Entenda mais sobre o gênero jornalístico com o Stoodi!
Antigamente, a população podia ler textos como esse apenas no papel. Depois, chegaram o rádio e a televisão. Alguns anos mais tarde, a internet apareceu para revolucionar tudo de novo. Hoje, temos acesso à eles principalmente por meio de postagens e links nas redes sociais. Estamos falando do texto jornalístico, que tem o objetivo de comunicar e informar o leitor.
Mas essas são as características básicas desses textos, que se dividem em várias categorias. As notícias, por exemplo, são as matérias dos jornais, revistas ou sites. Há também as crônicas, com um ar mais narrativo e pessoal.
Para você ficar por dentro do assunto, preparamos este post que vai mostrar tudo sobre os textos jornalísticos. Vamos lá?
Basicamente, textos jornalísticos são todos aqueles veiculados em jornais, sites e revistas, além dos programas de notícias da televisão e do rádio. A característica em comum presente em todos os tipos de textos jornalísticos é o objetivo comum de informar o leitor, telespectador ou ouvinte sobre algum acontecimento ou fato.
Com o crescimento cada vez mais intenso das redes sociais, o texto jornalístico pode ser considerado o tipo de texto mais lido no mundo. Afinal, eles estão por todo lado! Ninguém precisa mais esperar o telejornal começar na hora do almoço ou comprar o jornal de domingo para saber o que está acontecendo na sua cidade, no país e no mundo.
Assim que alguma coisa marcante acontece em qualquer lugar do planeta, a internet já nos fornece imediatamente as informações, além de serem complementadas em tempo real conforme o desenrolar da situação.
Existem diferentes tipos de texto jornalístico, cada um com características e estilos próprios. Conhecer cada um deles vai ajudar você a analisá-los e, quem sabe, também a escrever os seus. Confira!
As notícias são escritas com uma linguagem formal, direta e impessoal — normalmente, estão na terceira pessoa. Mas o nível de formalidade e de impessoalidade pode ser maior ou menor dependendo da editoria a que pertencem.
Sabe como os jornais, revistas e sites são divididos em seções como “Brasil”, “mundo”, “esportes”, “política“, “cultura” entre outros? Os textos de cada uma delas possuem algumas variações de estilo, mesmo que sejam todos notícias. Assim, uma notícia sobre política, por exemplo, vai ser bem mais formal do que uma sobre entretenimento.
Depois do título, as notícias começam pelo lide, uma breve introdução que conta as principais informações em ordem de importância. O lide também tem o importante papel de atrair a atenção do leitor para que ele leia a notícia inteira. Depois, são mostrados os detalhes, as causas e as consequências do fato.
As notícias e as reportagens são orientadas por cinco perguntas que devem ser respondidas nessa introdução, no lide:
As reportagens são textos jornalísticos mais longos e completos do que as notícias. Aqui, o objetivo é descrever os fatos de forma extensiva. Por isso, elas mostram as consequências dos fatos para as pessoas envolvidas, trazendo visões opostas, mostrando as opiniões de especialistas, entre outras informações para que o leitor compreenda a fundo a questão.
Um dos principais tipos de reportagem é a investigativa, na qual o jornalista mergulha em uma situação ainda não comprovada (política ou social, por exemplo) e a estuda, para conseguir provar sua veracidade ou não. Pode ser um fato conhecido que será explicado de maneira mais completa ou, até mesmo, algo que o próprio jornalista descobriu e vai mostrar ao público pela primeira vez.
A seção de editoriais traz as opiniões dos editores, de leitores ou da própria empresa responsável pelo veículo (jornal, telejornal ou revista, por exemplo). Esses textos são opinativos e não precisam ser imparciais, mas costumam ser bastante informativos. Muitas vezes, o autor apresenta argumentos contrários aos dele para complementar o raciocínio.
Dessa forma, o autor consegue provar suas opiniões iniciais, mostrando como uma argumentação oposta a sua pode estar equivocada.
A maioria dos veículos jornalísticos não têm espaço para as crônicas, que são de autoria de algum jornalista ou escritor e contam fatos mais pessoais. Nelas, o autor reflete sobre algo que ele presenciou, pensou ou observou. Elas podem ser conectadas a algo que está acontecendo atualmente no mundo, mas isso não é obrigatório.
