Itinerários formativos representarão 40% da carga horária total, enquanto disciplinas obrigatórias ocuparão 60% da jornada
Foto: Julia M Cameron/Pexels
O novo Ensino Médio deve ser implantado em escolas públicas e privadas de todo o Brasil a partir de 2022. Compreender as diferenças em relação ao sistema atual e conhecer os detalhes da proposta são etapas importantes para a adaptação de estudantes, familiares e profissionais da educação.
Uma das principais mudanças deste novo modelo de ensino é a inclusão dos chamados itinerários formativos. Como define o Ministério da Educação (MEC), trata-se do “conjunto de disciplinas, projetos, oficinas, núcleos de estudo, entre outras situações de trabalho, que os estudantes poderão escolher no ensino médio”.
Na prática, o aluno irá decidir em quais áreas deseja aprofundar seus conhecimentos, priorizando aquelas em que possui maior interesse, considerando a oferta da rede escolar. O leque de itinerários varia de acordo com o sistema de ensino das instituições, sendo que algumas poderão disponibilizar a opção da Formação Técnica e Profissional (FTP).
Além dos itinerários formativos, o novo Ensino Médio contará com disciplinas obrigatórias. Português, Matemática e Língua Inglesa serão conteúdos exigidos ao longo dos três anos. As disciplinas de Física, Química, Biologia, História, Geografia, Sociologia, Filosofia, Artes e Educação Física serão componentes curriculares da Formação Geral Básica.
Com essa metodologia de ensino, a carga horária de estudos será ampliada, passando das atuais 800 horas para mil horas anuais, segundo o MEC. Os itinerários formativos representarão 40% desta jornada. Os outros 60% serão destinados às disciplinas obrigatórias.
De acordo com o MEC, a proposta busca “fortalecer o protagonismo juvenil” ao dar poder de escolha aos estudantes. Também pretende reduzir a evasão escolar, contribuindo para “o maior interesse dos jovens em acessar a escola e, consequentemente, para sua permanência e melhoria dos resultados da aprendizagem”.
O novo Ensino Médio apresenta a possibilidade de criação de itinerários formativos dentro das seguintes áreas de conhecimento: “Linguagens e suas tecnologias”; “Matemática e suas tecnologias”; “Ciências da natureza e suas tecnologias”; “Ciências humanas e sociais aplicadas”; além da Formação Técnica Profissional (FTP).
A informação do MEC é que as instituições terão autonomia para definir os itinerários formativos que irão disponibilizar e esse processo de escolha deve envolver toda a comunidade escolar.
Ainda de acordo com a pasta, cabe às escolas manterem o diálogo com os alunos para apresentar as possibilidades, analisar seus interesses e orientar sobre as opções disponíveis. “É fundamental trabalhar o desenvolvimento do projeto de vida dos estudantes, para que sejam capazes de fazer escolhas responsáveis e conscientes”, orienta.
O novo Ensino Médio foi instituído pela Lei nº 13.415/2017, que modificou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A adaptação das escolas das redes pública e privada ao modelo seguirá o cronograma estabelecido pela Portaria nº 521, publicada em julho deste ano no Diário Oficial da União (DOU).
De acordo com o cronograma, a implantação será progressiva, sendo iniciada em 2022 apenas com os alunos da 1ª série do Ensino Médio. A partir de 2023, irá abranger estudantes da 1ª e da 2ª séries. Em 2024, todos os matriculados farão parte do modelo.
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