De tempos em tempos, aparecem notícias sobre um novo eclipse solar, que ocorrerá em tal dia e certo horário, podendo ser observado do mundo inteiro. Muitas pessoas param suas atividades apenas para observar esse fenômeno natural, que, geralmente, dura pouquíssimo tempo.
Neste post, você vai descobrir tudo o que precisa saber sobre os eclipses solares! Acompanhe a leitura até o fim e entenda os fenômenos, as formas de ocorrência e os diferentes tipos!
Um eclipse solar é um fenômeno astronômico, que ocorre quando a Lua se coloca entre a Terra e o Sol, criando uma sombra projetada na superfície do planeta. Quando isso acontece, por um certo tempo, a área afetada fica completamente no escuro durante o dia.
Durante o eclipse, é possível olhar para o sol e ver apenas um anel exterior — representativo da luz solar, que não é completamente escondida pela Lua — ou mesmo não ver nada. Em alguns locais do planeta, é possível perceber uma diminuição considerável na luminosidade. Já em um ponto específico, o dia fica na mais completa escuridão.
O eclipse solar acontece apenas nos momentos em que a Lua está na fase nova e se alinha com o Sol e a Terra. Ocorre apenas eventualmente, uma vez que as órbitas da Terra e da Lua têm diferentes formatos e se encontram em posições distintas. Até mesmo a inclinação entre os planos é diferente, o que faz com que um eclipse não seja algo rotineiro.
Se assim o fosse, teríamos um eclipse lunar a cada fase de lua cheia e um eclipse solar sempre que houvesse uma lua nova. Por isso, o alinhamento dos astros tende a ser um fenômeno mais raro, sendo noticiado e antecipado com certa previsão pelos astrônomos.
Do ponto de vista terrestre, a Lua consegue eclipsar o sol por uma simples questão de perspectiva. Como a diferença de tamanhos entre os astros é colossal, teoricamente, o satélite não seria capaz de bloquear completamente a luz solar. Mas, como a Lua está muito mais próxima da Terra que o Sol, a perspectiva faz com que o astro seja bloqueado total ou parcialmente.
O processo de formação de um eclipse solar consiste na passagem da Lua em frente ao Sol, bloqueando sua luz e projetando uma sombra sobre a Terra. Assim sendo, é fácil entender que ocorrem algumas fases distintas.
Num primeiro momento, nos 90 minutos iniciais, ocorre o primeiro “contato” entre a imagem da Lua e do Sol, criando um eclipse parcial. A temperatura baixa e a luminosidade também.
Em seguida, é possível observar uma grande coluna de sombra, vinda do Oeste, movendo-se rapidamente, a cerca de 2.800 km/hora. Essa observação é mais fácil se você estiver em um local elevado. A temperatura pode diminuir até 10 graus, ocorrem ventanias e os animais tendem a ficar perturbados.
Na totalidade do eclipse, é possível observar sombras inconstantes, que se movem por toda a superfície terrestre. No que é chamado de “anel de diamante”, vemos os últimos raios da região de luz opaca, conhecida como fotosfera. Nesse momento, a observação dos ventos solares é mais nítida.
O céu ganha uma coloração azul acinzentada, enquanto o horizonte da paisagem se mantém iluminado. A percepção é semelhante ao crepúsculo, período que antecede o anoitecer de todo dia. É possível observar, rapidamente, as estrelas mais brilhantes e alguns planetas. Apenas nesse momento é possível encarar diretamente o eclipse sem nenhuma proteção ocular.
Os eclipses solares duram, em média, 7 minutos. Em 15 de janeiro de 2010, um eclipse solar anelar foi registrado como o mais longo de todo o milênio, durando 11 minutos e 7,8 segundos.
A palavra “eclipse” tem como origem o termo grego ékleipsis, que significa desaparecimento. Registros históricos datam as observações dos eclipses de milênios atrás, no ano de 2.138 a.C., na Babilônia.
Como o conhecimento acerca desse fenômeno era escasso, muitos associavam sua ocorrência com alguma espécie de mitologia. Na Grécia Antiga, por exemplo, em 1.184 a.C., um eclipse total do Sol foi considerado como a manifestação da fúria dos deuses.
Em vários registros históricos da humanidade, a ocorrência documentada de eclipses ajuda a marcar a cronologia, principalmente de acontecimentos do Oriente Antigo, da Grécia Antiga e do Império Romano.
Existem quatro categorias diferentes de eclipses solares, que variam de acordo com o ponto de vista observacional e da projeção de sombra e luz sobre a superfície da Terra. Abaixo, explicamos quando cada um deles ocorre.
O eclipse solar parcial acontece quando apenas uma parte do Sol é bloqueada pela Lua. Da Terra, a observação é de um crescente solar, onde ainda é possível ver boa parte do Sol.
Já o eclipse solar total ocorre quando o Sol é completamente encoberto pela Lua, tendo toda sua luz bloqueada. Do ponto de vista de um mesmo local da Terra, ocorre apenas de 400 em 400 anos, apesar de sua frequência ser um pouco maior, se desconsiderarmos a sua localização exata no planeta.
Também conhecido como eclipse solar anular, esse tipo acontece simplesmente porque o diâmetro angular da Lua é menor que o do Sol. Dessa maneira, o satélite cobre apenas a porção central do astro. Do ponto de vista observacional da superfície terrestre, o efeito é de um anel luminoso.
Por fim, se considerarmos a relatividade da observação da superfície solar, podemos considerar o eclipse solar híbrido. Nesse caso, dependendo do local de onde é observado, o eclipse pode ser anelar ou total.
O ano de 2018 registrou três eclipses solares parciais. Eles aconteceram nos dias 15 de fevereiro, 13 de julho e 11 de agosto. Entretanto, apenas o evento de fevereiro foi visível no Brasil. E, ainda assim, apenas as cidades no extremo sul brasileiro conseguiram observar o fenômeno.
Já o eclipse solar parcial de julho pôde ser visto da Austrália. E o de agosto esteve visível na Europa e na Ásia. A previsão é que um eclipse solar total no Brasil só será visível em 2045.
Eclipses solares são fenômenos astronômicos muito interessantes de serem observados. Como ocorrem, de maneira total, em intervalos muito longos para a observação humana, não é difícil entender toda a movimentação das pessoas para vê-lo.
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