A expressão remete ao reino animal, mas a verdade é que os Tigres Asiáticos não são um grupo de felinos e sim de países. Você sabe quem são eles e o que representam?
Esse é um tema importante na Geografia e História mundial, até porque os Tigres se tornaram referência para outras nações. Aproveite que preparamos este post cheio de informações sobre o assunto e fique por dentro!
A primeira e mais importante pergunta a ser respondida é quais são os países que fazem parte desse grupo. Então, saiba que os Tigres Asiáticos são: Hong Kong, Singapura, Taiwan e Coreia do Sul.
Esse nome veio da alta taxa de crescimento que eles tiveram na década de 1970, sendo uma alusão à figura do tigre — que é um animal forte, agressivo, sagaz e ágil, além de ser um representante do continente asiático.
A grande diferença deles nesse período foi a reviravolta que conseguiram em seus índices de desenvolvimento econômico e social. A situação era marcada por níveis precários, semelhante à triste realidade vivida em alguns países africanos.
Então, eles se reergueram ao focar no processo de industrialização para exportar seus produtos e sair do subdesenvolvimento. Confira a seguir um resumo geral de como isso aconteceu.
Tudo começou com a constatação de um cenário preocupante: poucos recursos econômicos, falta de matéria-prima, alta dependência de produtos importados e índices sociais muito ruins, como um número elevado de analfabetismo.
A indústria nesses países era fraca e as condições de trabalho também não ajudavam muito a população, que vivia com salários baixos e sem perspectivas de crescimento. O fato é que seria difícil vencer essa realidade se mudanças significativas não acontecessem.
Então, os governos decidiram transformar o perfil desses países investindo em desenvolvimento tecnológico e industrial. A estratégia de IOE (Industrialização Orientada para Exportação) foi definida como a alternativa de salvação para superar o subdesenvolvimento, fortalecer a economia e melhorar a qualidade de vida.
Basicamente, foram criados parques industriais com suporte do poder público, já que foi necessário produzir toda a infraestrutura para o crescimento (indústria, transporte, comunicação, tecnologia, energia etc.). Além disso, outras estratégias complementaram a ideia de promover a indústria, como o investimento em educação.
Embora cada país tenha estabelecido um plano de ação individual, as principais decisões foram semelhantes entre eles e esses pontos em comum deram origem ao grupo dos Tigres Asiáticos. É claro que o sucesso que conquistaram anos depois contribuiu para que ganhassem ainda mais destaque.
As coisas foram dando certo com a instalação de novas empresas locais e também de muitas que vinham do Japão em busca de expandir os negócios. Os principais setores eram: têxtil, calçados, brinquedos e eletrônicos.
O povo tinha oportunidade de se capacitar e de arrumar um bom emprego, enquanto todo o entorno se desenvolvia. Finalmente, o acúmulo de capital permitiu que houvesse reinvestimentos, até que a ampliação para além das próprias fronteiras se tornou inevitável.
Assim surgiram os Novos Tigres Asiáticos, quando o primeiro grupo decidiu apostar em países vizinhos que eram tradicionalmente agrários e também viviam uma condição de subdesenvolvimento. São eles: Malásia, Tailândia, Filipinas e Indonésia. Porém, essa nova onda começou a partir dos anos 2000 e não foi tão expressiva quanto a primeira.
O resumo permite entender como todo esse processo aconteceu, mas vale a pena focar nas características essenciais que permitiram tal movimentação. Explicamos abaixo quais delas se destacam.
Sem a decisão dos governos de apoiar essa transformação, provavelmente ela não aconteceria. Seria difícil para o setor privado conseguir o mesmo resultado em tão pouco tempo, inclusive porque a infraestrutura era uma parte muito importante para que tudo fosse possível.
A ideia do protecionismo foi outro detalhe relevante, pois não adiantaria deixar que os concorrentes externos aproveitassem da vulnerabilidade do bloco para se fortalecer. Como o objetivo era estruturar a indústria nacional, não poderia ser diferente.
Esses são outros dois focos muito especiais no crescimento dos Tigres Asiáticos. Melhorar a educação foi uma medida importantíssima para qualificar as pessoas e permitir uma evolução que não fosse apenas econômica, mas também social.
Aliás, o investimento nas instituições de ensino e em pesquisa foram diferenciais que outros países erraram em não fazer, o que resultou no insucesso de outras tentativas de desenvolvimento pelo mundo. A mão de obra qualificada é um ponto-chave nesse cenário.
Para completar, muitos destacam a cultura dos asiáticos como um fator positivo, considerando valores como disciplina, ética, igualdade social e nacionalismo. O plano não partia apenas do governo e todos estavam muito interessados em lutar pela transformação.
Como os recursos eram limitados no início, o investimento estrangeiro teve um papel importante. Os EUA e o Japão foram os principais nomes nesse sentido, ainda mais porque a Guerra Fria era um grande motivo para que eles quisessem investir na consolidação do capitalismo na região.
Ou seja, era interessante que as potências capitalistas marcassem presença e criassem laços com os países. A troca comercial foi um meio para que essas relações se fortalecessem, o que era vantajoso para ambos os lados.
Os Estados montaram um plano independente de acordo com as preferências e realidades de cada um, mas houve muita cooperação entre eles. Essa transparência e o desejo de crescer em conjunto foram fatores cruciais para que se tornassem um grupo forte.
Tudo isso foi tão importante que até hoje o termo “tigre” é relacionado ao poder de transformação para uma potência. Atualmente, eles continuam produzindo diversos tipos de bens e exportando seus produtos para outros países.
Bom, agora você já sabe quem são os Tigres Asiáticos e consegue entender como eles se desenvolveram a ponto de virarem uma referência na indústria mundial, certo? Comece a prestar atenção em como esses países estão presentes nas etiquetas e rótulos de tantos produtos que consumimos no dia a dia!
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