A História e a Filosofia são marcadas pela evolução e surgimento de várias correntes de pensamento. O modo de avaliar, estudar e analisar fenômenos da vida e da natureza interfere diretamente na maneira como se faz ciência no mundo.
Dentro dos movimentos e posicionamentos filosóficos, o empirismo ganha destaque, estando presente em inúmeros estudos, teorias e linhas de pensamento ao longo da história.
Neste post, trouxemos tudo que você precisa saber sobre o empirismo e seus principais nomes. Confira!
O empirismo é uma teoria de pensamento filosófico que tem como princípio a noção de que o conhecimento vem, principalmente, das experiências sensoriais. Assim, toma como base a habilidade para analisar a natureza, de modo a rejeitar toda e qualquer doutrina e dogma sem fundamento científico.
O empirismo é caracterizado pelo conhecimento da ciência, sendo que a sabedoria é adquirida pelas percepções sensoriais, sem depender de objetivos e significados primários. Consiste em uma teoria epistemológica que diz que todo e qualquer conhecimento deve ser fruto de uma experiência, sendo que essa é a responsável por estabelecer valores, origens e limites desse saber.
No viés científico, a filosofia empírica valoriza as provas e evidências, principalmente porque elas são obtidas por meio da realização de experimentos. Parte fundamental do método científico, as práticas são a base para contrapor simples observações da natureza, descartando intuições ou revelações de qualquer tipo.
Dessa maneira, o empirismo é responsável por dar valor ao conhecimento científico e às experimentações, de modo que sua aplicação permitiu que o homem passasse a buscar respostas por meio de resultados práticos. Foi a partir do empirismo que surgiu a metodologia científica.
O pensamento empírico tem sua origem na Antiguidade Clássica, era na qual havia uma separação clara entre o conhecimento para experiência e o resultado. Técnica e trabalho produtivo guiavam esse pensamento, no que tem sido chamado na história como artes e artesanato.
Além disso, havia a distinção do que era considerado um ideal de conhecimento teórico, compreendendo duas áreas distintas:
Na Grécia, essa linha de pensamento regeu os conhecimentos científicos, sendo que a última expressão nesse sentido é a metafísica e as noções de ética. Nesse sentido, essa separação tinha um caráter social muito forte, já que a prática na produção era considerada tarefa de escravos e comerciantes, enquanto o conhecimento filosófico e a sabedoria ficavam restritas à nobreza e aos homens livres.
Séculos mais tarde, o empirismo evoluiu, principalmente por meio de pensadores britânicos como Francis Bacon, Thomas Hobbes e John Locke, os quais serão abordados na sequência deste post.
O empirismo foi abordado, enquanto corrente filosófica, por diversos nomes ao longo da História. Os principais nomes dessa linha de pensamento são:
O principal nome da teoria do empirismo foi, sem dúvidas, o filósofo inglês John Locke (1632 – 1704). A linha defendida por ele ficou conhecida como Empirismo Britânico, tendo influenciado vários outros filósofos ao longo da história.
Locke defendia que a experiência era a responsável por construir as ideias na mente das pessoas, segundo diz em seu livro “Ensaio Acerca do Entendimento Humano”, publicado no ano de 1690. Logo no começo do livro, Locke diz que “só a experiência preenche o espírito com ideias”.
Sua principal defesa dessa linha de pensamento era, na verdade, uma crítica ao conceito das ideias inatas, que já existem na mente. Para ele, qualquer ideia que alguém tem não nasce com a pessoa, mas é adquirida por meio das práticas.
John Locke prega que as experiências são, então, os sentidos e sensações. Cada um dos sentidos é responsável por levar informações para o cérebro. Um bom exemplo é o que diz que, quando alguém nasce, não sabe o que é uma maçã. Na verdade, a ideia do que é essa fruta é criada a partir dos sentidos. Habilidades visuais indicam cor e forma, o olfato explicita seu aroma, o paladar mostra o sabor.
A partir desse raciocínio, Locke deduz que as ideias de uma pessoa são, na verdade, um reflexo daquilo que se experimenta. Para ele, as pessoas são como folhas em branco ao nascer e seus sentidos e experiências serão os responsáveis por preencher esse vazio.
Locke até mesmo antecipou algumas críticas ao seu pensamento, como forma de defendê-lo. Contra o argumento de que as pessoas são capazes de conceber ideias nunca antes experimentadas, como seres mitológicos, religiosos e fantasiosos, o filósofo contrapõe que esse tipo de ideia é, na verdade, a junção de outras já experimentadas.
Uma sereia, por exemplo, nada mais é do que a junção de uma mulher com um peixe. Até mesmo as projeções e idealizações de personagens religiosos obedecem, então, a uma personificação de sujeitos já idealizados. Por isso, a imagem de Deus é sempre retratada como a de um homem.
O empirismo e o racionalismo são considerados duas correntes de pensamento filosófico opostos. Enquanto o empirismo valoriza as ciências experimentais, o racionalismo busca explicar os fenômenos a partir do estudo das ciências exatas.
Segundo essa linha de pensamento, o conhecimento só será alcançado por meio do bom uso da razão. Esse argumento é justificado a partir da ideia de que as informações obtidas por meio dos sentidos podem estar erradas, uma vez que a percepção é subjetiva.
Assim, o racionalismo defende que os conhecimentos devem ser provenientes única e exclusivamente da razão humana, sendo que só por meio dela é possível se alcançar a verdade.
As linhas de pensamento filosófico são fundamentais para entender a maneira como se faz ciência e como se experimenta os fenômenos naturais no mundo. O empirismo é uma dessas correntes filosóficas que mais influenciou e continua influenciando a ciência atualmente.
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