A estrutura da Terra é constituída por todas as partes do nosso planeta e suas interações. Embora esses componentes sejam estudados há algum tempo, apenas no final do século XX os cientistas dispuseram de equipamentos adequados para investigar como esse sistema funciona.
Apesar de a Terra ter se resfriado desde a sua formação, ela continua um planeta agitado, que muda constantemente por meio de atividades geológicas, como vulcanismos, terremotos e glaciações. Esses eventos são governados por dois mecanismos térmicos: um interno e outro externo.
Continue a leitura e conheça mais sobre a estrutura da Terra!
O mecanismo externo da Terra é conduzido pela energia do Sol. O calor solar energiza os oceanos e a atmosfera e é responsável pelas nossas condições climáticas. Chuva, gelo e vento erodem montanhas e moldam a paisagem, enquanto a forma do relevo muda o clima.
A atmosfera é a camada gasosa que envolve o nosso planeta, acompanhando seus movimentos e unida a ele pela ação da gravidade. Essa estrutura é formada por uma mistura de gases que compõe o ar e é indispensável para a existência dos animais e vegetais que habitam a Terra.
Como atua na manutenção do equilíbrio térmico do planeta, a atmosfera fornece o oxigênio necessário à respiração, permite a transmissão do som, a combustão e absorve grande parte da radiação emitida pelo sol. Isso é muito importante, pois apenas a energia necessária à vida chega até a superfície terrestre.
A maior parte da atmosfera é composta por nitrogênio (78%), seguida por oxigênio (21%) e gás carbônico (1%). Apenas uma pequena parte da sua composição apresenta vapor de água e outros gases.
Essa parte da estrutura da Terra ainda pode ser dividida em cinco camadas:
A biosfera reúne todos os ecossistemas presentes na Terra e é a camada na qual são encontrados todos os seres vivos. Ela surgiu junto com os primeiros seres vivos, que começaram a evoluir e se diversificar. Com isso, puderam ocupar diferentes ambientes do planeta.
Para atender às necessidades de todos os seres, é importante que tenhamos fatores abióticos (ou seja, elementos não vivos, mas que controlam a vida, como água, luz, pressão, temperatura e salinidade) e ausência de condições maléficas, como substâncias tóxicas, radiações prejudiciais e grande variação de temperatura. Tudo isso deve estar em equilíbrio para poder satisfazer e sustentar as condições de vida de todos.
Dessa forma, a biosfera não é uma estrutura simples — muito pelo contrário. Por ser resultante de diversos fenômenos físicos e químicos relacionados às ações biológicas dos seres, ela é extremamente complexa e delicada.
É graças à biosfera que os seres vivos podem realizar atividades como respirar e se alimentar, consumindo e produzindo gases que modificam a composição do ar, além de outros produtos metabólicos.
A hidrosfera representa toda a camada de água presente na Terra. Ela inclui desde lagos, rios e oceanos até geleiras, lençóis de água subterrânea e o vapor de água da atmosfera. Por isso, é um nível descontínuo que abrange a água em todos os seus estados físicos (sólido, líquido e gasoso).
A principal característica que diferencia o nosso planeta e que torna possível existir vida na Terra é a presença de água abundante no estado líquido. O maior reservatório são os oceanos (cerca de 97%) e o recurso é renovável, por meio do ciclo hidrológico. No entanto, é necessário saber usar e preservar os recursos hídricos, evitando a poluição das águas, o desperdício e a contaminação dos solos.
O mecanismo interno do planeta é governado pela energia térmica confinada durante a formação da Terra e gerada pela radioatividade nos níveis mais profundos. Esse calor interior influencia os movimentos no manto e no núcleo, fornecendo energia para fundir rochas, movimentar continentes e soerguer montanhas.
Existem dois métodos para investigar a estrutura interna da Terra: o direto e o indireto. O primeiro utiliza a observação, especialmente com o apoio de sondagens, estudo e avaliação de magmas e xenólitos e da exploração de minas e jazigos minerais.
Os métodos indiretos utilizam teorias e cálculos que geram suposições a respeito do interior do planeta. Nesses casos, a geofísica é muito aplicada, pois fornece bons resultados.
A crosta é uma fina camada com cerca de 40 km de espessura. Ela contém materiais relativamente leves e com temperaturas de fusão baixas. A maioria desses compostos é formada por elementos de silício, ferro, alumínio, magnésio, cálcio, sódio e potássio combinados com oxigênio.
O manto está localizado entre a crosta e o núcleo externo da Terra. Essa região forma a maior parte sólida do planeta. A camada abrange profundidades que vão desde 40 a 2.900 km e consiste em rochas com densidade intermediária, em sua maioria compostas por elementos como oxigênio, magnésio, ferro e silício.
Entre o manto e o núcleo interno está o núcleo externo. Ele é formado por ferro e outros elementos pesados, como níquel, e está no estado líquido. Essa constatação ocorreu graças aos avanços da sismologia. É nessa região que o campo magnético da Terra é formado, devido à movimentação do fluido.
O núcleo interno tem a mesma composição química do externo. Nessa porção central, ele é sólido e vai uma de uma profundidade de aproximadamente 5.200 km até o ponto central da Terra (6.400 km).
O motivo para o núcleo interno ser sólido é a pressão, que nessa região é muito alta e faz com que o ferro não consiga fundir. Afinal, a temperatura que qualquer material se funde aumenta com a pressão.
A estrutura da Terra mostra que o nosso planeta é dividido em camadas. Como isso é possível? A resposta está na diferenciação: o resfriamento causou a transformação do planeta em regiões muito importantes para os eventos geológicos e a vida na Terra.
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