Uma das matérias mais densas e repleta de informações cobradas no vestibular é a Biologia. Afinal, além de se debruçar sobre o meio ambiente e os seres vivos, ela se aprofunda a respeito do corpo humano, estudando e pesquisando sobre a composição dele (órgãos, tecidos, tipos sanguíneos, células, sistemas etc.).
Não é à toa que esses conteúdos são muito presentes nas faculdades de Medicina e afins — cursos voltados para a formação de profissionais da saúde. Pensando nisso, preparamos um post especial acerca do tecido conjuntivo.
Assim, você pode se aprofundar mais sobre o tema não só para alcançar um bom resultado no Enem, mas para dominar o assunto e ficar devidamente preparado para fazer qualquer uma dessas graduações. Acompanhe!
O tecido conjuntivo é gerado pela mesoderma no final do primeiro mês de gestação (quando o embrião é denominado uma nêurula) e, à medida que nos desenvolvemos ainda no útero, ele se torna presente em toda a extensão do corpo humano.
Tanto é que ele reveste órgãos, músculos, estruturas ósseas, sistemas e demais tecidos (como o epitelial e o nervoso), além de preencher as área entre eles — que podem ter dimensões variadas, desde centímetros a medições microscópicas.
Não existe apenas uma função do tecido conjuntivo. Ao contrário, ele apresenta múltiplas funcionalidades. A primeira delas é justamente a conexão entre diferentes partes do corpo humano como órgãos e sistemas. Outra muito importante é o transporte de substâncias necessárias para o funcionamento do organismo.
Além disso, esse tecido proporciona sustentação e mobilidade, especialmente para as estruturas ósseas, a cartilagem e os músculos, o que permite a liberdade de movimento e coordenação motora, a possibilidade de crescimento do homem ao longo da vida e a prevenção de desgastes físicos que geram doenças e traumas ortopédicos.
Vale mencionar também que o tecido conjuntivo fornece uma proteção natural às partes internas do corpo, uma vez que o revestimento dele funciona como uma barreira que amortece impactos e acidentes externos que podem danificar, perfurar e destruir por completo órgãos e tecidos vitais.
Agora que já é do seu conhecimento o que é tecido conjuntivo e qual a função dele no nosso corpo, vamos falar sobre as variações que ele apresenta.
Afinal, o termo tecido conjuntivo engloba alguns subtecidos que são originados no mesoderma, mas que apresentam características diferentes entre si. Abaixo, você confere todos eles!
Para começar, há o tecido conjuntivo propriamente dito, que é classificado de duas formas: o tecido conjuntivo frouxo e o tecido conjuntivo denso.
O tecido conjuntivo frouxo recebe esse nome devido à densidade dele, que não só é maleável, mas também flexível e viscoso. Ele é encontrado nas lacunas entre os músculos e os demais tecidos que compõem o organismo. Ou seja, nas mais diversas áreas do corpo.
Outra característica dele é a quantidade de células, fibras, proteínas e água que podem ser encontradas na estrutura do tecido.
O tecido conjuntivo denso, por sua vez, é conhecido por esse nome por conta da formação mais rígida do tecido, que é bastante rico em colágeno e fibras. Ele se concentra em partes específicas do corpo, como os órgãos — revestindo a superfície deles como casulos protetores — e nos espaços entre a musculatura e a estrutura óssea — permitindo a realização do movimento, do caminhar e do uso da força.
Não podemos deixar de mencionar que o tecido conjuntivo denso ainda recebe duas subcategorias dada a maneira como se apresentam as fibras colágenas:
O tecido conjuntivo adiposo, como você já deve imaginar, é a parte do tecido localizado em áreas específicas do corpo (como a região abdominal, do pescoço, dos membros posteriores e inferiores etc.), onde se concentra a gordura adquirida por meio da ingestão de alimentos.
Ele é bastante flexível e tem a capacidade de extensão do próprio tamanho para o armazenamento de lipídios, visando à manutenção da energia necessária para o funcionamento de órgãos, sistemas e demais estruturas físicas e da temperatura corporal.
O tecido conjuntivo cartilaginoso não contém fluxo sanguíneo e está presente nas articulações do corpo humano (como as do joelho, quadril, coluna etc.).
O motivo disso é que ele atua na formação óssea, assegurando o desenvolvimento e o crescimento dessa estrutura do corpo ao longo da nossa vida e serve como base de amortecimento e absorção de impactos durante os nossos movimentos, evitando, assim, dores, machucados e lesões.
O tecido conjuntivo ósseo, por outro lado, é o tecido mais predominante na composição dos ossos e é marcado dentro da variedade de tecidos devido à calcificação da estrutura interna dele, que o torna firme e enrijecido.
Ele desempenha o papel de armazenamento de minerais (como cálcio, potássio e magnésio) e também fornece proteção extra aos órgãos.
Por fim, há o tecido conjuntivo sanguíneo. Aqui é preciso abrir um parêntese importante: embora seja chamado de tecido como os demais, na verdade, esse termo é usado como referência ao sangue que circula pelo sistema cardiovascular do nosso organismo.
Ele é o responsável por levar proteínas, nutrientes, glicose, hormônios, fibras, células (como os linfócitos e os leucócitos, indispensáveis para o sistema imunológico) e afins pelo nosso corpo, garantindo a vitalidade e a funcionalidade dele.
Como você viu, o aprendizado sobre a composição e as funções dos tecidos dos seres vivos — chamado na Biologia de Histologia — é um assunto vasto e que rende muito estudo, pesquisa, anotações e revisões por parte dos vestibulandos.
Por isso, é crucial se empenhar nesse assunto para entendê-lo de fato, memorizar os termos técnicos que ele apresenta e conseguir responder com segurança a qualquer questão que envolva o tema.
Portanto, não deixe de programar um plano de estudos diversificado para os conteúdos de Biologia e de conferir quais os temas dessa matéria que mais caem no Enem!
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