Uma coisa é fato: apesar da discrepância com os homens ainda ser grande, as mulheres vêm conquistando cada vez mais espaço no mercado de trabalho. Isso é resultado de um estímulo crescente para que o ensino superior tenha, a cada ano que passa, mais cadeiras preenchidas pelo público feminino.
Além de ser um fator determinante para a conquista de melhores cargos e ascensão salarial, fazer uma faculdade traz ainda mais autonomia para a mulher, que busca a liberdade financeira sem depender de um cônjuge, como antigamente.
Pensando nisso, e priorizando sempre te ajudar a encontrar o melhor caminho para o desenvolvimento pessoal e profissional por meio da educação, resolvemos trazer uma lista dos 10 cursos superiores mais buscados pelo sexo feminino, as profissões mais procuradas pelas mulheres no mercado de trabalho e quais são os maiores salários do Brasil para esse público – com base na última pesquisa divulgada pelo Censo de Educação Superior do MEC (Ministério da Educação).
Fique com a gente e confira o artigo de hoje!
Na lista de cursos para mulheres, o de Pedagogia ainda é o de maior procura, com quase 661 mil matrículas realizadas por pessoas do sexo feminino em 2017, segundo o último Censo de Educação Superior.
A faculdade de Pedagogia tem o objetivo de formar profissionais que atuem na educação infantil, nos primeiros anos do ensino fundamental e no supletivo (educação voltada para jovens e adultos). O pedagogo é o profissional que atua diretamente no processo de ensino-aprendizagem, sendo responsável por toda a orientação, suporte e supervisão necessários ao estudante.
Entre os inúmeros benefícios de um pedagogo para a sociedade, o de saber lidar com as diferenças de cada aluno e suprir as necessidades de cada um têm sido fatores que contribuem para o destaque da profissão.
Quem escolhe o curso de Pedagogia, pode atuar ministrando aulas no ensino público ou privado, desenvolvendo trabalhos individuais ou estratégias pedagógicas em equipe interdisciplinar.
A remuneração, em média, do profissional formado em Pedagogia é de R$2.234,88. Porém, ainda há uma diferença entre a média salarial das mulheres – R$2.140,79 – e dos homens – 27% a mais que o público feminino.
Um dos cursos mais concorridos, tanto das faculdades públicas como das privadas, Direito segue sendo uma das primeiras opções entre as mulheres, com mais de 486 mil matrículas conforme apresentado pelo último censo do MEC.
A graduação prepara profissionais para atuar na aplicação das leis conforme a constituição vigente e, por isso, durante a graduação, os estudantes desenvolvem visão crítica a respeito do contexto social e político do país, adquirindo conhecimento técnico e teórico a respeito da Legislação Brasileira e da Legislação Internacional.
É importante frisar que, para tornar-se advogado, é preciso passar pelo exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – ou seja, apenas o diploma não é o suficiente para a atuação no setor.
O mercado de trabalho para o profissional formado em Direito é vasto. Após formado, é possível atuar no meio acadêmico, nos setores públicos e privados ou mesmo seguir uma carreira de diplomata. Para atuar como advogado ou juiz, é preciso passar no exame da OAB e, caso queira seguir carreira como promotor ou delegado, é necessário prestar concurso público presencial ou fazer um curso online para concurso.
Apesar do mercado de trabalho na área de Direito estar mais aberto para profissionais do sexo feminino, ainda há uma diferente grande quanto ao salarial. Em média, um advogado ganha R$4.243,59 por mês, porém, quando olhamos para a remuneração das mulheres, o valor cai para R$4.007,37 – 17% a menos que a média salarial dos homens.
Na nossa lista de faculdades, um dos melhores cursos para as mulheres é o de Administração, com 374.553 matrículas confirmadas pela última pesquisa do MEC no ramo da educação. O curso de Administração é voltado para a preparação de profissionais na capacidade de gerenciar os recursos humanos, além de cuidar de materiais e recursos financeiros de um negócio, seja ele público, privado ou do terceiro setor.
Além disso, os estudantes adquirem competências necessárias para a gestão de todas a áreas de uma empresa, desenvolvendo maior compreensão sobre todo o funcionamento de uma companhia.
Sem dúvidas, o mercado de trabalho para quem é formado em Administração é cheio de oportunidades e isso é um fator que contribui muito para que as mulheres optem por tal profissão. Além de poderem ser empreendedoras, adquirindo habilidades para abrir o próprio negócio, é possível que atuem em diversos níveis de gerência em uma organização, seja ela com ou sem fins lucrativos.
