Plantas criptógamas, entenda tudo sobre o assunto
Olá, você mesmo que adora botânica… Não? Mas, por quê? Que não seja por não entender de Criptógamas.
E calma! Sei que pelo nome, parece que os biólogos estão querendo complicar a sua vida. Não é mesmo?
Afinal, qual o motivo para tantos nomes complicados? E não adianta entender um, porque logo após vem outros tantos e, no fim, tudo acaba virando uma sopa de letrinhas.
Mas, será que precisa ser assim? Vamos descobrir!
O primeiro passo é entender a origem da palavra, vinda do grego, que significa:
Cripto, de escondido, secreto, protegido, como em criptografia, ou seja “escrita escondida”, como aquelas mensagens secretas de filmes de espionagem.
Gama, de gameta. E o que é um gameta? Apenas para ter ideia, nos seres humanos são os espermatozóides ou os óvulos, mas, nas plantas, a coisa é um pouco diferente.
De qualquer forma, gameta se refere ao sistema reprodutivo que ficaria “escondido”.
“Mas peraí, o espermatozóide e o óvulo também não ficam escondidos?”
Não exatamente, porque nós nos reproduzimos por um processo claramente identificável, temos órgãos reprodutores e gametas, que funcionam sempre do mesmo jeito.
No caso das plantas Criptógamas, estamos falando de algo realmente escondido, a ponto de sua reprodução acontecer através de esporos.
E como podemos identificar as plantas Criptógamas? Elas não dão frutos, não produzem sementes e não têm flores.
Talvez você se lembre que flores servem para polinização, assim como frutos e sementes são parte do sistema reprodutivo das plantas.
No caso das Criptógamas não existe nada disso.
Resumindo, elas são as plantas que não produzem sementes, flores e frutos e se reproduzem por meio de esporos. A principal característica é que elas têm um sistema reprodutivo “escondido”.
Agora que você já sabe o que são as plantas Criptógamas, vamos conhecer um pouco sobre as classificações em que estão divididas: briófitas e pteridófitas.
As briófitas são plantas que geralmente vivem em locais úmidos e escuros. Elas foram as primeiras plantas a ocupar o ambiente terrestre e sua estrutura é formada por: rizóide, caulóide (gametófito) e filóide (esporófito).
As briófitas são plantas de pequeno porte desprovidas de vasos condutores de seivas e capas sobre as estruturas produtoras de gametas para se proteger do ambiente mais seco.
Exemplos de Briófitas
Musgos: foram as primeiras plantas a surgir no planeta. São encontrados com maior frequência em em locais úmidos e normalmente crescem em tufos, formando tapetes.
Hepáticas: são plantas divididas entre folhosas e talóides, recebem esse nome por ter uma aparência semelhante a um fígado humano.
Antóceros: são plantas talóides que crescem em ambientes úmidos e sempre rente ao solo.
As pteridófitas são plantas que geralmente habitam ambientes úmidos, mas algumas espécies podem viver em ambientes secos. Elas são bastante utilizadas como plantas decorativas, e sua estrutura é formada por: raiz, rizoma (caule), folha, soros (esporângios).
As pteridófitas são plantas traqueófitas (possuem floema: vasos condutores de seiva bruta, uma solução de água e sais minerais, das raízes às folhas e xilema: vasos condutores de seiva elaborada, compostos orgânicos produzidos nas folhas até as outras partes da planta).
Exemplos de Pteridófitas:
Samambaias: as samambaias são uma das plantas mais antigas da Terra, normalmente habitam locais úmidos, com meia sombra e são bastante usadas como plantas decorativas.
Xaxins: planta com caule que pode chegar a 10 metros de altura e tem grande desenvolvimento vertical. Seu tronco, quando serrado em partes menores, pode ser usado como vaso para outras plantas.
Cavalinhas: são plantas que se adaptam a ambientes frios e à exposição contínua ao sol. Elas têm um longo tempo de vida e função decorativa e medicinal.
O ciclo reprodutivo das Criptógamas é dividido em 2 fases: sexuada e assexuada.
Mas, ocorre de forma diferente nas briófitas e nas pteridófitas. Vamos começar explicando o ciclo de vida das pteridófitas.
Na fase assexuada, chamada de esporófita, as pteridófitas liberam esporos, que são pequenas partes de si mesmas.
Células haplóides, com metade dos cromossomos de uma célula “normal” (diplóide), que precisam encontrar um ambiente propício para gerar um protalo.
Uma forma de vida transitória, frágil, que tem a função bastante simples de gerar gametas masculinos e femininos, chamados de anterozóides e oosferas.
Esta é a fase gametofítica, porque depende da fecundação dos gametas para formar um zigoto que, por sua vez, dará origem a um novo ciclo dominante.
Ou seja, uma nova fase esporofítica, quando uma nova planta adulta libera esporos haplóides e o ciclo recomeça.
Portanto, temos:
No ciclo reprodutivo das briófitas, a situação se inverte, pois a fase gametofítica é dominante, embora a sequência seja parecida.
Ou seja, tudo começa com uma planta briófita como um musgo, que também libera esporos haplóides.
Estes, quando encontram as condições ideais de umidade, se multiplicam através de um processo conhecido como mitose.
Exercício sobre as diferenças entre mitose e meiose.
Uma célula dá origem a duas; duas a quatro; quatro a oito; e assim por diante até que se forme uma planta adulta, dando origem à fase gametofítica.
Nesta, serão gerados gametas haplóides que, através da fecundação, formarão um zigoto diplóide (com dois conjuntos de cromossomos).
Portanto, no caso das briófitas, temos:
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