Cotas Sisu – Guia completo!
Você já se perguntou o que são as cotas Sisu? Bom, o que a maioria dos estudantes sabe é que algumas pessoas podem se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) por meio de cotas. Mas o que isso significa?
Quando você está preenchendo sua inscrição, se depara com uma questão: devo me inscrever no sistema de Cotas Sisu, ou dar preferência pela ampla concorrência? O que esses termos significam, afinal de contas?
Se essas dúvidas também passam pela sua cabeça, você veio ao lugar certo! Continue a leitura e veja quais são as respostas para esse mistério. Ao longo do texto, você vai entender o que é um cotista, para que servem as cotas e quem pode concorrer através delas. Vamos lá?
Antes de darmos continuidade à conversa, é preciso explicarmos o básico, né? Você não tem a obrigação de ter todas as informações na ponta da língua. Então, se você já sabe o que é o Sisu, pode pular para os próximos tópicos. Se não, vem com a gente!
O Sisu (Sistema de Seleção Unificada) é um processo seletivo que concede vagas para o ensino superior (universidades) público do Brasil.
Ele utiliza a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como critério para estabelecer quem conquista ou não as vagas disponíveis.
O Sisu funciona a partir de um sistema online (e totalmente gratuito), que pode ser acessado por qualquer computador ou celular conectado à internet.
Nele, você seleciona os cursos que deseja fazer (é possível escolher duas alternativas) e acompanha as mudanças nas notas de corte, dia após dia.
Ao todo, o sistema permanece aberto por 3 dias. Depois desse prazo, ele cria uma lista de pessoas que serão convocadas para fazer a matrícula.
Você pode conferir mais informações sobre o Sisu neste outro artigo!
Podem participar do Sisu as pessoas que:
Lembrando que há duas edições do Sisu por ano: uma em janeiro e outra em junho (as datas podem variar um pouquinho de uma edição para a outra). A única diferença entre elas é a quantidade de vagas disponíveis, que é bem reduzida no Sisu do segundo semestre.
Para entender tudo sobre as cotas Sisu, é importante que você saiba o que são as cotas, quem pode usar e quais são os requisitos para isso.
As cotas surgiram em 1960, nos Estados Unidos, com a ideia de diminuir a desigualdade entre negros e brancos. Já no Brasil, a política de cotas em universidades que conhecemos hoje começou a funcionar de fato nos últimos anos do mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, em meados de 2002.
Elas funcionam como vagas reservadas para alguns grupos, sejam eles étnicos ou sociais. Assim, é possível garantir a inclusão dessas pessoas no ensino superior, promovendo uma reparação histórica aos séculos de desigualdade e preconceito sofridos por elas.
Lembrando que o vestibular não é o único local a apresentar essas cotas. Concursos públicos, por exemplo, também trabalham com esse conceito, que é um direito garantido de grupos que foram oprimidos por tantos e tantos anos.
Esse é o nome dado à Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012. Nela, há a declaração de que todas as instituições federais devem reservar pelo menos metade das suas vagas às pessoas dos grupos minoritários.
As normas, no entanto, foram se aprofundando. Um exemplo é a Lei nº 13.409, de 2016, que inclui também pessoas com deficiência no sistema de cotas.
Todos os anos o Sisu oferece inúmeras vagas em universidades públicas por intermédio do programa, e muitas dessas vagas são destinadas a alunos de escolas públicas, alunos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, pessoas com baixa renda, deficiências e outras cotas.
Esse sistema tem levado cada vez mais as minorias para dentro das universidades públicas e particulares.
Entenda no tópico abaixo como cada uma dessas cotas funcionam.
O sistema de cotas Sisu é dividido em três tipos diferentes. Como falamos, as vagas são reservadas para atender a uma parcela da sociedade que é, de alguma maneira, desfavorecida quando o assunto é acesso às universidades.
Existem três tipos de cotas no Sisu, são elas:
Segundo a Lei de Cotas, todas as instituições públicas federais devem garantir que uma parcela de suas vagas seja destinada a pessoas que se formaram em escolas públicas.
O sistema considera de baixa renda candidatos cuja renda familiar por pessoa é de até 1 salário mínimo e meio. Nesse caso, o candidato é elegível para concorrer através do sistema.
Também existe uma cláusula que prevê vagas reservadas a estudantes autodeclarados pretos, pardos e indígenas. As universidades que participam do Sisu também podem, ainda, oferecer cotas para outras causas, como pessoas com deficiências e comunidade quilombola.
Agora que você já entendeu um pouco sobre as cotas do Sisu, é hora de atentar a uma questão muito importante: como comprovar que sou pardo, negro ou de baixa renda?
No que diz respeito à cor da pele, trata-se de uma autodeclaração. Ou seja, o aluno deve preencher em sua ficha o que se considera, e não precisará comprovar isso com nenhum documento.
No entanto, em algumas instituições, o cotista autodeclarante precisará ser avaliado por uma banca examinadora. Essa se tornou uma necessidade, infelizmente, em razão das fraudes no sistema.
Já para a condição social, poderá ser solicitada alguma comprovação de renda. Nesse caso, a documentação exigida não é estipulada pelo sistema de cotas Sisu, mas, sim, pela universidade, quando o aluno fizer sua matrícula.
Esse é um processo superfácil e intuitivo. No momento em que você estiver fazendo sua inscrição no Sisu, pode selecionar se quer participar na ampla concorrência ou se quer participar através do sistema de cotas.
