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E aí, vai assistir o quê? Memórias Póstumas de Brás Cubas

Filme baseado no romance realista de Machado de Assis pode ajudar a relembrar conteúdo das obras obrigatórias da Fuvest

“Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver, dedico com saudosa lembrança estas Memórias Póstumas”.

Você provavelmente já sabe do que estamos falamos, não é mesmo? Machado de Assis, por meio de seu livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, chocou a sociedade ao apresentar um novo gênero literário:  o realismo.

A sugestão dessa semana é o filme que retrata a obra acima, dirigido por André Klotzel e interpretado por Reginaldo Faria. Seu personagem principal, Brás Cubas, já explica desde o início, “eu não sou um autor defunto, mas um defunto autor”. Com uma estrutura inovadora, o narrador conta suas experiências depois de morto.

A obra apresenta diversas críticas à sociedade que nesse período – metade do século XIX – se baseia nas aparências. A ironia é amplamente presente para citar as futilidades burguesas e os valores da época.

Brás Cubas nasceu em família rica e fazia parte da elite brasileira. Não se casou, não se tornou político e nem concluiu sua almejada invenção: o emplasto. Mesmo assim, desfrutou de uma vida confortável.

Quando criança, ganhou um negro de “brinquedo”. Em sua juventude, passou muito tempo ao lado de Marcela, uma cortesã de luxo. Depois disso, seu pai o mandou para a Europa para estudar Direito.

Retornou de Portugal quando sua mãe estava doente. Seu pai queria que Brá Cubas formasse uma família com Vírgilia, seu segundo amor. Queria também que se tornasse deputado, para levar o nome da família ao prestígio.

Ele não conseguiu nem um, nem o outro. Vírgilia se casou com Lobo Neves, a mesma pessoa que conquistou o título de deputado que deveria ser seu. A partir de então, Brás Cubas vira amigo íntimo do casal e vive uma relação paralela com a esposa de seu amigo.

No filme, fica claro seu retrato solitário e pessimista ao afirmar que a única coisa boa de sua vida foi não ter filhos, evitando esse destino a um herdeiro.

Confira a lista completa das obras obrigatórias para o vestibular 2016

• Viagens na minha terra – Almeida Garrett;

• Til – José de Alencar;

• Memórias de um sargento de milícias – Manuel Antônio de Almeida;

• Memórias póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis;

• O cortiço – Aluísio Azevedo;

• A cidade e as serras – Eça de Queirós;

• Vidas secas – Graciliano Ramos;

• Capitães da areia – Jorge Amado;

• Sentimento do mundo – Carlos Drummond de Andrade.

Stoodi

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