Valor semântico, aprenda com exemplos simples no Stoodi.
Você já estudou ou ouviu falar algo sobre valor semântico? Acha que a língua portuguesa é muito complicada e cheia de nomes difíceis?
Isso acontece, porque, se você não entende um pouquinho de semântica, nada, literalmente, faz sentido!
Já percebeu que os significados não estão “colados” às palavras? Eles não se definem apenas pelo que se encontra nos dicionários. Você com certeza já usou as mesmas palavras em situações diferentes, para expressar coisas diferentes, não é mesmo?
Os sentidos produzidos quando escrevemos dependem do nosso conhecimento e habilidade linguística e, quanto mais aprendermos sobre valor semântico, mais fácil ficará transmitir uma ideia aos nossos leitores.
Também fica mais fácil ler e interpretar aquelas questões temidas dos vestibulares! Vamos aprender um pouco sobre o assunto agora!
Antes de falarmos sobre os valores semânticos, vamos entender o que é semântica. Esse termo tem origem grega (semantiká), e os estudos linguísticos que estão pautados na semântica são aqueles que levam em conta o significado das palavras.
Como já dissemos, não é só aquele significado que está no dicionário, mas aquele que surge da interação social, do uso da linguagem em diversos contextos. Veja:
1. No jardim havia uma linda flor lilás.
2. Maria é uma flor!
3. Chegou derrubando tudo, delicado como uma flor!
Temos três situações em que a palavra flor foi empregada. Na primeira, o sentido de flor é o de uma planta, um sentido literal. Na segunda temos uma metáfora que compara Maria a uma flor, o que pode significar que essa pessoa é delicada, amorosa etc. Já no terceiro exemplo, sinta a ironia, a palavra flor foi designada para mostrar o contraste entre uma pessoa delicada e o sujeito que chegou derrubando tudo.
Percebeu como mudaram os sentidos? Como o emprego das palavras influi no seu valor semântico?
Esse valor nada mais é do que o significado das palavras dentro dos contextos em que se inserem. Sendo assim, alguns termos nas orações nos ajudam a dar o sentido que queremos em nossos textos.
São as preposições, os advérbios e as conjunções, o que veremos a seguir por meio de exemplos e frases que utilizamos ao escrever e que lemos todos os dias, atribuindo significados e sentidos, nem sempre literais.
As preposições têm a função de ligar termos dentro de uma oração e também a de orientar os sentidos, dessa forma, o valor semântico das preposições é variável e depende do objeto que a requisita.
A preposição de, por exemplo, pode assumir diferentes sentidos em uma frase:
Assim como o de, as possibilidades de significados são inúmeras com as outras preposições, veja os exemplos:
Poderíamos fazer uma lista com todas as preposições e ficaríamos por muito tempo atribuindo sentidos às orações. Para que você aprenda mais e tenha mais familiaridade com os seus usos, a dica é ler muito, mas ler com um olhar crítico, identificando como essas palavras concedem e mudam os sentidos em um texto.
Os advérbios são muito importantes nos estudos semânticos, justamente porque eles modificam o sentido dos verbos, dos adjetivos e até de outros advérbios. O valor semântico dos advérbios dependerá, como todos os outros elementos apresentados, do contexto em que é empregado. Eles podem ter o valor de:
O uso dos advérbios enriquece a escrita e mostra o seu domínio ao expressar suas opiniões em textos argumentativos, descrever cenas e situações em textos narrativos, e em todos os outros gêneros existentes.
As conjunções são conectivos que ligam orações e termos de igual função (coordenativas) ou que ligam duas orações, na qual uma determina ou completa o sentido da outra (subordinativas).
O valor semântico da conjunção coordenativa pode ser:
Nas conjunções subordinativas temos os valores:
Sem as conjunções, não há ligação entre as orações e, consequentemente, as frases ficam sem sentido. Todos esses valores podem ser empregados em centenas de palavras que têm a função de conectivos.
Por esse motivo é que você deve ser um leitor atento e saber interpretar, porque são muitas palavras para “decorar” e não há essa necessidade quando se aprende a ler de uma forma contextualizada, levando em conta a produção de sentidos.
Trouxemos alguns valores semânticos das preposições, advérbios e conjunções, mas o que você precisa lembrar é de que os sentidos sempre podem vir a ser outros, que eles podem mudar, dependendo do contexto em que forem empregados.
Isso certamente é o que torna a nossa língua mais rica e nos possibilita criar belos textos e poder “brincar” com os sentidos dentro deles.
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