Apesar de ser uma área bastante ocupada pelas mulheres, mais uma vez a discrepância de salário assusta: em média, um profissional formado em Administração ganha R$4.072,54. Esse valor, porém, cai para R$3.604,15 quando analisamos a remuneração do público feminino – que representa 29% a menos que a média de salário dos homens do ramo.
Entre os cursos de faculdade mais buscados pelo público feminino, o de Enfermagem também ganha destaque, com 247.990 matrículas de acordo com o último Censo de Educação Superior. Voltado para o desenvolvimento de habilidades práticas e teóricas para os cuidados com os pacientes, a graduação em Enfermagem tem o objetivo de formar profissionais que possam atuar na prevenção, na proteção e no restabelecimento da saúde das pessoas, sempre trabalhando em equipe com demais profissionais do ramo.
O campo de atuação de um enfermeiro é bastante amplo, podendo atuar na saúde em setores públicos ou privados, hospitais, clínicas médicas, posto de saúde, atendimentos domiciliares individuais etc.
Nesse ramo, a diferença salarial entre homens e mulheres é pouca, apenas de 1% (mas ainda representa a discrepância entre os gêneros, uma vez que o público feminino apresenta uma porcentagem bem maior de profissionais no setor).
A remuneração média, portanto, é de R$3.2211,23, caindo para R$3.204,93 ao falarmos do sexo feminino – o que representa 1% a menos do salário do público masculino.
Na lista de melhores profissões para as mulheres, o ramo das Ciências Contábeis também aparece em destaque, com mais de 206 mil matrículas registradas pelo último censo. O curso visa à formação de profissionais que desenvolvam a capacidade de planejar e gerenciar tudo o que se refere ao setor contábil de uma empresa ou companhia.
Os estudantes saem qualificados para o gerenciamento de contas tanto de instituições como de pessoas físicas, adquirindo habilidades para controlar receita, lucros e despesas. Entre as disciplinas estudadas, estão: Contabilidade Geral, Gerencial e Pública, Tributária e Legislação.
O mercado de trabalho para quem é formado em Ciências Contábeis tem crescido nos últimos anos, uma vez que a abertura de novos negócios, de pequenas e micro empresas, requer sempre a contratação de serviços de um contador. Além disso, as maiores demandas ainda aparecem nas áreas de gerência financeira, controladoria, análise de tesouraria, auditoria, análise contábil e fiscal, entre outras.
Apesar da porcentagem de mulheres ser cada vez maior no segmento, ainda há uma diferença bem grande entre os salários dos dois gêneros. A remuneração do sexo feminino é, em média, de R$3.517,34, e a dos homens chega a 28% a mais que esse valor (ao analisarmos homens e mulheres juntos, o salário médio é de R$3.956,67).
Outro ramo que as mulheres têm preferência é o da Psicologia, batendo o número de 201.114 matrículas feitas pelo sexo feminino, conforme diz o último censo do MEC. O curso tem o objetivo de formar profissionais capazes de fazer o diagnóstico de transtornos mentais, atuando também na prevenção e no tratamento dessas doenças.
Ao longo da graduação, os estudantes adquirem a sensibilidade, por meio de estudos práticos e teóricos, para observar e analisar os comportamentos humanos, identificando problemas e sentimentos.
Quem pensa que um psicólogo só pode atuar dentro de clínicas particulares ou consultórios, engana-se. O mercado de trabalho para esse profissional é vasto e cresce a cada dia, uma vez que o bem-estar dos trabalhadores tem ganhado mais importância para as empresas e companhias. Por isso, muitos graduados são contratados para atuar ne setor de Recurso Humanos das organizações, além de instituições do ramo da saúde e de assistência social.
O número de mulheres formadas em Psicologia cresce com o passar dos anos, mas a diferença de salário com os homens ainda é marcante. O salário médio do público feminino nesse setor é de R$2.334,30, representando 7% a menos que a remuneração do público masculino. Em geral, a média salarial de um psicólogo é de R$2.360,81.
Sem dúvidas, a carreira de Serviço Social está entre as melhores profissões para as mulheres. De acordo com o último Censo de Educação Superior, o número de matrículas realizadas pelo público feminino passou a casa dos 138 mil.
A graduação busca formar profissionais que atuem diretamente na busca pela defesa e na ampliação de direitos sociais, efetivando as políticas públicas sociais do local. Entre as matérias estudadas ao longo do curso, estão: filosofia, antropologia, política social, direito e legislação social, administração e planejamento, ente outras.