Se optar pela ampla concorrência, você vai concorrer com todos os inscritos que não se encaixam nas cotas. Mas se optar pelas cotas, então a disputa será com outras pessoas que também se encaixam nessa situação.
O Enem é um exame que visa avaliar o conhecimento dos estudantes. Ele não é um vestibular, ou seja, não existe nenhum curso oferecido pelo Enem. O que acontece é que a pontuação obtida nessa prova pode ser utilizada em outros processos seletivos, sendo o Sisu o principal deles.
Sendo assim, o Enem não oferece cotas, já que não há uma disputa entre candidatos. Nós falaremos mais sobre as alternativas ao Sisu no finalzinho do nosso bate-papo, tá bom? Aí, você pode tirar as suas dúvidas sobre esse tema também!
Já falamos sobre isso, mas vamos lá: as cotas têm a intenção de facilitar o acesso de pessoas de baixa renda ou que se autodeclararam deficientes, negras, indígenas e pardas. Sendo assim, o sistema considera que apenas alunos de escolas públicas devem ser contemplados pelas cotas.
Quem estudou em escola particular, mesmo sob o regime de bolsista integral, não pode concorrer com os alunos de escola pública. Entende-se, nesse caso, que a pessoa teve acesso a uma educação de mais qualidade que a oferecida em escola pública.
Entender como acontece o sistema de cotas é essencial para que você saiba como concorrer, e quais são os pontos que devem ser considerados para se inscrever nessa modalidade, pois se você se inscrever em uma cota que não se encaixa, corre o risco de perder a vaga.
A modalidade ampla (também chamada de Ampla Concorrência, ou simplesmente AC) é aquela em que disputam por vagas todas as pessoas que não se enquadram nas cotas.
A intenção é apenas fazer com que as pessoas concorram às vagas em condições mais igualitárias, diminuindo a discrepância entre quem estudou em uma escola de ensino mais rigoroso com quem não teve a mesma oportunidade.
Seja questões raciais ou sociais, seja de acessibilidade, o Sistema de Seleção Unificada foi criado para proporcionar oportunidades de acesso a todos.
Quando você seleciona a participação, no Sisu, a partir de algum tipo de cota, saiba que não há a possibilidade de concorrer com pessoas que fazem parte de outras modalidades no processo seletivo.
Por exemplo: se você selecionou a modalidade PPI (pretos, pardos e índigenas), concorrerá às vagas apenas com pessoas que também selecionaram o PPI na hora de se inscrever.
A concorrência para essas vagas costuma ser mais baixa, mas ainda assim é um processo bem disputado. Por isso, o ideal é que você estude bastante para ter uma boa nota do Enem e, assim, garantir uma boa colocação no ranking de inscritos para seu curso.
As cotas do Sisu podem ser sua porta de entrada para alcançar uma vaga naquela universidade tão sonhada. No entanto, há outras alternativas que podem ser viáveis para que você possa entrar na faculdade, seja com a nota do Enem ou sem ela. Vamos conhecê-las?
O Prouni é um programa do Governo Federal do Brasil que oferece bolsas de estudo em faculdades particulares de todo o país.
As bolsas podem ser de 50% ou 100% e serão determinadas pela sua pontuação no Enem e pelas notas de corte de cada instituição.
Lembrando que nem todas as faculdades aceitam esse tipo de bolsa. Por isso, é importante que você verifique com a instituição se esse é o caso!
O Fies também utiliza a nota do Enem como critério, também é feito a partir de um sistema parecido com o do Sisu e do Prouni, e também é direcionado às faculdades particulares do Brasil.
No entanto, ele difere em alguns pontos. O primeiro deles é quem pode participar: enquanto o Prouni é dedicado aos estudantes de escola pública e em situação de vulnerabilidade socioeconômica, o Fies é mais amplo e quem fez escola particular também pode se inscrever.
O outro é seu objetivo. Aqui, não são concedidas bolsas, mas, na verdade, é feito um financiamento para que o estudante só comece a pagar as mensalidades depois de se formar!
Outra maneira de entrar na faculdade particular com a nota do Enem é usá-la diretamente. Algumas instituições usam essa prova como substituta de seus próprios vestibulares.
Vale a pena ressaltar, também, que em alguns casos são concedidas até mesmo bolsas exclusivas das instituições para os estudantes que tiveram um desempenho melhor no Enem.
Então, vale muito a pena fazer esse exame, não é mesmo?
Para fechar, temos uma opção que não envolve a realização do Enem: você pode fazer os vestibulares próprios da faculdade.
A boa notícia é que essa é uma chance a mais de você conquistar sua tão sonhada vaga. A ruim, é que cada vez menos instituições fazem uso desse tipo de recurso.
As particulares continuam aplicando seus vestibulares próprios normalmente, sendo alguns deles tão difíceis quanto qualquer outra prova. No entanto, as faculdades públicas praticamente só usam o Enem hoje em dia, com poucas exceções (sendo a Fuvest, da USP, uma delas).
Para fecharmos, é hora de vermos algumas dicas para que você possa mandar bem no Enem e, consequentemente, ter mais chances na hora de concorrer à sua vaga, com cotas ou não. Confira a seguir:
Para finalizar, não podemos deixar de orientar você a buscar o suporte de um cursinho completo, com profissionais qualificados e uma metodologia que não deixa a desejar em nenhum aspecto da sua preparação para o vestibular.
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Aproveite nossas dicas para entender melhor esse sistema, e já se preparar para a inscrição do próximo Sisu!
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