A maior rejeição desse gênero dentro do jornalismo se deve por conta de ele ser mais pessoal e com menos informações. Ao longo do tempo, a crônica caiu em desuso e hoje mais é considerada literário do que jornalística.
As principais características do texto jornalístico são a linguagem clara, a objetividade e a apresentação das informações completas sobre o assunto.
Em maior ou menor detalhe, o leitor precisa terminar o texto com a sensação de que entendeu tudo o que o texto apresentou. Para isso, os textos costumam adotar uma estrutura direta para as frases (sujeito + verbo + predicado), além de serem livres de ambiguidades.
Outra característica dos textos jornalísticos é sua temporalidade, ou seja, eles são relevantes no dia em que são publicados e somente por um curto tempo depois disso. Ao longo do tempo, eles ganham importância histórica ou para pesquisa.
O mais importante é entender bem sobre o que você está escrevendo e ter todos os principais fatos para apresentá-los ao leitor. Além disso, adote o tipo de linguagem que mostramos e não coloque suas próprias opiniões e pensamentos no texto.
É importante apresentar os fatos para que o leitor possa chegar às conclusões dele.
Para saber como escrever um bom texto jornalístico, é preciso fazer a apuração dos fatos. Normalmente, isso envolve entrevistar as pessoas envolvidas e especialistas no assunto, além de pesquisar sobre o tema.
Agora que você já conhece melhor esse gênero , vamos a alguns exemplos de textos jornalísticos!
“Um avião da Aeroméxico, modelo Embraer 190, sofreu um acidente nesta terça-feira (31) nas imediações do Aeroporto Internacional Guadalupe Victoria, em Durango, no norte do México. De acordo com a companhia aérea, o acidente ocorreu por volta das 18h09, no horário de Brasília.” Lide de notícia publicada no G1 em julho de 2018.
“A privação de liberdade tem como objetivo permitir que o indivíduo que ofendeu a ordem pública possa refletir e ponderar sobre o erro e receber do Estado orientações que possibilitem o seu retorno à sociedade. O conceito é recordado pelo coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luís Lanfredi, para explicar por que a Lei de Execução Penal assegura aos detentos todos os direitos não atingidos pela prisão.
Fora do papel, a realidade é outra. Os presos terminam por viver em celas superlotadas, sujeitos a péssimas condições de higiene, a torturas e outras violações, o que coopera para frequentes rebeliões. “A situação é de total abandono”, assinala Lanfredi.” Parágrafos iniciais da reportagem A visão social do preso, publicada pelo Senado Federal em setembro de 2016.
“O Brasil já precisa lidar com alguns sinais bastante evidentes de subdesenvolvimento no campo da saúde, como os frequentes surtos de doenças transmitidas por mosquitos e que um dia já estiveram sob controle no país. Agora, tem de conviver também com a volta de outras doenças que já tinham sido erradicadas graças aos bem-sucedidos programas de vacinação. O sarampo, por exemplo, já assusta várias regiões brasileiras, com epidemias na Região Norte e casos isolados em outros estados das regiões Sul e Sudeste.” Início do editorial A nova “Revolta da Vacina”, publicado na Gazeta do Povo em julho de 2018.
“’Mãe, sabia que, quando a gente cresce, pode voltar a brincar com os brinquedos de criança?’, anunciou minha afilhada Catarina, três anos e oito meses. E seguiu, em sua primeira declaração de Ano-Novo. ‘A gente precisa dos brinquedos pra ir na faculdade. Eu vou ser escrevista.’ Escrevista?, pontuou a mãe, interrogativa. ‘Escrevista, mãe. Aquela pessoa que escreve pra ler.'” Trecho inicial de A delicadeza dos dias, crônica de Eliane Brum publicada no El Pais em janeiro de 2015.
Viu só? Agora que você entende quais são as principais características do texto jornalístico e quais são as diferenças entre cada tipo, vai ficar mais fácil analisar esse tipo de redação e escrever notícias ou até mesmo reportagens e crônicas.
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