O Monte Everest é de fato uma das montanhas mais famosas de todo o mundo: além de ser um local destinado à prática de esportes, é também um tradicional ponto turístico. Reconhecido mundialmente por ser o ponto mais alto da Terra, a escalada do Everest é cobiçada por alpinistas de todas as nacionalidades, atraindo principalmente esportistas que gostam de enfrentar situações extremas.
Entretanto, a subida ao Monte Everest oferece riscos que não estão restritos à temperatura — envolve também questões de diferença de pressão e ar rarefeito (baixa concentração de oxigênio). Desse modo, é interessante saber mais sobre as condições encontradas nesta montanha, bem como suas curiosidades e feitos já realizados.
A montanha está situada na fronteira dos países Nepal e Tibete (continente asiático), numa região conhecida como cordilheira do Himalaia.
A altura do Monte Everest alcança os 8.848 metros acima do nível do mar. Para efeitos de comparação, a altura do monte Everest se aproxima de 9 quilômetros — o equivalente a um prédio de 3.000 andares.
De acordo com a elevação da altitude, a pressão local diminui, o que dificulta as condições de respiração. Isso ocorre porque a concentração de oxigênio no ar também cai significativamente. Considerando a pressão ao nível do mar e condições normais de temperatura, a concentração de oxigênio no ar alcança valores entre 19 e 21%, ideais para a permanência humana.
Acima de 7.500 metros de altitude, a quantidade de oxigênio no ar chega a no máximo 30% da concentração encontrada ao nível do mar, ou seja, chegar à máxima altura do Everest é sinônimo de ter que respirar ar com no máximo 6.3% de oxigênio presente.
Nessas condições são extremas, cientificamente falando, nenhum ser humano consegue ficar mais que 90 minutos sem o auxílio de um tubo de oxigênio.
É difícil falar com exatidão qual é o tempo de escalada, até porque são muitas variáveis envolvidas nesta questão, mas 40 dias é um período razoável para se escalar o monte. Vale ressaltar que o corpo humano precisa se adaptar aos poucos de acordo com a variação da concentração de oxigênio no ar, por isso o tempo demorado de subida.
Evidentemente, a região do Himalaia atrai a atenção de muita gente, seja apenas para admirar a magnífica paisagem, seja para se arriscar e escalar o monte Everest. Por isso, muitos fatos e curiosidades estão presentes na história desta montanha, principalmente aqueles relacionados ao alpinismo.
Existem vários filmes que retratam a realidade do Monte Everest, como: The Epic of the Everest (1924), Evereste (2015) e Sherpa (2015).
O monte recebeu este nome devido à homenagem feita a George Everest, um topógrafo indiano que conseguiu pela primeira vez mensurar sua altitude e detalhar sua posição geográfica. Esse estudo foi feito no ano de 1841. Entretanto, a montanha foi nomeada primeiro por Pico XV, sendo posteriormente batizada de Monte Everest.
Em 1953, uma equipe anglo-neozelandesa obteve sucesso ao escalar o Everest, sendo o neozelandês Edmund Hillary o primeiro homem a alcançar o ponto mais alto da montanha.
As mulheres conquistaram o Everest alguns anos mais tarde, sendo a japonesa Junko Tabei a primeira mulher a escalar toda a montanha, feito realizado no ano de 1975.
Engana-se quem acha que é de graça a escalada do monte mais famoso do mundo. Há custos elevadíssimos para tentar realizar a façanha. Caso opte por escalar por conta própria, o valor é na faixa de 30 mil dólares, mas o mais comum é a subida com o auxílio de uma equipe profissional (expedições guiadas), variando os pacotes de 60 a 90 mil dólares, a depender do tipo de serviço oferecido por cada equipe.
Como descrito acima, tanto as condições do ar quanto a baixa temperatura (alcançando até -50 °C em seu topo) proporcionam um cenário extremamente agressivo para a saúde humana. Por isso, desde a descoberta do Monte Everest, mortes são relatadas com frequência, sendo as causas principais quedas, escassez de oxigênio e os danos causados pelo frio.
Muitos alpinistas escalam a montanha em expedições extraoficiais, então, precisar o número de mortes até hoje é impossível. De acordo com os registros oficiais, de 1924 a 2015 morreram 282 pessoas e muitos corpos ainda estão soterrados pela neve.
Segundo relatos de alpinistas, não é raro encontrar corpos congelados na rota durante a subida ou descida do monte. Mas por que não removê-los? Essa questão não é simples, pois, se um alpinista já enfrenta dificuldades de locomoção própria, remover um corpo em meio a condições ambientais severas (baixa temperatura, risco de queda, avalanche, etc.) pode ser fatal para ele também.
Dessa forma, os corpos no Everest que estão localizados em áreas consideradas de risco e de difícil acesso não têm como serem removidos, permanecem por lá. Já aqueles que são encontrados em áreas menos perigosas são retirados e passam pelos devidos trâmites funerários.
Outro ponto a se destacar é que, devido às baixas temperaturas (muitas vezes em estado de congelamento), os corpos têm o seu estado de decomposição retardado.
Desse modo, percebemos os riscos que um alpinista enfrenta quando escala o Everest, bem como os fatos e curiosidades acerca desse famoso monte. Portanto, é importante destacar para o estudante a possibilidade de se fazer analogias deste conteúdo com algumas matérias que podem cair no vestibular, como análises de variação da pressão, hipotermia e efeitos da baixa concentração de oxigênio no ar.
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