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Revolução Inglesa: origem, resumo e exercícios.

Tudo sobre essa importante revolução da história mundial

Você já ouviu falar na Revolução Inglesa? Está em dúvida sobre que revolução foi esta, já que os materiais didáticos usam tantos nomes diferentes? Pode parecer um pouco confuso a princípio, mas podemos ajudar a clarear as ideias montando um esquema dos principais acontecimentos e seus significados.

E para isso, neste artigo, veremos os seguintes tópicos:

  • O que foi a Revolução Inglesa;
  • Entendendo a Revolução Inglesa
  • Fases da Revolução Inglesa;
  • Causas da Revolução Inglesa;
  • Antigo Regime e Revolução Inglesa;
  • Consequências da Revolução Inglesa.

Muita coisa? Então vamos começar logo o assunto, para que você possa tirar suas dúvidas de uma vez.

O que foi a Revolução Inglesa?

A Revolução Inglesa foi a primeira das grandes revoluções burguesas, ocorridas no início da Idade Moderna. Aconteceu em um momento do século XVII em que o modelo monárquico absolutista já estava sendo questionado em quase toda a Europa, especialmente porque uma nova classe emergente, a burguesia, tinha pouca ou nenhuma participação no processo político.

O caso inglês é claro, não é igual aos demais, embora também tenha sido um movimento burguês, que se opôs ao absolutismo inglêsVamos entender um pouco desse processo, que durou mais de 50 anos.

Entendendo a Revolução Inglesa

No início do século XVII, a Inglaterra passou a ser governada pela dinastia Stuart, que teve quatro representantes no período. Todos defensores do modelo absolutista, em contraposição aos interesses da burguesia inglesa, foram eles:

  • Jaime I – de 1603 a 1625;
  • Carlos I – de 1625 a 1649;
  • Carlos II – de 1660 a 1685;
  • Jaime II – de 1685 a 1688.

Do outro lado, há dois personagens mais ligados aos interesses burgueses, que você precisa conhecer:

  • Oliver Cromwell: uma das principais figuras da revolução, que proclamou a República em 1649, assumindo o governo inglês. Faleceu em 1658.
  • Guilherme III: ou Guilherme de Orange, conquistou o trono inglês em 1688, encaminhando a Revolução Inglesa para o seu fim.

E agora que você já conhece os atores de ambos os lados, precisamos explicar a sociedade inglesa, pois além da nobreza politicamente dominante, tínhamos:

  • Burguesia Puritana: a classe economicamente dominante, fonte da riqueza nacional através dos seus negócios, que também sustentava uma importante religião protestante inglesa: o Puritanismo.
  • Pequena Burguesia e Campesinato: base da sociedade, os pequenos comerciantes urbanos e os “trabalhadores rurais” formaram também a base do exército revolucionário, com duas vertentes radicais:
  • Diggers: os que pretendiam realizar a reforma agrária;
  • Levellers: pela igualdade de direitos entre todos os cidadãos.

Fases da Revolução Inglesa

Revolução Puritana ou Guerra Civil (1640 a 1649)

Quando Carlos I assumiu o trono, em 1625,  a Inglaterra vivia em uma constante tensão política, envolvendo os interesses da burguesia e da nobreza. Basicamente, porque seu pai, o rei Jaime I, havia imposto uma série de medidas contra os interesses da burguesia puritana.

De início, Carlos I tentou conciliar as duas vertentes políticas, como isso não foi possível, dissolveu o parlamento e governou sozinho até 1640. Naquele ano, precisando reunir o exército para lutar contra a Escócia, convocou novamente o parlamento, propondo aumento de impostos para financiar a guerra.

Como as tensões políticas já vinham crescendo, a burguesia puritana se aliou a outros setores descontentes (diggers e levellers) para enfrentar o rei Carlos I. A guerra só terminou com a decapitação de Carlos I, na chamada Revolução Puritana, como ficou conhecida a primeira fase da Revolução Inglesa.

República de Oliver Cromwell (1649 a 1658)

Nesta fase, é preciso entender melhor quem foi Oliver Cromwell, o comandante efetivo da Revolução Puritana.

