Geografia

Acordo de Paris: Resumo, Objetivos e Importância

Devido aos graves abalos ambientais sofridos ao longo dos anos no planeta Terra, principalmente após a Revolução Industrial, vários tratados internacionais foram criados para tentar diminuir a emissão de gases poluentes. Entre eles está o Acordo de Paris.

Para você aprender mais sobre esse tema de extrema importância em questões do Enem e vestibulares, elaboramos este post com informações bem didáticas. Acompanhe!

O que é o Acordo de Paris?

Assinado por 195 países em uma conferência que aconteceu na cidade de Paris, na França, o acordo foi um compromisso das nações para combater os efeitos do aquecimento global.

A reunião, intitulada Conferência das Partes (COP 21), ocorreu em 2015 e foi organizada pelas Nações Unidas com foco no combate às mudanças climáticas ocorridas ao redor do mundo em razão da poluição.

De uma forma geral, o Acordo de Paris resultou em um documento com 29 artigos no qual é reconhecido que o aquecimento global é um processo que necessita ser revertido. Afinal, a humanidade prejudicará sua própria existência caso não adote medidas que reduzam a emissão de gases poluentes, como o gás carbônico.

A discussão também colocou em pauta assuntos que dizem respeito à melhoria da qualidade de vida no planeta por meio de atitudes que transformem a realidade das pessoas que vivem em países pouco desenvolvidos.

Entre os tópicos abordados está a valorização dos direitos humanos, o acesso à saúde, os direitos dos povos indígenas, o desenvolvimento das comunidades locais, a situação dos imigrantes, a importância do empoderamento feminino etc.

Objetivo do Acordo de Paris

O objetivo do Acordo de Paris foi estabelecer uma meta que fosse útil na busca pela manutenção da temperatura do planeta Terra.

Assim, os representantes chegaram a um consenso de que as medidas ambientais deveriam fazer com que o aumento da temperatura média ficasse abaixo de 2 °C acima dos níveis pré-industriais. Além disso, os esforços limitaram o aumento da temperatura até 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais.

Para que isso fosse realmente concretizado, os países desenvolvidos se prontificaram a destinar recursos financeiros às nações mais pobres, com o intuito de incentivar ações que combatam os efeitos das mudanças climáticas.

O Acordo de Paris foi aprovado por pelo menos 100 dos 195 países que estavam na reunião que culminou no Pacto Global, entrando em vigor no dia 4 de novembro de 2016. Outro fator preponderante foi a ratificação de 55 países responsáveis por mais de 55% das emissões de gases de efeito estufa do mundo em prol do acordo, transformando-o em lei.

No entanto, houve uma grande reviravolta em razão do anúncio da saída dos Estados Unidos do acordo assim em que o presidente Donald Trump foi eleito, em 2017. Logo mais explicaremos os desdobramentos dessa situação.

Entenda o contexto histórico do aquecimento global

A Terra começou a sofrer as consequências do aquecimento global a partir da Revolução Industrial. Com a introdução das máquinas movidas a carvão e, logo em seguida, por petróleo no pré-modernismo, a atmosfera começou a receber uma quantidade exorbitante de gás carbônico.

Ao dar preferência ao uso do petróleo como fonte de energia de carros em detrimento do sistema elétrico, a poluição tomou rumos inimagináveis. O consumo exacerbado, a utilização massiva de plástico, os desmatamentos, a contaminação de rios e mares e outros problemas ambientais só pioraram a situação.

Com isso, o aquecimento global chegou ao extremo no século XX, com uma elevação média de 0,7 °C na temperatura do planeta, sendo considerado o período mais quente desde a última glaciação.

É por essa razão que a população está enfrentando várias situações nunca antes vividas, como avanço dos oceanos, aumento do calor, derretimento das geleiras e mortes de inúmeras espécies.

Na luta para combater a poluição, vários encontros foram realizados ao longo das décadas, como Conferência de Estocolmo (1972), Protocolo de Montreal (1987), Rio 92, Protocolo de Kyoto (1997), entre outros.

Acordo de Paris: resumo

Resumidamente, o Acordo de Paris foi um pacto global firmado em uma reunião na cidade francesa em 2015 com o objetivo de incentivar os países a reduzirem a emissão de gases causadores do efeito estufa.

Ao todo, 195 nações assinaram o documento que continha 29 artigos, mas ele só entrou em vigor um ano depois, quando 100 países aprovaram o acordo, com a ratificação de 55 que mais emitem gases poluentes na atmosfera.

O Acordo de Paris sofreu um revés em 2017, quando o presidente eleito Donald Trump anunciou a saída do país norte-americano dos compromissos firmados. Foi um grande abalo pelo fato da nação norte-americana ser uma grande poluidora.

Além de estabelecer uma meta para o aumento da temperatura média do planeta, a conferência ainda estabeleceu contribuições financeiras dos países ricos aos menos desenvolvidos. Ao todo, os financiamentos devem atingir US$ 100 bilhões por ano, com compromissos revistos a cada cinco anos.

Brasil no Acordo de Paris

O Brasil foi favorável ao Acordo de Paris e se comprometeu a reduzir em até 37% as emissões de gases poluentes até 2025 em comparação aos níveis de 2005. O país ainda estabeleceu uma meta de diminuição em até 43% dos índices até 2030.

Para isso, políticas ambientais foram criadas, como leis que obrigam as fábricas a instalarem filtros em suas linhas de produções, além de ações mais rígidas para o combate ao desmatamento.

Apesar de todas essas iniciativas, os avanços foram tímidos e o país ainda sofre imensamente com a poluição, sendo refém do uso do petróleo em grande escala, principalmente no transporte rodoviário.

Veja alguns pontos que receberam o aval do governo:

  • aumento do uso de fontes alternativas de energia;
  • reforço de até 18% na utilização de bioenergias sustentáveis na matriz energética até 2030;
  • uso de energia limpa nas indústrias;
  • reflorestamento de até 12 milhões de hectares;
  • melhora da infraestrutura de transportes;
  • combate ao desmatamento.

Por que os EUA querem sair do Acordo de Paris

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em junho de 2017 a saída do Acordo de Paris, apesar de seu antecessor, Barack Obama, ter aprovado os compromissos ambientais um ano antes.

A decisão de Trump foi notificada à Organização das Nações Unidas (ONU) em 2019 e o processo ainda está sendo formalizado. Trump tomou essa decisão por achar que o documento traz vantagens a outras nações, além de o presidente se opor declaradamente à ideia de aquecimento global.

Com a saída do país, a ONU estima que a temperatura na Terra deva aumentar cerca de 0,3 °C pelo fato de os Estados Unidos serem um grande responsável pela poluição no planeta. Consequentemente, Trump foi alvo de várias manifestações e críticas por parte de autoridades, mas continua firme em sua decisão.

É de se imaginar que ocorram mais encontros relativos ao Acordo de Paris, e mais capítulos deverão ser adicionados aos compromissos até então estabelecidos. Aproveite e mantenha-se sempre informado sobre o assunto, pois certamente ele estará na sua prova entre as questões de atualidades.

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Stoodi

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