Certamente, você já ouviu falar a seguinte frase durante a previsão do tempo: “o aumento da temperatura neste inverno e as chuvas atípicas são consequências do El Niño e La Niña,que atingem o Sudeste brasileiro”. Ambos são fenômenos atmosféricos-oceânicos que se caracterizam pelo aquecimento ou esfriamento das águas do Oceano Pacífico Tropical.
Esse assunto frequentemente está presente em questões de Geografia e até mesmo é tema de Redação. Para você entender mais, vamos explicá-lo neste post. Confira!
O El Niño é o aquecimento atípico das águas do Oceano Pacífico, aspecto que influencia a alteração do clima regional e global, ou seja, ocorre uma modificação nos padrões de vento em escala mundial, atingindo também a frequência de chuvas.
É um fenômeno atmosférico-oceânico que influencia ainda a temperatura, tendo impacto direto na vida da população.
O El Niño é identificado por meio de cálculos de índices. Entre eles, o índice de Oscilação Sul, que calcula a diferença da pressão entre duas regiões distintas, mais especificamente de Taiti e Darwin.
Quando está acontecendo, o El Niño faz com que a água se aqueça, influenciando a evaporação e a formação de nuvens de chuva.
O La Niña é o oposto do El Niño, ou seja, trata-se do esfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico. Ele também modifica os padrões dos ventos e chuvas nas regiões tropicais e de latitudes médias.
Um destaque é que os ventos gerados pelo La Niña são mais fortes, tendo impactos consideráveis nas cidades e no campo, pois chegam a afetar a produtividade das lavouras.
As chuvas também se intensificam, principalmente na Austrália e Indonésia, mas com impactos mundiais, inclusive no Brasil como veremos logo mais.
Apesar de La Niña e El Niño serem fenômenos estudados por meteorologistas, existem influências da população comum em ambos os nomes.
O termo El Niño, por exemplo, é espanhol e faz referência às águas quentes que surgem anualmente na costa norte do Peru, principalmente no fim do ano.
Sendo assim, os pescadores da região, assim como do Equador, apelidaram a corrente de El Niño em referência ao Menino Jesus (Niño Jesus). Isso porque o aquecimento sempre ocorre próximo ao Natal.
Além disso, o fenômeno contribui com o aumento dos peixes, sendo um verdadeiro presente para quem vive dessa atividade econômica.
Já o seu oposto, La Niña, faz referência ao velho, possivelmente por conta do frio. Há pessoas que o chamam de anti-El Niño, mas esse termo é pouco utilizado porque seria uma referência ao diabo.
Tanto El Niño quanto La Niña são fenômenos atípicos do clima. Eles são influenciados por vários fatores que acontecem nas águas do Pacífico, tais como pressão, massas de ar, temperatura, chuvas etc.
Quando o sistema atmosférico sofre anomalias, acontecem situações fora da normalidade, fato que gera mudanças em inúmeros continentes, como América Central, América do Norte e do Sul.
O El Niño se forma com o aquecimento anormal do oceano, enquanto o La Niña, com o esfriamento. No entanto, não são contínuos. As alterações são cíclicas, tendo uma repetição que varia de três a sete anos. O El Niño acontece com maior frequência, principalmente em razão do aquecimento global.
Outro influenciador no fenômeno é a chamada oscilação decadal do Pacífico, que geralmente dura, em média, 20 anos nas águas do oceano descrito.
As consequências do El Niño e La Niña influenciam consideravelmente a vida da população e também dos biomas do mundo.
Afinal, tanto o aquecimento quanto o esfriamento das águas do Pacífico interferem nos fatores climáticos, trazendo seca quando o período seria de chuva, calor em excesso no inverno ou muita chuva.
Dessa maneira, há vários prejuízos para a sociedade. Podemos citar o aumento de problemas respiratórios quando a seca ou o vento estão fora da normalidade ou a redução na produção agrícola.
Afinal, grande parte das culturas necessita de condições climáticas favoráveis para uma boa safra, ou seja, se houver alterações, haverá perdas e prejuízo nos rendimentos seja para abastecer o mercado interno ou externo.
Além disso, os ventos fortes podem causar danos nas cidades, destelhando casas tão quanto as chuvas intensas geram deslizamentos e enchentes.
Assim, os fenômenos El Niño e La Niña promovem perturbações em vários sentidos para a sociedade de vários países. Por isso, quando estão acontecendo, sempre são alertados pelas previsões do tempo. Afinal, ainda impactam a temperatura, deixando o clima bem diferente.
Sendo amplo territorialmente, o Brasil sofre influências diversas do El Niño e La Niña, atingindo várias regiões do país.
Por isso, o tema é extremamente importante em sua preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tão quanto vestibulares.
Afinal, são comuns questões de Geografia abordando os assuntos, principalmente pelo fato de eles fazerem parte do dia a dia. Veja as adversidades causadas por ambos.
Região com chuvas características, acaba sofrendo uma redução no índice de precipitação, principalmente no leste e norte da Amazônia. Com a seca, aumentam os riscos de incêndios florestais.
O fenômeno atinge mais as áreas centrais e norte, trazendo seca intensa em um estado que já sofre com o problema há anos.
A região é pouca afetada, mas existem impactos no aumento das chuvas e da temperatura, principalmente no sul do Mato Grosso do Sul.
A principal influência do El Niño é no aumento da temperatura média.
São constatadas chuvas acima da média e aumento da temperatura.
Aumentam as chuvas na Amazônia, que tem um clima equatorial, trazendo cheias aos rios.
O El Niña impacta no aumento das chuvas, causando enchentes em vários municípios, como no litoral nordestino.
Existe uma tendência de estiagem, com poucas alterações referentes a temperatura e chuva.
De acordo com a meteorologia, não há mudanças geradas pelo El Niña nas cidades da região Sudeste.
O El Niña ocasiona uma forte estiagem, principalmente no inverno, causando prejuízos no campo.
Dessa maneira, tanto El Niño quanto La Niña influenciam o clima não só do Brasil como de muitos outros países. Portanto, esteja sempre atento a esse assunto e não deixe de inseri-lo em suas revisões.
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