Ao se graduar, o leque de possibilidades de atuação para o profissional de Serviço Social é grande, podendo trabalhar nos dois setores (público ou privado). Além de poder atuar em equipes multidisciplinares em quaisquer companhias com fins lucrativos, um assistente social também é requerido para trabalhar em órgãos públicos (municipais, estaduais ou federais) das áreas da saúde, na assistência social e na previdência social.
Como as carreiras já citadas acima, a de uma assistente social sofre com a diferença de salário em relação aos homens também. A média, em geral, é de R$2.485,91, porém, esse valor cai para R$2.447,13 analisando apenas os salários das mulheres – o que representa 12% a menos que a remuneração do público masculino.
O cuidado com os pacientes em recuperação é um dos motivos que fazem da Fisioterapia um dos cursos mais buscados pelas mulheres também, uma vez que se estima ser essa uma característica muito mais visível no sexo feminino.
Com mais de 129 mil matrículas realizadas pelo público feminino, conforme o último censo do MEC, a graduação de Fisioterapia forma profissionais aptos para a atuação na prevenção e na reabilitação de capacidade funcional e física dos pacientes. Por isso, atua com terapias alternativas para o cuidado de doenças e lesões, aplicando técnicas de movimentos, massagens e ginásticas regenerativas.
Caso opte por esse curso, é possível atuar como profissional autônomo em seu próprio consultório ou realizando visitas a domiciliar, como também em locais de área da saúde, como hospitais, clínicas médicas e de reabilitação, clubes esportivos, empresas etc.
Apesar de as mulheres também sofrerem com a discrepância salarial também nesse setor de atuação, a diferença é menor que os demais. A média salarial feminina no ramo da Fisioterapia é de R$2.389,31 (1% a menos que a remuneração dos homens). No geral, para se ter uma ideia da conta, o salário médio desse profissional é de R$2.394,53.
O curso de Recursos Humanos também entra no top 10 de carreiras mais buscadas pelas mulheres, com 122.341 matrículas confirmadas pelo Censo de Educação Superior do MEC. A graduação volta-se para a formação de profissionais que sejam habilitados para lidar com todas as questões que envolvem os funcionários de uma empresa.
Durante o curso, é ensinado como gerir as atividades do setor de RH – como admissões, transferências, demissões, salários e férias – e fazer o planejamento de constantes melhorias para o ambiente de trabalho e o bem-estar dos trabalhadores.
Como as empresas têm se importado cada dia mais com a saúde mental dos seus funcionários, o campo de atuação desse profissional tem crescido exponencialmente, podendo atuar em qualquer empresa tanto do setor público como do privado, nas áreas de Departamento Pessoal ou de Recursos Humanos.
A remuneração média de um profissional formado em Recursos Humanos é de R$2.673,71. Porém, o valor é mais baixo para as mulheres também, que recebem cerca de R$2.646,42 – representando 5% a menos que o salário dos homens.
Para encerrar a nossa lista de faculdades mais procuradas por mulheres, temos o curso de Arquitetura e Urbanismo, com mais de 112 mil matrículas divulgadas pelo último Censo de Educação Superior do MEC.
O curso visa à formação de profissionais que sejam capazes de planejar, desenhar e construir espaços internos e externos, levando estética, conforto e funcionalidade sempre como premissas de um projeto.
Aqui, é onde as mulheres mais se destacam: carreiras autônomas. Porém, é possível atuar em conjunto com outros profissionais em projetos de paisagismo, de design de interiores e de planejamento urbano.
É possível atuar em empresas de arquitetura, no setor público, em construtoras, em organizações não governamentais ou no setor educacional, caso queira seguir uma carreira acadêmica.
A diferença entre os gêneros também é bastante visível aos arquitetos. Em geral, a média salarial é de R$5.536,05, caindo para R$5.452,39 ao analisarmos apenas as mulheres – o que representa 4% a menos que a remuneração dos homens.
Como vimos, apesar da inserção cada vez maior de mulheres no mercado de trabalho – e com cargos mais altos, a diferença entre as remunerações ainda é um ponto bastante presente e é preciso ainda bastante luta feminina para a conquista de uma equidade salarial.
Se você chegou até aqui e tinha a dúvida sobre “qual curso devo fazer?” ou “qual faculdade fazer?”, esperamos que algo do nosso artigo tenha te chamado a atenção e que a leitura tenha sido super proveitosa!
Nos vemos numa próxima! 😊
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