A energia na física pode ser expressa em diversas formas: potencial gravitacional, elástica, elétrica, calorífica etc. Nesse contexto, podemos também analisar esse parâmetro físico quando uma partícula ou objeto qualquer (desde que contenha massa) adquire uma certa velocidade, surgindo assim a energia cinética.
Um tema muito cobrado nos vestibulares, o conceito de energia cinética precisa ser muito bem explicado para que o estudante não o confunda com as outras formas de energia. Além disso, vale destacar também como calcular a energia cinética, até porque, essa conta matemática exige do estudante a aplicação e interpretação de uma fórmula bastante conhecida, e que veremos logo a seguir.
Desse modo, confira o que é energia cinética, qual a sua fórmula, o que é teorema da energia cinética e como que essa matéria pode aparecer no Enem!
Energia cinética nada mais é do que a quantidade de energia mecânica (dada em joules) que um objeto consegue acumular devido ao seu movimento. Em outras palavras, é a energia que um corpo adquire ao se deslocar a uma dada velocidade.
Cabe destacar para o estudante que não importa se a velocidade do objeto em questão é baixa, isto é, se há deslocamento (mesmo que mínimo) podemos afirmar, com certeza, que a partícula tem uma energia cinética associada.
Já o teorema da energia cinética é uma análise física da mecânica clássica que consegue relacionar o trabalho realizado sobre um corpo pela sua variação da energia cinética ao longo de um trajeto. Dessa forma, o teorema da energia cinética diz que o trabalho (em joules) é igual à diferença entre a energia cinética final e a energia cinética inicial de um corpo qualquer com massa.
Para calcular a energia cinética de um objeto com massa “m” e velocidade “v” devemos aplicar a fórmula Ec = mv²/2, onde:
O teorema da energia cinética é expresso pela fórmula Tab = Ecf – Eci, onde:
Confira abaixo duas questões que abordam o tema energia cinética.
1) Um motorista conduzia seu automóvel de massa 2000 kg que trafegava em linha reta, com velocidade constante de 72 km/h, quando avistou uma carreta atravessada na pista. Transcorreu 1 s entre o momento em que o motorista avistou a carreta e o momento em que acionou o sistema de freios para iniciar a frenagem, com desaceleração constante igual a 10 m/s2. Desprezando-se a massa do motorista, assinale a alternativa que apresenta, em joules, a variação da energia cinética desse automóvel, do início da frenagem até o momento de sua parada.
a) + 4,0.105
b) + 3,0.105
c) + 0,5.105
d) – 4,0.105
e) – 2,0.105
Alternativa correta letra “d”. Como o automóvel parou, ao final a energia cinética é zero. Considerando ainda a massa m = 2000 kg, e que a velocidade de 72 km/h se equivale a 20 m/s (basta dividir por 3,6 para realizar a conversão km/h para m/s), temos:
EC = (m.v2) ÷ 2
EC = (2000. 202) ÷ 2
EC = (2000.400) ÷ 2
EC = 800000 ÷ 2
EC = 400000 = 4. 105 J
Sendo assim, a variação da energia cinética será dada pela diferença entre a energia cinética final e a inicial.
ΔEC = 0 – 4 . 105
ΔEC = – 4 . 105 J
2) O bate-estacas é um dispositivo muito utilizado na fase inicial de uma construção. Ele é responsável pela colocação das estacas, na maioria das vezes de concreto, que fazem parte da fundação de um prédio, por exemplo. O funcionamento dele é relativamente simples: um motor suspende, através de um cabo de aço, um enorme peso (martelo), que é abandonado de uma altura, por exemplo, de 10m, e que acaba atingindo a estaca de concreto que se encontra logo abaixo. O processo de suspensão e abandono do peso sobre a estaca continua até a estaca estar na posição desejada.
É CORRETO afirmar que o funcionamento do bate-estacas é baseado no princípio de:
a) transformação da energia mecânica do martelo em energia térmica da estaca.
b) conservação da quantidade de movimento do martelo.
c) transformação da energia potencial gravitacional em trabalho para empurrar a estaca.
d) colisões do tipo elástico entre o martelo e a estaca.
e) transformação da energia elétrica do motor em energia potencial elástica do martelo.
Alternativa correta letra “c”. Ao cair, há no martelo uma gradual transferência de energia potencial gravitacional em energia cinética. Desse modo, ao entrar em contato com a estaca (a uma velocidade consideravelmente alta) o martelo consegue imprimir uma força capaz de realizar trabalho, deslocando assim a estaca.
É fundamental o estudante não confundir energia potencial gravitacional com energia cinética. Desse modo, ao ler “energia potencial”, automaticamente o aluno deve associá-la a uma energia oriunda da altura em metros de um objeto em relação a uma superfície. Em outras palavras, quanto maior a altura de um corpo, maior a sua energia potencial gravitacional acumulada.
Outro ponto importante é memorizar a fórmula da energia potencial Ep = mgh, onde:
Portanto, após entender o que é energia cinética, bem como compreender a forma correta de se fazer o seu cálculo, o estudante consegue perceber que essa matéria é extremamente importante no campo da física. Além disso, vale ressaltar que a energia cinética de um corpo em deslocamento pode ser associada ao trabalho em joules realizado por ele mesmo, basta o aluno definir o ponto final e inicial e aplicar o teorema da energia cinética.
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