Falando ou escrevendo, o bom contador de histórias é sempre muito popular. Sua descrição dos fatos mantém o ouvinte ou leitor ansiosos à espera da próxima reviravolta ou do desfecho da situação.
Apesar de algumas pessoas terem uma facilidade natural para isso, a maioria precisa aprender quais são os elementos da narrativa para usá-los de forma consciente ao longo do texto.
E você, conhece esses elementos? Sabe quais são suas características, para que servem e como usá-los para criar uma narrativa interessante e coerente? É sobre tudo isso que vamos falar neste post. Então, fique atento e descubra como se tornar um bom contador ou contadora de histórias.
Diferente da dissertação, a narrativa é um texto que trata de acontecimentos e ações realizadas por personagens fictícios ou reais. Na Literatura, ela aparece principalmente em romances, novelas, fábulas, contos e crônicas. Ela também é a base de muitas peças de teatro e dos filmes produzidos pelo cinema.
Mas, para que o leitor ou ouvinte se sinta atraído e até mesmo entenda toda a situação, ela precisa ter uma estrutura e elementos essenciais ao desenvolvimento da história.
A narrativa começa com a introdução, que é seguida pelo desenvolvimento e o clímax. Finalmente, a história termina com uma conclusão ou desfecho, que coloca um ponto final nas aventuras do personagem e nas expectativas do leitor. Vamos falar de cada uma delas a seguir.
É a parte do texto que apresenta as personagens e mostra ao leitor onde elas se localizam em relação ao tempo e espaço.
Nesse trecho, o autor conta as ações da personagem. A ideia é formar uma trama com os acontecimentos, mostrar a ocorrência de um problema ou complicação com objetivo de criar algum tipo de suspense que vai conduzir ao clímax da história.
Trata-se do final da história. Na maioria das vezes, os autores concluem encerrando a trama com um desfecho favorável ou não para o problema.
No entanto, essa é apenas uma forma de fazer a conclusão. A criatividade pode levar a outros caminhos e até mesmo criar um suspense ainda maior.
Depois de conhecer essa estrutura, é importante entender quais são os elementos que não podem faltar em uma narrativa.
O enredo é um elemento fundamental para a narrativa. Trata-se do conjunto de fatos que acontecem, ligados entre si, e que contam as ações dos personagens. Ele é dividido em algumas partes:
Espaço é o lugar em que a narrativa acontece. Ele é importante não só para situar o leitor quanto ao local, mas principalmente porque contribui para a elaboração dos personagens.
Afinal, o espaço onde as pessoas (mesmo que fictícias) vivem interfere na sua aparência, vestimenta, costumes, oportunidades, atividades e até mesmo sua personalidade.
O tempo da narrativa diz respeito ao desencadear das ações, e pode ser dividido em:
Está relacionado a passagem das horas, dos dias, meses, anos etc.
Está relacionado às lembranças da personagem e aos sentimentos vivenciados por ele.
Assim como espaço, ele é muito importante para definir características das personagens, principalmente as psicológicas. Afinal, pessoas que vivem em épocas diferentes costumam ter visões de mundo, atitudes, pensamentos e situações também diferentes.
Envolve tudo que as personagens fazem na narrativa. Inclui não só os movimentos, mas também aquilo que falam e pensam no decorrer da história.
Sempre que existe uma narrativa, a história é contada por alguém. Esse é o papel do narrador. Ele pode relatar os fatos a partir de perspectivas diferentes, o que pode transformá-lo em um personagem, um observador ou um ser onisciente. Entenda as diferenças:
Neste caso, o narrador participa da história, e por isso o texto é escrito em primeira pessoa do singular ou plural (eu, nós).
Também existe a possibilidade de o narrador não participar da história. Ele observa a situação de fora, o que faz o texto ser escrito em terceira pessoa (ele, ela, eles, elas).
(UFV) Considere o texto:
É aquele que sabe de todos os fatos, mesmo que não participe da história. Sua compreensão costuma ir além dos acontecimentos. Ele consegue narrar até mesmo os pensamentos e sentimentos dos personagens, como se tivesse um conhecimento sobrenatural.
Pelo falo desse narrador conhecer muito os personagens, bem como seus pensamentos, sentimentos, ideias, atitudes, etc, ele pode opinar sobre tais comportamentos ao longo da narrativa.
Finalmente, vamos falar das estrelas da narrativa: os personagens. São os seres reais ou fictícios que participam da história. Como a Literatura é criativa, pode ser uma pessoa, um animal, um ser mitológico ou fantástico, um objeto personificado ou até mesmo um sentimento.
Os personagens podem ser divididos entre:
Se você acha difícil entender o conceito e as diferenças, basta pensar no enredo de um filme ou novela conhecidos. Apenas como exemplo, pense na seguinte possibilidade:
Parece dramático? Pois esse é um enredo básico. Aliás, um ótimo exercício é começar a analisar alguns dos últimos filmes que assistiu e identificar essas etapas da narrativa.
Ainda podemos destacar que nesse caso, teríamos vários personagens: o rapaz, a namorada (protagonistas), o vilão (antagonista) e outros secundários (policiais, familiares, amigos etc).
Entre as ações, podemos destacar a fuga, a investigação, os perigos que ele tenha passado, os diálogos e até mesmo os pensamentos de todos os envolvidos.
O espaço e tempo ficam por conta da sua imaginação: a história pode se passar tanto na Inglaterra do século XVII quanto no Rio de Janeiro do século XXI, mas isso alteraria uma série de situações.
O gênero narrativo é extremamente importante, tanto para a Literatura quanto para o cinema. Por isso, compreendê-lo é essencial para se preparar para o Enem e outros vestibulares. Veja um exemplo:
(UNIFENAS)
Com base no texto abaixo, indique a alternativa cujo elemento estruturador da narrativa não foi interposto no episódio:
“Porque não quis pagar uma garrafa de cerveja, Pedro da Silva, pedreiro, de trinta anos, residente na rua Xavier, 25, Penha, matou ontem em Vigário Geral, o seu colega Joaquim de Oliveira.”
a) Lugar
b) Época
c) Personagens
d) Fato
e) Modo
Resposta: E
“O incidente que se vai narrar, e de que Antares foi teatro na sexta-feira 13 de dezembro do ano de 1963, tornou essa localidade conhecida e de certo modo famosa da noite para o dia. (…) Bem, mas não convém antecipar fatos nem ditos. Melhor será contar primeiro, de maneira tão sucinta e imparcial quanto possível, a história de Antares e de seus habitantes, para que se possa ter uma ideia mais clara do palco, do cenário e principalmente da personagens principais, bem como da comparsaria, desse drama talvez inédito nos anais da espécie humana.” (Érico Veríssimo)
Assinale a alternativa que evidencia o papel do narrador no fragmento acima:
a) O narrador tem senso prático, utilitário e quer transmitir uma experiência pessoal.
b) É um narrador introspectivo, que relata experiências que aconteceram no passado, em 1963.
c) Em atitude semelhante à de um jornalista ou de um espectador, escreve para narrar o que aconteceu com x ou y em tal lugar ou tal hora.
d) Fala de maneira exemplar ao leitor, porque considera sua visão a mais correta.
e) É um narrador neutro, que não deixa o leitor perceber sua presença.
Resposta: C
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