Cromwell era ligado a nobreza rural (baixa nobreza) e se converteu ao puritanismo em 1630, tornando-se, aos poucos, um religioso fervoroso. Após derrotar Carlos I e se tornar o Lorde Protetor da República, deu início a uma série de medidas em benefício dos setores burgueses da sociedade.

Porém, seu fervor religioso e suas opiniões políticas acabaram por levá-lo a enfrentar seus antigos apoiadores. Cromwell se tornou uma espécie de ditador, chegando a fuzilar muitos dos levellers e fechando o parlamento, exatamente como Carlos I havia feito antes dele.

Mesmo assim, permaneceu no poder até sua morte em 1658, quando assumiu seu filho Richard, que não tinha apoio político para se manter à frente do governo.

Restauração da Dinastia Stuart (1660 a 1688)

Sem a figura de Cromwell, a burguesia se dividiu e muitos passaram a apoiar o retorno da monarquia. Esta corrente venceu quando Carlos II, filho do rei decapitado, foi entronado em 1660, restaurando a dinastia Stuart.

Em princípio, mais uma vez, a intenção era conciliar as classes sociais, mas Carlos II, como seu pai antes dele e o próprio Cromwell, tinha seus próprios planos. Aliou-se a alta nobreza para restaurar o absolutismo inglês e mais do que isso, aliou-se a Igreja Católica.

O parlamento, dominado pelos burgueses puritanos, foi contra e mais uma vez suas atividades foram encerradas, desta vez, por Carlos II.

Apesar destas tensões, Carlos II se manteve no poder até 1685, quando faleceu e transferiu a coroa para seu filho, Jaime II, que tratou de ser mais radical que o pai. No entanto, desta vez, a burguesia puritana encontrou uma fórmula conciliadora para resolver o problema.

Revolução Gloriosa (1688)

Finalmente, chegamos ao grande momento da Revolução Inglesa, justamente quando ocorre o último embate entre a nobreza absolutista e a burguesia puritana. Esta última, descontente com as políticas de Jaime II, propõe que sua irmã Maria assuma o trono em seu lugar, para evitar outra guerra civil.

O acordo é aceito, mas Maria estava casada com Guilherme de Orange, rei dos Países Baixos, que não pretendia deixar sua esposa ter mais poder do que ele. Assim, Guilherme de Orange não esperou o fim das negociações, aproveitou o impasse político inglês e tomou o trono para si.

No entanto, como a situação ainda era tensa, em 1689 é assinada a chamada Declaração de Direitos, uma espécie de grande acordo nacional. Isso transformou Guilherme de Orange em Guilherme III, rei legítimo da Inglaterra, mas com a condição de aceitar o poder do parlamento.

Este momento ficou conhecido como a Revolução Gloriosa, a fundadora da monarquia parlamentarista que vigora ainda hoje na Inglaterra.

Agora que já cobrimos a história da Revolução Inglesa, vamos encerrar com um resumo de mais três tópicos importantes para o estudo do assunto.

Causas da Revolução Inglesa

  • Concentração do poder pela nobreza, representada pela dinastia Stuart;
  • Disputa por maior poder político pela burguesia puritana;
  • Descontentamento social da pequena burguesia e do campesinato;
  • Disputas religiosas de fundo entre católicos e protestantes.

Antigo Regime e Revolução Inglesa

Para estabelecer definitivamente a essência da Revolução Inglesa, é preciso sempre lembrar que se trata de um momento de virada na história política europeia.

Um movimento que aconteceu em vários países de formas diferentes, e na Inglaterra foi protagonizado pela burguesia puritana.

De forma geral, tratava-se de uma luta burguesa contra o chamado Antigo Regime, como passaria a ser conhecida a monarquia absolutista após sua derrubada.

Consequências da Revolução Inglesa

A Revolução Inglesa teve duas consequências principais:

  • Estabeleceu um modelo de monarquia parlamentarista, com o centro de poder se deslocando para o parlamento (como é até hoje);
  • Abriu caminho para que a burguesia nacional prosperasse; um primeiro passo para a Revolução Industrial Inglesa no século seguinte.

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