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Enem: Saúde pública pode ser tema de redação?

Todos os anos, quando o dia da prova do Enem se aproxima, a curiosidade só vai aumentando sobre qual será o possível tema de redação do Exame, não é verdade? Pensando nisso, viemos dividir um palpite de tema com vocês!

O tema “problemas na saúde pública do Brasil” é um desafio e tanto para o nosso país e, por isso, poderia ser a grande questão desse ano para a redação. Para acabar com essa dúvida, vamos para um bate-papo com tudo sobre a saúde pública brasileira.

9 perguntas e respostas sobre a Saúde Pública

Para esse tema, separemos nove perguntas respondidas pela nossa equipe para tirar todas as suas dúvidas sobre a saúde pública atual e como pode ser abordado na prova do Enem.

Vamos lá?

1. Saúde pública pode ser tema de redação do Enem?

Sim, o assunto pode tanto aparecer na redação, como também ser contextualizada em alguma questão da prova, como em atualidades por exemplo.

Para começar a pensar sobre o assunto, é importante estar atento à precariedade dos atendimentos públicos no país, a volta das epidemias de doenças, como foi o caso do Sarampo em 2019 e da febre amarela em 2018, o aumento das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e muitas outras problemáticas.

Esses podem ser alguns temas pedidas na redação ou nas questões no Enem.

2. Em que sentido o tema saúde pública pode cair no Enem?

No sentido de “Quais são os problemas relacionados à saúde no Brasil?”, “Como a gente pode resolver os problemas da saúde pública no Brasil?”, sempre trazendo para o recorte brasileiro.

O que pode ser mais provável é algo como “Desafios na saúde pública do Brasil”, mas podemos pensar também em temas mais restritos, como “Caminhos para se combater a epidemia de dengue” ou “Desafios da erradicação da AIDS”, por exemplo.

3. Como o aluno pode se preparar para esse tema?

  • Acompanhando o que está acontecendo no Brasil e as questões da saúde pública;
  • Treinando bastante a escrita, fazendo redação sobre o recorte;
  • Pesquisando quais os órgãos responsáveis pela saúde no Brasil;
  • Descobrindo quais são as política públicas da saúde vigentes no país – e pensar como elas poderiam ser melhor.

Outro ponto importante para os alunos ganharem criticidade é ficar muito atento ao que acontece no cotidiano.  Por exemplo, quando o aluno está assistindo televisão em casa, ele percebe que tem muita notícia que fala sobre filas de hospitais, sobre as pessoas que não conseguem ser atendidas e sobre a qualidade do atendimento.

Então, ele consegue perceber que talvez a saúde pública no Brasil esteja comprometida.

Ele deve ter percebido, também, que para ter um atendimento de qualidade, muitas vezes ele precisa pagar um plano de saúde. Muitas das famílias de classe média brasileira têm plano de saúde – isso é praticamente um pré-requisito, que não deveria ser assim, uma vez que o Estado, em tese, tem a obrigação de fornecer saúde.

4. A partir dessas percepções, o aluno deve formular o conteúdo da sua redação?

Uma coisa que muito importante é entendermos o que a prova espera do candidato – isso não vale só para os temas de saúde pública, mas para todos.

Se o objetivo é falar sobre os problemas de saúde pública no Brasil e o aluno fala sobre fraudes nos planos de saúde, isso está fora do tema. Nesse caso, aconteceu um tangenciamento do recorte temático, então o aluno terá uma redução de nota.

O primeiro passo para conseguir fazer a prova é entender o que ela quer – por meio do tema de redação e textos motivadores.

Os textos motivadores estão ali para ajudar, para servir como um suporte. Um suporte não só de onde tirar os dados e pensar sobre o tema, mas também de analisar qual é o recorte temático.

O aluno não pode copiar as ideias apresentadas pelos textos de apoio, mas se o aluno desconsiderar completamente a coletânea, não haverá diálogo com a proposta e ocorrerá uma redução na nota.

5. O aluno deve trazer informações extras para a redação?

É muito recomendável que ele traga elementos externos, porque isso mostra que ele tem um repertório que ultrapassa a coletânea.

Por outro lado, se ele não souber nada sobre esse tema e não conseguir trazer elementos externos, ele pode se apoiar na coletânea para conseguir formular um ponto de vista e sustentá-lo no decorrer do texto.

6. O aluno precisa passar por todos os tópicos dos textos motivadores ou se ele pode escolher apenas um para se guiar?

O aluno corre risco de ter uma redução muito grande na nota se ele se basear em apenas um texto e desconsiderar todo o resto.

Ele também não deve fazer um resumo da coletânea. Por exemplo, alguns alunos fazem algo assim: pegam os três textos, usam um deles na introdução, outro no desenvolvimento e o outro na conclusão. Isso quer dizer que ele ficou muito preso aos textos motivadores. Isso também reduz bastante a nota.

O aluno precisa entender qual é a ideia central dos textos motivadores e dialogar com ele efetivamente, tomando-o como ponto de partida.

7. Existe algum cuidado que deve ser tomado para não ferir os Direitos Humanos?

Sim. Quando a gente fala sobre saúde, precisamos lembrar que a saúde é um direito básico de qualquer cidadão.

Então, falar que precisamos deixar algumas pessoas morrerem para reduzir o número de pacientes, ou que  não devemos atender todas as doenças – apenas as mais graves, deixando algumas pessoas sem atendimento – isso tudo não dialoga com a noção de cidadania e, em alguns casos, pode ferir os Direitos Humanos.

8. O aluno pode “falar mal do governo”, mesmo sendo um exame produzido pelo Inep (órgão público)? Está liberado discorrer sobre má gestão, corrupção e outros tópicos?

Há um mito de que a gente não pode falar mal do governo, já que quem faz o vestibular é um órgão público. Na verdade, existe uma diferença muito grande entre falar mal do governo e apontar onde existe um problema de gestão. 

Uma coisa é falar “todos os políticos são corruptos”: não é para fazer isso em nenhuma redação. Mas você pode, sim, identificar “olha, isso é causado por falta de investimento público neste setor. Isso é causado por uma má gestão dos recursos nisso”. 

Isso está liberado e é recomendado, inclusive. Neste caso, você não está “falando mal do governo”, mas está identificando onde tem algum tipo de falha que causa o problema discutido pela proposta do Enem. 

9. É indicado que o aluno nomeie os agentes na proposta de intervenção?

A recomendação é deixar claro qual é o órgão responsável – isso é indicado para todos os temas.

O aluno deve procurar identificar quem são os agentes responsáveis por fazer tal ação, ou que deixam a desejar em alguns circunstâncias. Por exemplo: qual a secretaria responsável por fazer aquela medida que ele apontou? Qual é o ministério encarregado por fazer alguma coisa a respeito daquilo? 

Agora que você já tirou suas dúvidas sobre a saúde pública brasileira, que tal treinar sua escrita com o banco de redações do Stoodi? Além disso, você pode criar uma rotina de estudos com o nosso plano de estudos e arrasar em todas as matérias!

Stoodi

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