O reino animal e suas classificações – Stoodi
Para compreendermos melhor a vida em nosso planeta e a nossa própria espécie, é muito importante entendermos como funciona o reino animal — que, é claro, também é um tema fundamental dentro da biologia. Mas, para começar, o que é, exatamente, um animal?
Animais são todos os organismos multicelulares, eucariontes (ou seja, suas células possuem uma membrana nuclear individualizada e diferentes tipos de organelas) e que têm nutrição heterotrófica (são incapazes de produzir o seu próprio alimento). Dentro dessas características essenciais, que incluem os seres humanos, há uma enorme variação anatômica, morfológica e fisiológica.
Para organizar todos esses seres, o reino animal — chamado também de Animalia ou de Metazoa — é dividido em dois grupos principais: os vertebrados (aqueles que possuem vértebras, coluna dorsal e crânio) e os invertebrados (os que não possuem vértebras). Cada um desses dois grupos é, então, subdividido em grupos ou filos.
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Todos os animais vertebrados se reproduzem de forma sexuada, ou seja, quando uma nova vida pode ser originada a partir do encontro do gameta masculino (o espermatozoide) com o gameta feminino (o óvulo). Em alguns animais hermafroditas, é possível ocorrer a autofecundação. Enquanto isso, entre os invertebrados, há alguns animais que praticam a reprodução assexuada.
A possibilidade de reproduzir-se, gerando uma nova vida, é uma característica compartilhada por todos os seres vivos. É isso o que possibilita que eles continuem existindo e, ao longo do tempo, evoluam. No reino animal, o desenvolvimento e nascimento pode acontecer também por meio de ovos (como é o caso dos animais ovíparos) ou dentro do corpo de um dos pais, mais comumente, o da fêmea — isso ocorre nos animais vivíparos.
Podemos classificar a reprodução também pela maneira com que os filhotes crescem. Nos seres humanos e em todos os demais mamíferos, os filhos/filhotes são bastante parecidos com os adultos de suas respectivas espécies, mas em tamanho pequeno, não é mesmo? Isso é chamado de desenvolvimento direto.
Já no caso de alguns anfíbios e de alguns insetos, como as borboletas e mariposas, grandes mudanças corporais ocorrem desde o nascimento até o estágio adulto. As borboletas e mariposas, por exemplo, nascem como lagartas e, depois de uma série de transformações, tornam-se os insetos com asas que conhecemos. Esse tipo de desenvolvimento é o indireto.
Já mencionamos as principais características comuns a todos os animais, ou seja, que eles são organismos multicelulares, eucariontes e de nutrição heterotrófica. Mas o que mais pode ser percebido em todos eles?
Sobre a alimentação heterotrófica, é importante destacar que, por não produzirem seu próprio alimento, os animais têm a necessidade de se alimentarem de outros seres vivos (animais ou não). Por causa disso, também podemos dizer que os seres animais são aclorofilados, ou seja, desprovidos da clorofila que possibilita a realização da fotossíntese e, consequentemente, a geração do próprio alimento.
E quando o assunto é respiração, ela acontece de forma aeróbica, ou seja, é necessária a participação do oxigênio — que pode ser retirado do ar ou da água, de acordo com cada espécie. Outro ponto comum é que todo o Reino Animalia possui uma estrutura chamada de blástula ou um blastocisto, que aparece durante a fase embrionária após a formação do zigoto.
Presentes em praticamente todos os tipos de habitat do planeta, os vertebrados são caracterizados pela presença da coluna vertebral e da medula óssea.
Todos os animais vertebrados pertencem ao mesmo filo, o Chordata — e, portanto, também podem ser chamados de cordados. Mas, como a variedade de animais vertebrados também é muito extensa e variada, eles são subdivididos em cinco classes, que são:
Na fase larval, os anfíbios têm respiração branquial e, portanto, são dependentes da água. Entretanto, após a metamorfose que os leva à vida adulta, o corpo deles adquire a respiração pulmonar. Eles também são pecilotérmicos. Exemplos: sapo, salamandra e rã.
Únicos animais viventes a terem o corpo coberto por penas, as aves também possuem asas, ainda que nem todas possam voar. Elas apresentam respiração pulmonar e a habilidade de regularizar a temperatura do corpo, ou seja, são homeotérmicas. Exemplos: águia, pinguim e papagaio.
Caracterizados pelo fato de que as fêmeas da espécie alimentam os filhotes por meio de suas glândulas mamárias, os mamíferos são homeotérmicos e respiram pelos pulmões. É aqui que nós, seres humanos, nos encaixamos. Outros exemplos: cachorro, morcego e golfinho.
Com corpos cobertos por escamas e respiração branquial (ou seja, em que a retirada do oxigênio acontece na água), os peixes são animais pecilotérmicos, ou seja, incapazes de controlar a temperatura do corpo. Exemplos: tubarão, atum e arraia.
Com respiração pulmonar e corpos cobertos por escamas ou por uma carapaça, os répteis podem viver tanto na água quanto na terra. Eles são pecilotérmicos. Exemplos: jacaré, serpente e tartaruga.
Todos os animais invertebrados são pluricelulares e não têm parede celular. A gigantesca diversidade entre eles faz com que sejam divididos, e são classificados como filos do reino animal, divididos em oito filos, que você vai conhecer agora:
Corpo segmentado e com anéis? Trata-se de um anelídeo, animais que vivem em habitats úmidos na terra ou, então, nas águas doces ou salgadas. Exemplos: minhocas e sanguessugas.
Esse é, definitivamente, o maior e mais diversificado de todos os filos de invertebrados. Todos eles têm corpos segmentados e contam com um exoesqueleto de quitina. Os artrópodes são subdivididos nestes grupos:
Ganham esse nome graças a uma característica exclusiva ao filo: um tipo de célula chamada de cnidócito. Esses animais vivem em água doce ou salgada. Alguns deles podem se locomover, outros não (estes são chamados de sésseis). Exemplos: águas-vivas e corais.
Animais marinhos que contam com um exoesqueleto calcário e um sistema hidrovascular, os equinodermos possuem simetria pentarradial, ou seja, seus corpos possuem cinco lados iguais. Exemplos: estrelas-do-mar e ouriços-do-mar.
A principal característica dos moluscos é seu corpo mole protegido por uma concha, que pode ser interna (como no caso dos polvos e das lulas) ou externa (por exemplo, a dos caramujos e mexilhões). Os moluscos habitam a água doce ou salgada e ambientes com terras úmidas. Outros exemplos: ostras e lesmas.
Também chamados de nematódeos, são invertebrados com corpo cilíndrico que têm vida livre ou atuam como parasitas, tanto em humanos quanto em plantas. Exemplo: lombrigas.
Os platelmintos são animais com corpo achatado e que, assim como os nematelmintos, vivem como parasitas ou livremente. Exemplos: tênias e planárias.
Animais primitivos de água doce ou salgada, os poríferos não possuem órgãos e nem capacidade de locomoção. A reprodução pode ser assexuada ou sexuada. Exemplo: esponja.
Viu só? Entender o reino animal aumenta nossa compreensão da vida e do mundo, e este conteúdo é fundamental para qualquer prova de biologia. Agora, você está preparado para encará-las!
E para fortalecer seus novos conhecimentos, nada melhor do que colocá-los em prática, não é mesmo? Aproveite para acessar agora mesmo nossos exercícios de biologia.
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