Você já recebeu a missão de fazer uma resenha? Por mais que muitas pessoas saibam o que isso significa, a prática pode ser bem diferente da teoria. Isto é, as dificuldades só aparecem na hora de colocar a mão na massa.
Para ajudar nesse desafio, preparamos este post cheio de dicas sobre o assunto. Descubra exatamente quais são os tipos de resenha e como lidar com essa tarefa!
A palavra “resenha” indica um resumo, ou seja, uma síntese das principais informações de um determinado conteúdo — que pode ser um livro, uma peça teatral, um filme ou série etc. Porém, é bom saber também que esse é considerado um gênero textual dentro da Língua Portuguesa.
Sendo assim, quando alguém pedir para você escrever uma resenha, é preciso construir um texto que descreva um objeto de forma resumida. O problema é que nem sempre podemos resumir tanto assim.
A resenha não é um simples parágrafo solto ou uma lista de tópicos com as ideias principais do assunto que deve ser tratado. É importante ter cuidado ao elaborar sua própria crítica a respeito de uma obra ou simplesmente apresentar comentários sobre ela.
A seguir, você vai entender quais os tipos mais comuns de resenha e como desenvolver esse modelo textual da melhor forma possível.
Existem dois tipos básicos de resenha, e saber as diferenças entre eles é essencial para não se confundir ao encarar essa tarefa. Aliás, a melhor dica para que isso fique bem claro é procurar várias resenhas para ler e entender a sua estrutura.
Saiba agora quais são os detalhes que você deve observar em cada uma delas.
A resenha crítica (ou argumentativa) precisa, necessariamente, oferecer uma argumentação do autor. Inclusive, ele pode desenvolver uma tese a partir das suas percepções sobre a obra, citando conclusões pessoais ou lições que deseja passar para os leitores.
Isso acontece quando um crítico de cinema decide analisar os filmes indicados ao Oscar, por exemplo. É natural que existam julgamentos e comparações entre os títulos, já que estamos falando de uma competição que envolve tanto aspectos técnicos quanto subjetivos que fazem alguém gostar mais ou menos de cada indicado.
De forma semelhante, temos os críticos do mercado musical. Quando há o lançamento de um novo álbum ou uma turnê de um artista famoso, saem as resenhas avaliando as produções. Nesses casos, não é um problema que os autores façam elogios ou apontem pontos negativos de acordo com as suas observações.
Vemos, então, que a resenha crítica tem muito do ponto de vista de quem está escrevendo.
Por outro lado, a resenha descritiva fica livre do ponto de vista dos autores. Sua função é apenas descrever o que foi visto, assistido, ouvido etc. Não por acaso, o termo “descritiva” indica que o conteúdo é uma exposição de informações.
Ao falar de um filme, por exemplo, o autor vai dizer sobre a história apresentada e os pontos-chave do enredo. Se há a formação de um casal durante a trama, por exemplo, a resenha vai mostrar em que lugar ela acontece ou quais situações são desenvolvidas ao longo da produção.
Não cabe dizer se a atuação dos protagonistas não atinge as expectativas ou se a história consegue ser emocionante. A proposta é dispensar todo tipo de crítica e somente descrever os fatos.
Para conferir como tudo isso acontece na prática, separamos aqui dois exemplos de trechos de resenhas sobre o filme “Wall-E” para análise. Perceba como há diferenças muito claras entre elas.
A história apresenta o último dos robôs que sobreviveu à missão de tirar o lixo do planeta Terra, Wall-E. No meio de tanta poluição, ele recebe a chegada de uma nave com uma nova companheira, Eva.
Ele se apaixona por ela e a jornada dos dois ao longo da animação trata do futuro da humanidade e a importância de cuidar do meio ambiente.
Esse foi um grande acerto dos estúdios Pixar e da Disney, ambos produtores do filme. “Wall-E” é necessário em tempos de tanto descaso com a preservação do nosso planeta, sugerindo uma reflexão para todos os espectadores.
A produção merece ser vista por crianças, adolescentes e adultos, principalmente porque traz, de uma forma muito leve, um problema tão importante. As lições por trás dos robozinhos que estão limpando a bagunça da Terra são valiosas para a humanidade.
Não foi um mero acaso ter recebido tantas indicações para o Oscar e conquistado prêmios como o de Melhor Animação em 2009.
Enfim, agora você já tem uma noção melhor sobre os tipos de resenha, não é mesmo? Então, não deixe de acompanhar o passo a passo que listamos para lidar com essa tarefa e fazer uma excelente resenha.
Para não correr o risco de emitir sua opinião quando ela não é necessária, o primeiro passo é descobrir que tipo de resenha você vai escrever: descritiva ou crítica. Lembre-se das características de cada uma delas para não se perder.
É fundamental consumir o seu objeto de análise com atenção para conseguir falar sobre ele com propriedade.
Isso significa que você deve se dedicar para entender muito bem a obra que está consumindo e vai resenhar, seja um filme, um livro ou qualquer outra produção. Aliás, pode ser necessário repetir essa etapa mais de uma vez para captar todos os detalhes.
Enquanto você assiste, observa, lê ou ouve, anote suas principais observações. Foque nos pontos que não poderiam passar despercebidos em uma análise da obra e que vão ajudar outra pessoa a entender um pouco sobre ela.
Depois de ter um rascunho de anotações, é hora de partir para a construção do texto. Junte as informações de forma interessante, clara e objetiva. Não adianta fazer uma resenha confusa ou longa demais, já que isso não é sintetizar.
Tenha a certeza de que os principais aspectos são abordados e que o conjunto geral faz sentido, sendo coerente com o objeto analisado.
Nunca deixe de revisar tudo que foi escrito para corrigir possíveis erros e fazer ajustes que deixem o seu texto ainda melhor. A revisão é parte essencial de uma ótima redação!
Gostou das nossas dicas sobre resenha? Comece a praticar e descubra como pode ser prazeroso consumir conteúdos para fazer uma análise como essa depois!
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