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Entenda o conceito de população para arrasar no Enem

Prof. Érico apresenta alguns índices que podem ser usados em dados estatísticos

Foto: reprodução/divulgação

Para você se preparar e ter tudo fresquinho na cabeça, hoje vamos começar a nossa nova série chamada “TOP 5: os assuntos mais cobrados de Geografia no Enem.

Em 5 resumos diferentes, você vai destrinchar cada tópico com detalhe aqui no nosso blog. Partiu? Começando, então, pelo conceito de população.

“Ele é muito exigido nos vestibulares porque lida tanto com questões geográficas, quanto com questões históricas e entra até um pouquinho de Matemática no meio desse processo”, afirma o prof. Érico.

De acordo com o dicionário Michaelis, população trata de todos os indivíduos que habitam uma localidade, um território, um país, o mundo. Esse conceito pode ser definido como o conjunto de organismos que, juntos, formam uma “categoria”.

A população costuma ser abordada no Enem e nos vestibulares dentro do conceito da demografia. O que é isso? A demografia nada mais é que o estudo populacional. Ou seja, é a análise de como a população se modifica ao logo do tempo.

Por isso, é muito provável que os processos seletivos apresentem perguntas em função de dados extraídos de gráficos ou índices, justamente para fazer uma comparação.

Temas de análise do conceito de população

Geralmente, analisa-se o crescimento da população, a estrutura etária (a quantidade de crianças, adultos e idosos que o país é formado), a orientação sexual e as condições socioeconômicas.

No Brasil, quem faz esse tipo de análise é o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Essas informações têm a função de dar suporte ao governo para que ele tome suas decisões.


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Teorias demográficas

Como a demografia é uma área de estudo, é interessante você saber que existem algumas teorias sobre esse campo de conhecimento. São elas: Teoria Malthusiana, Neomalthusiana, Reformista/Marxista e Teoria da Transição Demográfica.

Teoria Malthusiana

Essa teoria foi muito divulgada no final do século XVIII e início do século XIX, dentro do contexto da Revolução Industrial – quando a população esteva em crescimento, com o surgimento das indústrias.

Tomas Malthus começa a perceber o deslocamento de pessoas do campo para a cidade e entende a transformação dessa sociedade urbana e industrial. Em razão desse fluxo migratório, ele vai perceber que a produção de alimentos não crescia no mesmo ritmo que o crescimento populacional.

Segundo ele, os alimentos cresciam em progressão aritmética, enquanto a população crescia em progressão geométrica. Por isso, ele vai discutir a necessidade de políticas públicas capazes de resolver esse impasse.

Teoria Neomalthusiana

Essa teoria vai surgir no contexto do pós 2ª Guerra Mundial, quando começa a ocorrer o crescimento populacional elevado de diversos países.

A grande questão nesse caso é que os teóricos estavam preocupados tanto com o crescimento da pobreza, quanto com o grande aumento no número de jovens – já que eles precisariam de um apoio de políticas públicas e investimentos considerados “não-produtivos”, como educação e saúde.

Teoria Reformista/marxista

Essa teoria faz a associação do crescimento populacional com o empobrecimento da população.

Isso quer dizer que quando o Estado se torna omisso e não comparece em determinados setores da sociedade, há uma tendência maior das pessoas terem mais filhos.  Seria, portanto, nesse sentido que levaria ao crescimento da pobreza.

Teoria da Transição Demográfica

De acordo com essa teoria, os países de uma forma geral, passam por fases de crescimento demográfico. São elas: fase inicial (com maior número de jovens), fase de transição (com maior número de adultos) e fase madura (com maior número de pessoas em idade avançada).


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Os estudos populacionais usam alguns dados e conceitos que são interessantes de conhecer, para conseguir responder as questões com mais facilidade.

Para se ter uma ideia, o número de seres humanos ultrapassou a marca de 7 bilhões de pessoas em 2011, de acordo com a ONU. Somente no continente americano, temos 900 milhões de habitantes.

Se alguma questão perguntar, por exemplo, a população absoluta do Brasil, ela está querendo saber qual o número da população total – que é igual a 203 milhões de habitantes.

Agora, se ele quiser saber a população relativa do país, ela está se referindo à densidade geográfica – como a população está distribuída em determinado território. Nesse caso, você deve pegar o número total de habitantes e dividir pela área de território.

Brasil:   203.000.000 = 23,84 habitantes/km²
8.515.767


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Indicadores para analisar o crescimento populacional

  • Crescimento vegetativo: também conhecido como crescimento natural da população, nada mais é que a taxa da natalidade (número de nascimentos) menos a taxa de mortalidade (o número de mortes). Se nascem mais pessoas do que morrem, você vai ter um crescimento positivo – como é o caso do Brasil. Se a taxa de mortalidade for maior que a taxa de natalidade, significa que o crescimento vegetativo será negativo – como é o caso do Japão.
  • Saldo migratório: é a taxa de imigração menos a taxa de emigração. Se mais pessoas entram no país do que saem, significa que o país está com o saldo migratório positivo – como é o caso do Brasil atualmente. Agora, se o país tem um fluxo emigratório maior que a taxa de imigração, significa que o país acaba sendo um emissor de pessoas – como era o Brasil nos anos 80 e 90.

Indicadores para analisar a estrutura populacional

Pirâmides etárias: são gráficos em que você vai analisar algumas informações como as apresentadas acima, as idades e as orientações sexuais.

Por meio desses gráficos fica mais fácil perceber o nível do desenvolvimento econômico e a distribuição populacional, com a relação da existência de mais jovens ou idosos, por exemplo. Isso ajuda também a identificar a expectativa de vida, o planejamento familiar, entre outras questões.
Os gráficos têm basicamente três fases:

  • A fase inicial – em que essa pirâmide etária tem uma maior concentração de jovens.
  • A fase de transição – aquela que o número de adultos começa a se tornar maior do que o de jovens.
  • A fase madura – quando você tem um número maior de pessoas mais avançadas.

Indicadores para analisar as condições socioeconômicas

PEA – População Economicamente Ativa:

Esse conceito diz respeito às pessoas que estão habilitadas para trabalhar – estando ela em empregada ou desempregada.

Algumas instituições usam como critério para definir a população ativa uma pessoa a partir dos 15 anos – já que aos 14 anos você pode ser aprendiz e aos 16 já pode ter vínculo empregatício.
Quando a gente avalia essa população economicamente ativa, nós sabemos que existe o desemprego. Ele possui 5 tipos:

  • 1. Desemprego estrutural – que está associado à estrutura socioeconômica do país. Ligado, por exemplo, ao índice de escolarização.
  • 2. Desemprego tecnológico – que acontece quando há o processo de modernização dentro das empresas e não se aproveita as pessoas que exerciam as funções que agora são feitas por máquinas.
  • 3. Desemprego conjuntural – que é uma questão passageira e cíclica, como uma crise econômica.
  • 4. Desemprego temporário – tem a ver com o trabalho sazonal ou o trabalho executado apenas uma parte do ano
  • 5. Desemprego Friccional – quando a pessoa fica desempregada durante um tempo porque ela vai mudar de emprego.

Temos ainda dois fenômenos ligados ao desemprego que é a informalidade e a terceirização.

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

Ele vai avaliar as condições de educação, saúde e renda de algumas regiões ou países. Em função desses indicadores, você pode dizer se determinado país tem o desenvolvimento humano maior ou menor.

Por exemplo:

1º Noruega: 0,944.

79º Brasil: 0,744.

187º Níger: 0,337.

Dados retirados em 2014 *

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