Conheça técnicas para te ajudar a lidar com as cobranças nos estudos
Se você é o tipo de aluno que se cobra demais e está se sentindo pressionado por todos os lados, fique calmo. Existem algumas técnicas de reflexão que podem te ajudar.
Você já ouviu falar em “Treinamento da Compaixão”? Gil Santanna é pesquisador e começou os seus estudos sobre o desenvolvimento de Habilidades Socioemocionais em Londres, dando continuidade nos Estados Unidos.
“Dentro do departamento de Psicologia da Universidade de Stanford, fiz um curso de cultivo e compaixão que é da área de neuro e psicologia”, afirma ele. Hoje, Santanna vai nos ajudar a entender como essa prática pode melhorar o modo como nós interpretamos os nossos estudos.
Vamos começar pelo o início: entendendo o nome dessa técnica. Se consultarmos o dicionário, o termo ‘compaixão’ será definido como “sentimento piedoso de simpatia com a dor alheia. Participação com o intuito de dividi-la com o sofredor”.
Porém, não é “dessa” compaixão que estamos falando. No nosso caso, seria melhor a gente entender com a definição budista – que interpreta a compaixão como uma expansão do coração, com sentimentos espontâneos de vínculo com nós e todos os seres vivos.
Ou seja, compaixão seria praticamente um sinônimo de um amor puro, em sua essência.
Só de observar esse conceito, podemos entender que o Treinamento da Compaixão não vai fazer um julgamento e te colocar numa posição de dó – muito pelo o contrário. Ele vai te ensinar a respeitar os seus limites e praticar empatia – com você mesmo e com as outras pessoas.
Segundo Santanna, o principal objetivo do Treinamento de Compaixão é desenvolver a resiliência emocional, focado principalmente na parte da autocompaixão, onde o aluno vai aprender a combater a autocrítica.
Você já reparou que nem sempre a pressão para passar no vestibular é externa – dos nossos pais, amigos ou outros familiares? Muitas vezes, somos nós mesmos que nos colocamos grandes metas e nos pressionamos para cumpri-las.
Gil Santanna explica como funciona a lógica do Treinamento da Compaixão. Segundo o conceito, todos nós somos imperfeitos e as coisas ruins também fazem parte da nossa vida – assim como as coisas boas.
Isso acaba se chocando com o conceito de autoestima, muito usado por todos nós – que é uma avaliação global feita por comparação. “Nesse caso, quando você está numa situação de ‘sucesso’, você se sente bem. Quando você está numa situação de crítica, você se sente mal”, explica ele.
Pode parecer simples, mas isso muda tudo. “Quando a gente começa a olhar para essas coisas com carinho e enxerga as coisas ruins como algo natural, nós lidamos melhor com esses altos e baixos”, define o pesquisador.
Um exemplo disso é o modo como interpretamos os nossos erros. Podemos ficar frustrados com cada resposta errada que damos, mas também podemos encarar o erro como algo natural no processo de aprendizagem.
A compaixão vai muito mais a fundo do que apenas nos “confortar” simbolicamente. Alysson Muotri, professor da faculdade de medicina da Universidade da Califórnia, escreveu um artigo, em 2011, explicando biologicamente o que acontece com o nosso corpo quando praticamos a compaixão.
Muotri explica que os neurônios chamados de “vonEconomo”, presentes na ínsula frontal do córtex e em parte do sistema límbico anterior, seriam os responsáveis pela geração desse sentimento e consciência social.
Segundo ele, com o treinamento adequado, nós podemos exercitar essas regiões do cérebro. “Isso significa que podemos controlar mentalmente o nível de compaixão em determinadas situações”, afirma o Biólogo molecular formado pela Unicamp com doutorado em genética pela USP.
Se você acredita que está muito velho para aprender a ter mais compaixão, a psicóloga Helen Weng pode te provar que não existe idade para isso.
De acordo com o seu estudo realizado no Centro de Investigação de Mentes Saudáveis da Universidade de Wisconsin-Madison, localizada nos Estados Unidos, jovens e adultos também conseguiram aprender a ter mais compaixão.
A autora da pesquisa publicada em 2013 na revista Psychological Science submeteu um grupo à prática de meditação compassiva, uma técnica tradicional budista. Eles conseguiram aprender uma técnica para reavaliação cognitiva, onde puderam reformular seus pensamentos e se tornaram menos negativos.
“Usando essa abordagem sistemática, descobrimos que as pessoas podem construir o ‘músculo’ da compaixão e responder ao sofrimento dos outros com cuidado e com o desejo de ajudar”, afirma Weng.
O professor de psicologia e psiquiatria Richard J. Davidson, co-autor do artigo, explica que isso pode ser muito útil para os estudantes. Segundo ele, com treino de compaixão e bondade nas escolas os alunos podem aprender a lidar com suas próprias emoções – bem como as dos outros também.
– Ah, entendi. É muito interessante, mas onde isso ajuda os meus estudos?
O estudante que conseguir chegar nesse padrão, exercitando e encarando os seus estudos com compaixão, vai ter mais facilidade para desenvolver suas habilidades socioemocionais. Com a inteligência emocional, nós conseguimos persistir no momentos difíceis e passar por essa etapa acadêmica com mais facilidade.
Por isso, fundamentado na ciência, tente não se penalizar quando algo sair do controle. Se você está pressionado, relaxe! Às vezes, nós acabamos ficando um pouco ansiosos e nos comparamos com outras pessoas, mas a verdade é que cada estudante tem o seu próprio tempo.
Concentre-se bastante, saiba valorizar o seu esforço e lembre-se que você está fazendo tudo o que é possível.
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