Hora de entender tudo o que você precisa sobre essa teoria para arrasar no Enem
O texto de hoje é sobre a teoria malthusiana, conceito muito importante dentro da Geografia. Ela aborda a demografia impactada na ocupação do espaço. Esteja preparado para a prova de Ciências Humanas, tire todas suas dúvidas sobre malthusianismo agora mesmo.
Durante o século XX, os países mais pobres apresentavam altas taxas de fecundidade e, consequentemente, de crescimento vegetativo. Esse fenômeno fez ressurgir a teoria desenvolvida por Thomas Malthus no século XVIII. Mas você sabe realmente o que é a teoria malthusiana?
No ano de 1798, foi publicado o livro chamado “Ensaio sobre o princípio da população“, escrito por esse economista britânico. A teoria de que a fome e a pobreza no mundo eram perenes foi defendida, e de acordo com sua leitura, a população mundial crescia e continuaria crescendo a um ritmo mais acelerado do que a produção alimentícia.
Malthus concluiu esse argumento baseando-se na ideia de que o crescimento demográfico ocorreria em progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16…) e dobraria de tamanho a cada 25 anos, em contrapartida da produção de alimentos que cresceria em progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5…). Essa teoria deu segmento a diversos estudos em demografia e economia no século XVIII e nos seguintes.
No contexto dessa teoria, a pobreza era relacionada a algo “natural e inevitável”, porque a imposição exercida pelo aumento populacional sobre o planeta era uma “lei inquestionável”. A partir daí, as políticas aplicadas para reduzir a pobreza seriam ineficazes, pois levariam ao crescimento da população e, consequentemente, ao aumento da destruição dos recursos naturais.
Atribuía-se à elevada taxa de fertilidade nas classes mais pobres a culpa da sua pobreza, evidenciada pelas doenças, pelas moradias precárias e pela fome. Essa linha de pensamento defendia as elites econômicas e políticas, que eram isentas de suas obrigações para com a dificuldade dos mais pobres.
Não era culpa da falta de empregos, da política de desapropriação de terras ou do elevado custo dos alimentos, era simplesmente o crescimento populacional.
A teoria demográfica malthusiana sofreu algumas críticas, entre as quais se destacam:
As correntes de pensamento do Iluminismo criticaram as ideias de Malthus. Porém, na metade do século XX, houve uma explosão demográfica, ela trouxe novamente a ideia de que o crescimento populacional é o responsável pelos problemas sociais e da pressão sobre os recursos do planeta.
O neomalthusianismo foi criado nas décadas de 1950 e 1970, época que apresentou altas taxas de fecundidade nos países do então chamado Terceiro Mundo. Foi desenvolvido por governantes e intelectuais dos países capitalistas ricos e, na visão dos neomalthusianos, as nações pobres da América Latina, África e da Ásia apresentavam essa condição exatamente pelo elevado índice de crescimento demográfico.
Os teóricos descartavam a Divisão Internacional do Trabalho vigente na época. Ela manteve os países ricos e industrializados acumulando a maior parte do capital, além de dominarem todo o processo produtivo e tecnológico. Já os países pobres eram exportadores de produtos primários ou produtos industrializados com baixo valor agregado.
Os setores econômicos e políticos dos próprios países subdesenvolvidos mantiveram esse mesmo discurso para justificar a ineficiência das suas políticas públicas e das iniciativas privadas.
O neomalthusianismo deu margem para a aplicação de políticas governamentais de controle da natalidade. Essas práticas pretendiam frear a explosão demográfica e, consequentemente, o subdesenvolvimento. Entretanto, deve-se ressaltar o contexto desse fato que aconteceu durante a Guerra Fria, quando a elite capitalista temia que a situação de extrema pobreza dos países subdesenvolvidos os levassem a buscar soluções no socialismo.
Dessa maneira, o controle da natalidade era formulado pelos países de primeiro mundo que disponibilizavam pílulas anticoncepcionais, além de incentivar a realização de vasectomia e laqueadura na população dos países subdesenvolvidos.
O subdesenvolvimento permaneceu em dezenas de países no final do século XX e início do XXI, provando que a tentativa de conter o crescimento demográfico não solucionava a pobreza. Isso mostra que as raízes histórico-econômicas desse problema são muito mais complexas e ele deve ser enfrentado por meio de projetos que promovam o acesso de toda a população aos bens essenciais à vida humana.
As políticas governamentais voltadas para o controle da natalidade ganharam destaque em alguns países, seja para aumentar a população ou mantê-la reduzida. No primeiro caso, por exemplo, estão os países europeus. No segundo caso, destaca-se a China, que possui a maior população do planeta (cerca de 1,34 bilhão de habitantes, de acordo com censo de 2010) desde o fim da década de 1970. A lei chinesa determina que as famílias do meio rural tenham dois filhos caso o primeiro nasça mulher, já as famílias que moram nas cidades podem ter apenas um filho.
Agora que você já sabe tudo sobre a teoria malthusiana, pode respirar aliviado de ter revisado a matéria completa. Debata com seus amigos e professores para tirar as dúvidas que restaram. Fique atento ao nosso blog para mandar bem no Enem e entrar na universidade que deseja.
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