Filme aborda a Guerra Civil de Serra Leoa e retrata os conflitos ocorridos em solo africano
A sugestão dessa sexta-feira é o filme Diamante de Sangue, dirigido por Edward Zwick e estrelado por Leonardo DiCaprio, Jennifer Connelly e Djimon Hounsou. O longa se passa na década de 90 e retrata a Guerra Civil de Serra Leoa.
No meio de muita ação, ficam claros os confrontos do grupo militante RUF e do governo recém instaurado no país. Para compreender melhor esse momento, o professor Érico, de geografia, explica esse e outros conflitos ocorridos no continente africano, como na aula Serra Leoa.
O filme conta a história de Danny Archer (Leonardo DiCaprio), um ex-traficante, e Solomon Vandy (Djimon Hounsou), um pescador da tribo Mende. Quando a RUF (Frente Revolucionária Unida) vai até a aldeia e apodera-se de trabalhadores para as minas de diamante, Solomon consegue salvar sua esposa e suas filhas. Porém, seu filho chamado Dia é levado junto a outras crianças como soldados para defender o grupo durante a guerra.
O pescador, que foi forçado a procurar pedras preciosas, encontra um diamante rosa, raríssimo, e o vê como solução para seus problemas: com esse dinheiro, sua família estaria protegida. Solomon esconde a pedra e parte em busca do menino.
Em meio às tentativas, Solomon acaba conhecendo o duvidoso Danny e precisando de sua ajuda. Danny fica sabendo da pedra rosada e propõe uma parceria. Eles estabelecem dois objetivos: encontrar Dia e usar o diamante para fugir do continente. Isso tudo acontece com a ajuda da jornalista Maddy Bowen (Jennifer Connelly).
Além de levantar o debate entre as condições desumanas vividas por muitos africanos, o filme aborda a corrupção como principal fator para as péssimas condições da população do país. Em consequência a guerra que durou mais de 10 anos (1991-2002), soma-se cerca de 80 mil mortes e 2 milhões de refugiados.
Para entender os motivos da guerra civil, assista a aula.
Quem foram os RUF – Frente Revolucionária Unida
Os RUF foram um dos grupos extremistas formados no país para contestar o governo da Serra Leoa, a má gestão pública, as péssimas condições sociais da população e, principalmente, a corrupção.
Segundo eles, caso o grupo assumisse o poder, a população contaria com melhorias, pois os recursos gerados pelos diamantes chegariam a todos, sem favorecimentos.
Atuando no interior, a Frente Revolucionária Unida foi protagonista de diversos confrontos durante as décadas de 80 e 90. Chegando, até, a assumir o poder da capital em determinado momento da história do país.
O que foi uma promessa de melhoria, revelou-se ser outra forma de corrupção acompanhada de muita violência e repressão.
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