Portanto, a diversidade cultural é um conceito bastante importante e que indica a junção de determinado número de culturas vivendo em um mesmo espaço geográfico. Todo esse conhecimento deve ser problematizado e analisado para que seja possível a construção de um mundo mais igualitário e com respeito às diferenças.
Para saber mais sobre a diversidade cultural, seu significado e quais são as formas de assegurá-la, continue a leitura!
Como o próprio nome indica, diversidade cultural é um conjunto de diferenças vividas por um amplo número de pessoas, que podem estar em um mesmo país ou em uma única cidade e, ainda assim, manter características, crenças religiosas e costumes sociais completamente diferentes entre si.
A diversidade está presente em toda e qualquer sociedade humana, uma vez que é mundialmente reconhecida a capacidade do indivíduo de se inventar, reinventar e de construir a própria identidade diariamente, em um processo que demanda influências mútuas com outros membros da sociedade ou de grupos distintos, que sejam adeptos a outras culturas.
A diversidade cultural pode ser caracterizada pelos elementos como o idioma, crenças, costumes, religião, danças, comida típica, arte etc.
Portanto, a diversidade cultural é o tudo que permite e incentiva as diferenças dentro de uma mesma sociedade, que propõe um papel democratizante, de fato, para que todos possam ter seus espaços de direito dentro de um grupo ou de um país.
A globalização é o fenômeno que faz com que pessoas de diferentes locais do mundo possam se comunicar umas com as outras, como se estivessem em um mesmo ambiente. É uma rede que diminui distâncias geográficas e permite, por exemplo, que uma pessoa que mora no Japão converse com outra que mora no Brasil sem que seja necessário um esforço maior que alguns cliques, aumentando, assim, as trocas culturais.
Desta forma, uma das discussões sobre cultura, identidade e sociedade que está em constante debate é a forma como a globalização interfere no conceito de cultura e na identidade de cada pessoa. A identidade é tudo o que constitui o indivíduo, o que ele é, sente, vê, deseja, enfim, tudo o que o indivíduo conhece.
A globalização, portanto, torna os gostos mais plurais, diversos e descentralizados, superando as barreiras geográficas. Por exemplo, um brasileiro pode se sentir mais à vontade com a cultura japonesa, preferindo animes a filmes nacionais, ou pode preferir o estilo de roupas e cabelos dos habitantes de uma pequena cidade na Suécia. A globalização permite ao indivíduo uma liberdade maior de escolhas.
Com estas mudanças, o mundo torna-se um espaço ainda mais inclusivo, mais diverso, com tolerância aos variados tipos de identidade e de cultura. A diversidade cultural precisa, portanto, dar conta de todas as pessoas e não apenas de determinados grupos.
O Brasil é um dos países com maior influência estrangeira, uma vez que, além dos nativos que já viviam aqui, recebeu colonizadores europeus e ainda escravos e imigrantes de diversos outros países. E, é claro, cada uma dessas pessoas possuíam seus próprios costumes e estilo de vida. Ou seja, o nosso país é um grande exemplo de diversidade cultural.
Infelizmente, até hoje a diversidade cultural não implica em respeito ao próximo. No entanto, reconhecer as diferenças é o primeiro passo para a diminuição de problemas estruturais de intolerância, desrespeito e aversão ao que não é semelhante.
No Brasil, cada região tem uma predominância cultural própria, o que acaba por fazer com que determinadas as características sejam mais comuns em um espaço geográfico, ainda que cada parte pertença a um grupo maior, que é o país.
Com uma região equivalente a quase 50% de todo o território nacional, o Norte do Brasil abriga grandes tesouros — a Floresta Amazônica e o Rio Amazonas são os principais. Enquanto uma é conhecida por ser a maior floresta tropical do planeta, o outro recebe o título de rio mais extenso do mundo.
Diante de toda essa extensão territorial, já seria de se imaginar a cultura riquíssima e a diversidade da região. Todos estes elementos contribuíram para fazer do Norte uma mistura de povos, baseando-se principalmente pelos povos indígenas. Dentre as principais características culturais, podemos destacar os festivais e a sua culinária.
O Festival de Parintins, no estado do Amazonas e a Festa do Círio de Nazaré, em Belém do Pará são conhecidos no mundo todo e estão sempre em evidência nesse canto do país. Ainda, a culinária típica desta região se baseia em alimentos como a mandioca, o tucupi, o jambu, a carne de sol, o pirarucu e diversos outros tipos de pratos.
Essa região comporta cerca de 60% dos estados litorâneos do país e está fortemente ligada a fatos históricos, afinal, foi nela que os primeiros colonizadores portugueses desembarcaram em terras brasileiras. Por conta disso, os estados nordestinos ainda conservam um estilo colonial e atraem milhões de turistas todos os anos.
A Literatura de Cordel é uma grande característica cultural compartilhada no Nordeste, assim como a especialização do artesanato feito com rendas. Além disso, alimentos como o acarajé, vatapá, caruru e broa de milho são bastantes típicos da região. Ainda, essa região ainda conserva eventos culturais que remontam o Brasil Colônia, como as religiões afro-brasileiras, a capoeira e as festas juninas.
Formada pelos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, a região centro-oeste é muito lembrada por suas manifestações culturais representadas pelas festas, pela música e também pelo artesanato ligado a culturas de alguns povos indígenas.
A Festa do Divino e a Festa de São Benedito são duas das mais famosas festas dos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, assim como a galinhada com pequi, a sopa paraguaia, a guariroba e o arroz boliviano são algumas das comidas representativas da região.
O sudeste brasileiro é conhecido por ser uma das regiões mais ricas e densamente habitadas. Formada pelos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, o sudeste é composto pela mistura de diversos grupos, especialmente pelos povos europeus, africanos e indígenas.
Assim como nas demais áreas, o sudeste é famoso por sua culinária, música, dança, festivais religiosos e folclóricos — especialmente fora dos grandes centros urbanos. Festividades de santos padroeiros e demais eventos de cunho religioso estão sempre presentes na região. Ademais, gêneros musicais como o samba, a bossa-nova e o funk estão inseridos no DNA do povo sudestino.
Por fim, a região sul do Brasil é marcada por eventos culturais fortemente ligados aos imigrantes europeus que se instalaram neste canto do país. Formado pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, essa região foi originalmente habitada por índios, e, posteriormente teve a chegada dos escravos africanos com a vinda de colonizadores portugueses e espanhóis.
Os sulistas possuem uma manifestação cultural repleta de tradições vindas junto com os alemães, italianos, japoneses e demais povos da Europa Central e Oriental. O clima frio favoreceu o estabelecimento destes grupos no país e, por isso, a região possui uma arquitetura muito semelhante aos países europeus. Além das tradições de família, essa região do país produz eventos como a Oktoberfest e a Festa da Uva.
A diversidade cultural é algo que faz parte da natureza humana, que celebra as diferenças e faz com que o respeito e a curiosidade sejam desenvolvidos. Sendo assim, o conceito deve ser sempre trabalhado a fim de que o mundo possa se tornar um lugar mais igualitário e seguro para todas as manifestações de identidade.
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