Existe um paradoxo no mundo. Ao mesmo tempo em que as pessoas estão cada vez mais conectadas em razão das tecnologias, o analfabetismo ainda é uma realidade e atinge milhões de seres humanos acima de 15 anos. Índice que persiste por conta de modelos antigos de educação, corrupção e ausência de políticas públicas direcionadas ao problema.
Assim, muita gente nasce, vive e morre sem aprender a ler e escrever. Um dado triste que sempre está presente em questões de Geografia. Quer aprender mais sobre o assunto? Então continue lendo!
Apesar de ser aplicado às pessoas que não aprenderam a ler ou escrever, o termo analfabetismo pode ir bem além, pois ele também é utilizado para situações em que há baixa ou zero instrução para algo.
Por exemplo, um cidadão que não tenha aprendido a ligar e muito menos utilizar as ferramentas de um computador. Essa situação faz com que se torne um analfabeto digital, principalmente pela ausência de acesso à internet.
Quem nunca vota em eleições e prefere nem comentar temas pertinentes à administração pública é visto como um analfabeto político, ou seja, o analfabetismo está ligado à falta de aprendizagem para algo.
Inclusive, as pessoas que conseguem ler poucas palavras e escrevem apenas o nome são conhecidas como analfabetas funcionais. É o que abordaremos agora. Confira!
Com já citamos acima, existem vários tipos de analfabetismo no mundo, situação que se repete no Brasil.
O analfabetismo digital acontece quando um cidadão não consegue entender as ferramentas existentes no universo da computação. Dessa maneira, a pessoa não sabe utilizar um editor de textos e muito menos a navegar na internet.
No entanto, a situação vai além e faz referência também à falta de acesso à internet, o que engloba ainda insegurança na navegabilidade.
Trata-se de um aspecto que necessita de muitos avanços no Brasil, pois o acesso à rede ainda é deficitário e faz com que muita gente seja excluída dos avanços tecnológicos.
Apesar de grande parte da população possuir celulares, nem todas as pessoas têm acesso à internet. Assim, o analfabetismo digital está ligado também a confiança na rede, segurança e uso da internet tão quanto aos incentivos públicos voltados ao acesso.
Dentro dessa realidade, o Brasil encontra-se na colocação número 31 entre 100 países, ou seja, a educação digital ainda precisa avançar muito por aqui.
Sabe aquelas pessoas que levam ao pé da letra o ditado popular que diz: “política, religião e futebol não se discutem”? Pois muitas delas podem ser analfabetas políticas.
O termo faz referência aos cidadãos que não sabem nada sobre os acontecimentos políticos e nem se preocupam em explorar o tema.
Além disso, preferem anular ou votar em branco nas eleições e não acompanham nem mesmo a trajetória da prefeitura de suas cidades. São pessoas alheias aos acontecimentos políticos e que não sabem as funções do Legislativo e Executivo.
Com isso, deixam de participar do processo democrático e acabam ficando estagnadas nesse sentido. Os analfabetos políticos não têm consciência e, muitas vezes, acreditam que seus representantes só servem para roubar.
Muito comum no Brasil, o analfabetismo funcional faz referências aos indivíduos que reconhecem números e letras, mas não conseguem interpretar um texto e muito menos realizar uma simples operação matemática.
Trata-se de uma situação que atinge milhões de pessoas, principalmente aquelas que nunca leram sequer um livro ao longo da vida.
Apesar de compreenderem o que diz o conteúdo, elas não conseguem entender e muito menos interiorizar os argumentos, ou seja, leem, mas não entendem. Dentro do analfabetismo funcional, existem três níveis.
É quando as pessoas conseguem ler e entender títulos e frases curtas. Elas sabem contar os números e até mesmo realizar contas básicas. Trata-se da alfabetização rudimentar.
É a alfabetização básica. Os indivíduos conseguem ler pequenos textos, mas não absorvem as informações. Também compreendem grandes números e até mesmo realizam contas básicas.
Nesse nível, as pessoas dominam a leitura, a escrita e os números, mas não conseguem interpretar adequadamente o que leem.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o analfabetismo atinge cerca de 7% da população brasileira, o que corresponde a aproximadamente 11 milhões de pessoas. Elas não conseguem ler nem um simples bilhete, segundo o estudo.
O índice é considerado alto e traz inúmeros problemas ao desenvolvimento do Brasil tão quanto ao próprio indivíduo.
Isso porque junto ao analfabetismo existem outros problemas, como a exclusão social e a ausência de capacitação profissional.
Além disso, o preconceito vigora imensamente e faz com que essas pessoas se sintam inferiorizadas, pois ficam envergonhadas por não saberem ler ou escrever.
A economia também perde, pois a falta de qualificação faz com que essas pessoas percam oportunidades no mercado de trabalho. Afinal, o atual nível de concorrência exige formações e conhecimento técnico em inúmeras funções.
O avanço da tecnologia também modificou o cenário, ou seja, quem não aprende a ler e escrever fica ainda mais excluído, vivendo sempre à margem da sociedade.
Com cerca de 11% da população analfabeta, o Brasil ainda tem muito a avançar nas políticas públicas direcionadas à Educação.
No país, a maior parte dos analfabetos são negros e pardos, atingindo principalmente pessoas com mais de 60 anos.
Segundo o levantamento do IBGE, 9,5% dos brancos não sabem ler e nem escrever, enquanto o índice atinge 27,1% dos negros e pardos.
Entre as regiões, a que mais tem índice de analfabetismo é o Nordeste, seguida pelo Norte e Centro-Oeste. Sul e Sudeste apresentam as menores taxas do Brasil.
Diante da importância do tema, nada melhor do que você se aprofundar nos estudos com foco nos dados sobre o analfabetismo, pois as questões de Geografia sempre exploram esse assunto, seja no Enem ou demais vestibulares.
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