O complexo de Édipo é um conceito criado por Sigmund Freud, neurologista, pai da Psicanálise e fundador da Psicologia analítica, trazendo à tona questões como o funcionamento do inconsciente e da consciência, a sexualidade e as relações parentais.
Atualmente, este tema é bastante estudado pelos psicólogos por apresentar uma vasta explicação do período da primeira infância e dos seus reflexos na adolescência e vida adulta. Além disso, é um tema recorrente no vestibular para contextualizar questões de Filosofia e Sociologia.
Neste artigo, trazemos tudo o que você precisa saber o que é complexo de Édipo, como ele foi teorizado por Freud e qual a sua importância para a psicologia e a psicanálise, explorando os possíveis assuntos que podem aparecer no vestibular e no Enem. Confira!
O complexo de Édipo é o primeiro momento conflituoso vivido pelos homens durante o período da primeira infância e está diretamente atrelado às relações familiares que estabelecemos desde pequenos.
O grande neurologista baseou-se na tragédia de Sófocles para nominar a sua teoria: Édipo Rei. No mito, Sófocles conta a história de Édipo, que teve uma terrível sentença de casar-se com sua mãe e matar seu pai, já abordando temas como o incesto e a ambivalência de sentimentos de amor e ódio aos pais.
Quando Freud desenvolveu sua teoria, ele explicou o Édipo em três tempos. O primeiro diz respeito ao momento inicial, em que a criança está muito ligada à mãe, enxergando-a como um espelho e extensão do próprio corpo, e se reconhece como o único objeto de desejo dela — fantasiando um desejo incestuoso pela mãe.
Já no segundo tempo, Freud explica que o pai se torna presente como uma figura proibidora, tanto das atividades cotidianas desenvolvidas pela criança quanto da sua fantasia de desejo pela mãe. Aqui, é muito comum discursos como “cuidado que seu pai pode brigar com você” e “vou chamar o seu pai para conversar com você”, normalmente proferidos pela mãe.
Quando a criança atinge uma maturidade um pouco mais desenvolvida, o pai aparece como uma figura de identificação, já no terceiro tempo. Nesse período, é o nosso pai cotidiano, que tem seus defeitos e qualidades e são reconhecidos pela criança. Assim, o complexo se dissolve por completo.
Dessa forma, baseando-se nos três tempos, Freud descreveu sua teoria apontando as possíveis consequências de um complexo de Édipo mal resolvido.
Cada tempo do mito edipiano tem idades diferentes que representam a maturidade da criança, tanto cognitiva quanto emocional. Via de regra, o período completo dura dos três aos cinco anos.
Durante esse momento conflituoso, a criança vai percebendo que não é mais o centro da atenção dos pais e começa a percebê-los como figuras distintas que fornecem amor, carinho, mas também frustrações — ao proibir alguns de seus comportamentos e atitudes.
Para a Psicologia, o complexo de Édipo garante uma sustentação teórica fundamental para analisar o dia a dia das pessoas e fazer uma psicoterapia de qualidade. Para quem não é profissional da área, conhecer as diferentes fases do mito edipiano fornece uma melhor compreensão da realidade, sobretudo familiar e sexual.
Durante seus estudos, Freud constatou a extrema importância do complexo de Édipo como uma maneira de explicar como os adultos agem da forma que agem. Em outras palavras, ao analisar esse período vivido, é possível compreender as atitudes que são tomadas no dia a dia, tanto dos adolescentes quanto dos adultos.
Isso acontece porque, durante os três tempos, o menino deve se identificar com a figura paterna e reconhecer na figura materna as qualidades femininas que serão buscadas em um futuro relacionamento. Justamente por isso, dependendo de como cada sujeito vive o seu complexo, algumas consequências negativas podem acontecer, como: ciúme excessivo, submissão, forte dependência afetiva, opressão e violência contra o gênero oposto.
Uma das principais funções do complexo de Édipo é o reconhecimento das limitações da vida. Embora seja um tema que envolva muito a sexualidade, Freud compreende que não se restringe somente a isso e trabalha questões como a dificuldade de lidar com as frustrações a partir do período edipiano.
Para facilitar: quando o menino compreende que a sua mãe não pode ser o seu objeto de amor, ele deve lidar com essa frustração para, então, identificar como ele desejará uma mulher no futuro. E mais, ao olhar para o pai, reconhece quem ele quer ser no futuro, consolidando sua masculinidade.
Dessa forma, esse período permite a descoberta do objeto de amor, assim como a aceitação das limitações e das imposições que a vida traz, identificando um ideal a ser seguido e aceitando o próprio gênero.
Até agora, falamos somente dos meninos. No entanto, Freud não deixou de lado esse período crítico na vida das mulheres e desenvolveu o complexo de Édipo invertido, conhecido popularmente como complexo de Electra — termo desenvolvido por Carl Jung, um grande estudioso de Psiquiatria, Psicologia e Psicanálise — ou complexo de Édipo feminino.
O funcionamento é igual ao do de Édipo, basta inverter os papéis. Nesse sentido, a menina reconhece seu pai como objeto de desejo e se identifica com a mãe durante o terceiro tempo, consolidando sua feminilidade.
Em 1924, Freud publicou o livro O Ego e o ID e outros trabalhos, em que ele contou sobre a dissolução do complexo de Édipo e seus reflexos durante a vida. Embora seja um tema bastante complexo, é possível entender a dissolução como um momento de fixação inconsciente do período edipiano.
Isso significa dizer que o menino irá introjetar tudo aquilo que foi vivido durante os três tempos, buscando seu objeto de desejo e mantendo como referência de masculinidade o seu pai. Enquanto isso, a menina assume sua feminilidade por meio do que foi experimentado no complexo em busca do seu objeto de amor.
É muito comum aparecerem frases de grandes teóricos e estudiosos nas provas. Abaixo, separamos algumas frases do complexo de Édipo que podem aparecer em diferentes concursos para você se preparar. Confira!
Compreender as funções do complexo de Édipo, sua dissolução e como ele atua diretamente na vida de todas as pessoas é fundamental para reconhecer como podem surgir as dificuldades da vida. Ainda, para quem está estudando para o vestibular, é um tema de extrema importância, que contextualiza perguntas de Filosofia e Sociologia.
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