sutura!
A sutura interrompida simples é a mais usada nos atendimentos de emergência. Os nós ficam na lateral para evitar contato com a borda e para não machucar o ferimento nem prejudicar a cicatrização.
A sutura contínua simples também é conhecida como sutura de Kürchner. Ela é indicada para fechar tecidos subcutâneos ou fibrosos, como o dos braços e das coxas (chamado de fáscia), quando não houver nenhum ponto de tensão (movimentos que esticam a pele).
Na execução, a principal diferença entre as duas é que a sutura contínua usa menos material e é um procedimento menos demorado que a sutura interrompida. Além disso, ela deixa o ferimento mais selado quanto à entrada de ar e água.
A desvantagem da sutura contínua é apresentar mais dificuldade para controlar a tensão dos nós e ter mais chances de rompimento. Além disso, ela não é indicada para algumas partes do organismo porque pode inverter ou everter as bordas.
Foto: Olek Remesz
É o tipo de sutura que não deixa os pontos de entrada e saída do fio visíveis, pois é feita como um ziguezague por dentro do tecido. Ela deve ser usada quando:
Ela é chamada assim porque o fio se encontra, deixando pontos em formato de x ao longo do ferimento. Esse tipo de sutura é apropriado para:
É um tipo de sutura contínua, que também pode ser chamada de Ancorada de Ford ou reverdin. Cada um de seus pontos é ancorado no anterior e no posterior.
Ela é usada nos mesmos casos em que se utiliza a sutura simples contínua, mas é mais segura e distribui melhor a tensão sobre os pontos. Por isso, a sutura festonada é apropriada para fazer a aproximação de fáscias ou para hemostasia.
Foto: Kaspar
Essa é uma sutura realizada em duas etapas. O primeiro ponto de entrada fica a um centímetro da margem da ferida e depois penetra toda a pele, chegando ao tecido subcutâneo. Ou seja, o fio entra e sai em cada uma das laterais e não fica sobreposto ao corte.
A vantagem é que ela deixa a borda completamente aposta (se encontrando perfeitamente) e altera minimamente o suprimento sanguíneo.
A sutura Donati também pode ser usada em áreas de tensão, mas, além de ser mais demorada, tem mais riscos de reação inflamatória ao fio de sutura.
Uma alternativa aos pontos é a sutura adesiva. Ela consiste na aplicação de fitas adesivas transparentes apropriadas, chamadas de filmes coaptivos, sem uso de linha ou agulha, e tem a vantagem de minimizar as cicatrizes. A aplicação começa pelo centro da ferida e segue para as bordas.
A sutura adesiva também pode ser usada como complemento a outros tipos de sutura, na finalização. Ela ajuda a fechar e cicatrizar incisões, excisões — que são retiradas de partes de órgãos — e lacerações, tornando o procedimento mais rápido e seguro.
A sutura é um procedimento muito antigo, feito com barbante ou tendão de animais desde 2000 a.C. Hoje, há vários tipos de fios de sutura, específicos para reduzir o risco de infecções.
O fio de sutura pode ser sintético, de material orgânico ou feito de fibras vegetais. Como características, deve ter:
Confira os principais tipos de fios de sutura!
Pode ser absorvido pelo organismo, desaparecendo do local da sutura. É diferente do inabsorvível, que permanece no lugar até que seja retirado ou por tempo indeterminado. Os fios de sutura absorvíveis São feitos a partir de materiais:
A sutura com fio de nylon é inabsorvível, feita de material sintético. O nylon é o material com menos incidência de infecção, podendo ser usado praticamente em qualquer tecido, exceto em cavidades serosas (como o pericárdio, em um transplante de coração) e na região sinusal (dos seios da face) por causa das pontas dos nós, que podem irritar a área ao redor.
A desvantagem do nylon é que ele não tem um manuseio muito fácil, nem traz muita segurança aos nós.
A seda é uma fibra natural obtida da larva do bicho da seda. Ela é considerada inabsorvível, porque sua absorção é de longo prazo, ocorrendo totalmente em cerca de dois anos.
As vantagens da sutura com seda é que tem baixo custo, é fácil de manusear e apresenta boa segurança para fazer os nós, mas tem maior índice de reação do organismo que outros materiais.
O intervalo de tempo para retirar a sutura varia dependendo da localização do ferimento, e os pontos precisam ser removidos no dia correto, pois a demora pode deixar cicatrizes mais marcadas e a retirada antecipada prejudica a recuperação.
A retirada dos pontos é importante para:
Um ponto de sutura que se desfaz é motivo para levar o paciente de volta ao médico rapidamente. Enquanto aguarda, ele deve fazer um curativo ou colocar uma bandagem para não deixar o ferimento aberto.
O médico precisa ter o cuidado de não causar trauma no tecido e na pele ao redor, e os pontos não devem ser removidos antes de 7 dias da sutura, nem se houver risco de sangramento por causa de alterações na coagulação.
No post de hoje, você aprendeu bastante sobre sutura, não é mesmo? Se Medicina é a sua praia, com certeza seus olhos brilharam lendo este texto. Acompanhe o Blog do Stoodi e confira novos artigos sobre a sua futura profissão!
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